terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Reflexões no último entardecer de 2013

MAIS UM ANO que está findando. Para mim 2013 foi um ano de alegrias mescladas com decepções. Um ano onde percebi coisas que em mim não imaginava ser como foram e outras tais que me alegraram sobremodo. Mais em tudo o que podemos aproveitar, quer sejam alegres sentimentos ou sombrias constatações, em tudo, a nossa alma sai fortalecida de algum modo. Visto que temos como característica a ambigüidade em muitos matizes, devemos entender que a vida não nos dará, muitas vezes, o que desejamos como o de mais precioso. Sucumbimos aos efeitos deletérios do pecado herdado de Adão (Rm 5.12, 17-19). E para nós que servimos a Cristo, o que poderia ser mais desejável que estreitarmos ainda mais nossa relação com Ele? Mas não é isso que muitas vezes ocorre. Às vezes nos sobrevêm uma sucessão de altos e baixos em nossa vida espiritual, como ocorreu com os israelitas no tempo do livro de Juízes. O que caracterizou aquela geração foi exatamente sua inconstância. Essa inconstância tomou-me de assalto em muitos momentos deste ano. Eu tenho fé no Senhor de que em 2014 as coisas serão de outra maneira.

O ESPÍRITO SANTO proporciona àquele que permanece em Cristo, mesmo tendo em si tantas fraquezas, o fortalecimento para que ele persevere ainda mais. Toda alma que insiste, com a graça de Deus, em permanecer sob a direção do Espírito de Deus, é ainda mais agraciada para que não esmoreça, para que não desista, para que não pare em seu desenvolvimento espiritual. Quando Paulo disse aos Filipenses: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (1.6) estava implícita uma promessa de que o SENHOR jamais desistiria de algum de seus filhos. Em Deus ninguém fica para trás!

MINHAS RAZÕES são ainda mais fundamentadas quando contemplo a Palavra de Deus de forma panorâmica e consigo entender em parte (pois nunca conseguiremos fazê-lo inteiramente) o inigualável amor de Deus. O trato que Ele dispensou para com Israel, mesmo em face de inúmeros pecados, demonstra o quanto também Ele nos ama e têm enorme interesse em nos conduzir avante. Todos deveríamos saber que estamos aqui como peregrinos e forasteiros (1Pe 2.11) e que aqui não é nosso lugar de descanso (Mq 2.10). O SENHOR tem prometido nos preparar lugar para que estejamos com Ele para sempre, pois Ele prometeu vir nos buscar (Jo 14.3). Portanto, precisamos descansar em tais promessas. Elas demonstram o grande amor e cuidado que nosso Redentor e Mestre têm por cada um de nós que guardamos a Sua Palavra.

ISSO TUDO, por conseguinte é para mim uma verdadeira motivação para o ano que se iniciará dentro de algumas horas. Saber que o SENHOR me ama e deseja o meu bem, que Ele me confere seu perdão, sua restauração, seu cuidado, é por demais alentador. Por causa de minha natureza tendente ao erro, tenho muitas vezes desanimado, achando que o preço de seguir a Cristo é alto demais. Ora, Ele só pede que eu o siga, que renuncie a mim mesmo, que abandone tudo por amor a Ele. E cada dia mais eu tenho compreendido que fazer isto é sinônimo mesmo de felicidade, de verdadeiro bem-estar, isto em um mundo que glorifica o hedonismo como forma legítima de viver, encontro essa pérola no Evangelho: de que amá-Lo, fazendo o que é agradável a Seus olhos, me autentica como ser humano e suscita uma alegria e uma paz que o mundo não pode dar, muito menos compreender (Jo 14.27; 16.33).     

RECONHEÇO INTEIRAMENTE o quanto entristeci ao Espírito de Deus que habita em mim (1Co 6.19; Ef 4.30). Tenho plena consciência do que fiz no decorrer do ano que contribuiu para isso. Mas lembro igualmente o quanto o Consolador me falou ao coração, o quanto me atraiu com cordas de amor, para que eu pudesse novamente ter paz e estar em plena comunhão com Ele. Disso tenho grata lembrança e me alegro sobremaneira, embora até mesmo me envergonhe um pouco pela minha fraqueza, debilidade e rebeldia e recorrência na prática do pecado.

FINALIZO ESTA DERRADEIRA reflexão do ano olhando para trás, introspectivamente e compreendendo um pouco mais minha natureza rebelde e contrária aos desígnios divinos, como o apóstolo Paulo tão bem descreveu (Rm 7). Mas continuarei, perseverarei, tomarei posse ainda maior das promessas bíblicas, não deixarei jamais de olhar firmemente para Jesus, Autor e Consumador de minha fé (Hb 12.2). Sei que o justo não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém em Suas mãos (Sl 37.24). Por isso, findo o ano de 2013 e inicio o ano de 2014 plenamente confiante, apesar de saber quem eu sou e de saber também que Ele sabe muitíssimo bem quem sou eu. E é esse conhecimento dEle sobre mim que me dá paz, alegria e esperança renovada. O SENHOR é Justo, Fiel e Verdadeiro.  

O SALMO 145.18 assim diz: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.” É precisamente assim que viverei no ano de 2014, ainda mais invocando a Presença do SENHOR em minha vida, ainda mais me achegando a Ele, pois Sua proximidade de mim é promessa que inspira um viver mais santo e mais confiante, para que eu cresça e seja ainda mais semelhante a Jesus. Romanos 8.29 deixa clara a vontade de Deus neste sentido: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”


DESEJO DE TODO MEU CORAÇÃO um feliz 2014 e que o SENHOR também sobre ti continue Sua maravilhosa obra de moldar-lhe diariamente o caráter até aquele grande Dia do retorno de Jesus!  

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pastores não são super-heróis ou, o mito da infalibilidade pastoral

SOMOS DE UMA CULTURA que ama ter e cultivar seus heróis. Creio que isso se deve à influência da cultura de massas que caracteriza nosso tempo resultante da hipervalorização da mídia. Os Estados Unidos protagonizam quase tudo o que se refere à indústria cultural. E também, fenômenos variados que são notícia recorrente em nosso tempo. Para nós cristãos evangélicos brasileiros, muitas coisas que acontecem lá repercutem fortemente aqui. Principalmente em assuntos que se reportam à Igreja de Jesus. É inegável a influência estadunidense. Até mesmo no tocante às muitas seitas pseudo-cristãs (Mormonismo, Testemunhas-de-Jeová, Ciência Cristã,  e mais recentemente, a Teologia da Prosperidade), bem como o fenômeno das mega-igrejas, todas são originárias da terra de Tio Sam.

POR ISSO É QUE estarrece, choca e assusta, a notícia que li nesta manhã em um determinado site de notícias cristãs acerca do suicídio de três pastores evangélicos norte-americanos. É isso mesmo que você acabou de ler. Três pastores se suicidaram. Deram cabo da própria existência. Se auto-extinguiram.

OS PASTORES são os seguintes: Teddy Parker Jr, 42 anos, da Igreja Batista Bibb Mount Zion, na Geórgia que tirou a própria vida com um tiro na cabeça,  Eddy Montgomery, da Assembleia Internacional do Evangelho Pleno, cometeu suicídio também com arma de fogo e isto na frente de sua mãe e de seu filho, sendo que este pastor estava de luto pela morte de sua esposa e Isaac Hunter, ex-pastor da igreja Summit em Orlando, Flórida, não se sabe ainda como teria cometido suicídio.

POR ESTA RAZÃO é que iniciei este texto argumentando sobre ter e cultivar heróis próprio de nossa cultura massificada. Os heróis em questão seriam os pastores. Por que afirmo isto? Porque certamente eles deveriam sofrer tensões de todo tipo, principalmente aquela em que acreditavam de que deveriam passar a imagem de inatingíveis pelos problemas do comum dos mortais, de homens de Deus que pairam vitoriosamente acima de toda a problemática existencial humana, seriam eles os que teriam as soluções perfeitas para todo e qualquer desajuste na vida das ovelhas de sua igreja ou de qualquer pessoa que lhes pedissem ajuda. Ora, certamente que, pastorear ou ministrar para preencher as expectativas das pessoas é algo humanamente insustentável. Mas eles devem ter prosseguido, não atentando para suas próprias e inegáveis fragilidades e entrando de corpo e alma no jogo do Inimigo de usar algo excelente e estabelecido por Deus como o ministério pastoral (1Tm 3.1-7) para derrubar aqueles que foram capacitados pelo Senhor para conduzir a Seu rebanho.

OS PROBLEMAS HUMANOS são muitas das vezes, complexos em sua essência. Ninguém consegue carregar o fardo de situações-limite em sua própria vida: morte em família, acidentes graves, separações conjugais, desemprego, etc. Para isso, o pastor deve ter a consciência de que deveria idealmente, ter alguém a quem prestar contas regularmente. Poderia ser outro pastor, quem sabe já jubilado de suas funções ministeriais, ou, algum outro que se notabilizasse por seu equilíbrio, sua profunda comunhão com Jesus, seus dons inegáveis  a serviço do Reino. 

NÃO TIVE ACESSO obviamente às particularidades de vida e ministério de cada um desses servos de Deus. Minha reflexão se baseia nas poucas observações ao redor. Não estou julgando aos mesmos pois, assim como eu mesmo, eles têm o mesmo Juiz competente e Todo-Poderoso para julgar as motivações do coração conforme Jr 17.10: "Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações." Os pastores não podem continuar, muitos deles, eu diria mais, inúmeros deles, a acharem que estão acima das situações que todo ser humano está sujeito, passando a imagem de que estão acima do bem e do mal, tendo conselhos prontos e respostas aceitáveis para toda indagação de quem deles precisarem. E quanto a eles, quantas indagações, quantas frustrações, quantas tentações têm rondado suas vidas e eles posando (e isto demonstra por si só sua inerente fraqueza) de super e infalíveis heróis?

EXISTEM MUITAS ESTATÍSTICAS e pesquisas acerca de como os pastores enfrentam problemas tais como depressão, esgotamento físico e mental e outros. O Instituto Schaeffer divulgou estudo em que se constatou que 70% dos pastores lutam continuamente com a depressão, 71% deles encontram-se esgotados emocional e fisicamente e, incluso está o fato de que 72% dos pastores afirmam que só se dedicam ao estudo das Escrituras apenas quando precisam preparar sermões, 80% acreditam que o ministério pastoral têm afetado negativamente suas vidas e famílias e 70% confessam não ter um amigo verdadeiro e sincero ao qual possam recorrer nos momentos críticos.   

DIANTE DESSES NÚMEROS estarrecedores, é preciso que se denuncie o mito da infalibilidade pastoral com toda veemência visando uma tomada de decisão destes servos de Deus para serem transparentes e sinceros consigo mesmos, com suas famílias, com suas congregações e, principalmente, com Aquele que lhes chamou e capacitou. 

CHARLES JEFFERSON em sua obra clássica The Minister as Shepherd alista as sete funções básicas de um pastor genuíno, são elas: 1- Amar as ovelhas; 2- Alimentar as ovelhas; 3- Resgatar as ovelhas; 4- Cuidar das ovelhas e consolá-las; 5- Guiar as ovelhas; 6- Guardar e proteger as ovelhas; 7- Vigiar as ovelhas. Todas elas são funções importantes em si mesmas, porém as duas últimas a guarda e a vigilância podem ter um peso maior de responsabilidade. A vigilância pastoral refere-se à guarda e proteção do rebanho do massacre espiritual que pode ser evitado, ou seja, perigos espirituais tais como pecado, falsos ensinos e falsos mestres. Esta é função de uma sentinela (Lc 2.8; At 20.28,29; 1Pe 5.2,3). O pastor verdadeiro vai priorizar ao máximo à segurança do rebanho de Cristo. Mas a pergunta inevitável é: Quem vai cuidar dos pastores? Se eles se esgotarem, apresentarem problemas vários, com quem poderão contar no Corpo de Cristo para ministrarem aos seus próprios problemas?

SÃO VÁRIAS AS RAZÕES que levam uma pessoa a cometer suicídio. Os pastores citados não estavam de forma alguma livres de problemas que afetam a todos nós. Infelizmente, não se sabe se em algum momento procuraram ajuda ou se preferiram internalizar seus próprios problemas de forma permanente e isto acabou arrastando-os ao ato extremo. Satanás obviamente trabalhou em todas estas situações cooperando para afundar os servos de Deus no desespero existencial. É notório que a Bíblia deixa clara a atividade demoníaca em nossas vidas, procurando brechas onde possa encastelar-se para dali desferir um ataque mortal (2Co 2.10,11; 1Pe 5.8) e temo de que foi precisamente isto que sucedeu com os três pastores. Em meio a situações de extremo stress, pressões do trabalho pastoral, expectativas a serem cumpridas, pressão por resultados, problemas conjugais ou outros, muitos pastores podem estar exatamente neste instante em meio a uma tempestade existencial no qual também poderão ser tragados. O que fazer diante disso?   

ACREDITO DE TODO CORAÇÃO que uma Igreja unida plenamente a seu Cabeça, Jesus Cristo, onde ocorre o seguinte: "Do qual corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor" (Ef 4.16), ou seja, o pastor também é parte do Corpo, e contribui para o aperfeiçoamento e edificação do mesmo (Ef 4.12), apesar disto, ele não está numa posição central e destacada como se não precisasse do auxílio dos outros, mas precisa ter o discernimento necessário para se aperceber de que a vontade de Deus é que no Corpo de Cristo, a Igreja, os membros cuidem uns dos outros e isto inclui sim o próprio pastor. Ainda na Epístola de Paulo aos Efésios, é dito que pastor é um dom ministerial (Ef 4.11). Não se está afirmando em lugar algum da Bíblia que seja um super-dom, por exemplo, no sentido de que, se alguém o recebe de Deus, estará automaticamente imune aos problemas de todos os "meros mortais" ou que seja infalível em tudo que faz ou fala como pastor que é. Um pastor não têm de fingir que não possui problemas. Todos eles são bem humanos em sua essência, mesmo que tenham uma pregação abençoada, um ensino profundo, sejam grandes conselheiros, sejam dotados de muitos outros dons e capacidades espirituais. Tanto o apóstolo Pedro como o apóstolo Paulo eram pastores e sujeitos estavam a muitas fraquezas. Paulo mesmo disse que dependia da graça de Deus sobre sua vida (2Co 12.1-10) e foi assim que ele viveu e ministrou, pleno em fraquezas (2Co 11.23-33) mas cheio do Espírito de Deus. Além de tudo, ele estimava muito a amizade de seus companheiros de ministério bem como dos demais membros das igrejas por onde passava, prova disso são suas palavras de despedida ao final de quase todas suas epístolas onde cita nominalmente alguns desses companheiros e irmãos e percebemos o amor e a afetuosidade de Paulo por todos eles (Rm 16; 1Co 16; Cl 4; 2Tm 4; Tt 3; Fm).  

EU CONCLAMO A TODOS, pastores e não-pastores como eu mesmo, para que reflitamos uma vez mais nas palavras de Paulo que estão registradas em 2Co 6.3-10: "Não dando nós escândalo em coisa alguma para que o nosso ministério não seja censurado; antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo." 

NOSSO TEMPO PRESENTE têm testemunhado a queda de muitos pastores. Os pastores que se suicidaram nos EUA nestes últimos trinta dias, infelizmente, mancharam seus nomes e sua memória ao cometerem o desatino do homicídio contra si mesmos. Creio firmemente no poder da autoridade que possui a Palavra de Deus, poderosa em si mesma para conduzir o pastor em sua jornada terrenal, até encontrar naquele grande Dia ao Sumo Pastor, Jesus Cristo. Creio que é possível uma igreja local que seja apegada à Palavra de Deus e tenha entre seus membros, pessoas capacitadas pelo Espírito Santo que, em amor, podem sim ministrar sobre a vida de seu pastor ou pastores. Creio que os recursos para a solução dos problemas que acometem as vidas dos crentes em Cristo e particularmente aqueles que foram chamados para exercer o ministério pastoral, estão todos na Bíblia em seus 66 livros que nos foram outorgados conforme as palavras inspiradas de Pedro: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelos quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo" (2Pe 1.3,4). Notemos que o texto diz que DEUS nos deu TUDO o que DIZ RESPEITO À VIDA E PIEDADE por meio do CONHECIMENTO daquele que nos chamou e que ELE NOS TEM DADO GRANDÍSSIMAS E PRECIOSAS PROMESSAS e assim sejamos participantes de SUA NATUREZA DIVINA E ASSIM ESCAPARMOS DA CORRUPÇÃO que há no mundo. TUDO ISTO ESTÁ DISPONÍVEL SOMENTE PELA PALAVRA DE DEUS, A BÍBLIA SAGRADA!

APEGUEMO-NOS POIS firmemente aos mandamentos e às promessas das Escrituras. Os pastores não são super-heróis, é mentira diabólica se imaginarem infalíveis. Não são auto-suficientes e estão carregados de fraquezas como todos os demais. Urge nestes dias pastores fiéis sim, humildes, capacitados espiritual e intelectualmente sim, mas reconhecedores de sua inerente humanidade e fraqueza. É de pastores assim, onde possa repousar a graça de Deus ao qual Paulo se referiu (2Co 12.1-10) de que a Igreja do Senhor precisa.

AMADOS PASTORES, não continuem a  cultivar a imagem de heróis ou auto-suficientes. Reconsiderem sua fraqueza e humanidade. Sejam sábios e humildes em suas vidas e em seus ministérios. Procurem os vasos de Deus que Ele pode levantar para lhes ajudarem, se for o caso. 

VOS CONCLAMO POIS em o nome do Senhor Jesus a que pensem nisso....... 


  















domingo, 8 de dezembro de 2013

A possibilidade da graça divina no ser e no ter

É NORMAL QUE VIVAMOS de forma desequilibrada a vida cristã? Não seria possível vivermos de uma maneira equilibrada como a Palavra de Deus alerta e exorta que deveríamos viver? Será que sempre teremos um movimento de pêndulo, movendo-nos para cá e para lá ao sabor dos ventos de nossa natureza carnal e dos apelos mundanos e tendo como pano-de-fundo as sutilezas do maioral dos demônios?

SABEMOS QUE A VIDA cristã é uma vida de renúncia e resignação. Mas em nossa presente sociedade onde se valoriza maiormente o capital, o apelo para o consumismo é sobremodo grande. O apelo do TER é muito maior do que o SER.

PARA O CRENTE EM JESUS existe algo que sobrepassa os apelos da modernidade e permite que vivamos em comunhão com Ele na medida que permitirmos o operar do Espírito Santo em nós. Eu me refiro à GRAÇA DE DEUS. Somente a graça do Eterno nos garantirá uma vida santa neste mundo pecador. Os apelos da carne e as tentações mundanas aliadas dos ardis do diabo são presença constante em nossa caminhada neste mundo. Precisamos demais da ajuda forte de nosso Senhor. 

NÃO SE CONSTITUI EM PECADO termos o desejo de adquirir bens. Sejam eles bens materiais ou intelectuais, aumentar nosso patrimônio nessa vida, não é em si ilícito. O limite desta questão, todavia, foi bem caracterizado pelo Senhor Jesus: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntais tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam" (Mt 6.19,20). É necessário pois que o cristão não se deixe encantar pela abundância de bens que possua: "E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15).

OLHANDO DE UMA perspectiva bíblica e equilibrada, que produzirá saúde espiritual para quem assim proceder, o cuidado com a avareza nunca será demais frisar. O grande mal de uma sociedade que valoriza o consumismo e o capital, está justamente na cobiça natural do homem decaído.

UM OUTRO ÂNGULO de toda esta questão está no desejo de sermos alguém. De conseguirmos sucesso na vida em nossa profissão. Bem ligado a isto estaria o sucesso intelectual. Diplomas, lauréis, títulos acadêmicos. Queremos, e isto é algo muito natural, sermos reconhecidos. Alcançar a máxima distinção na vida. Ser alvo de admiração da parte de muitos.

TODAVIA, NECESSÁRIO SE FAZ que atentemos novamente para o que dizem as Escrituras. O apóstolo João em sua primeira epístola escreve sobre "a soberba da vida" (1Jo 2.16). "O orgulho pelas coisas da vida" (NTLH) ou, "a ambição pelas coisas desta vida" (NBV), o "parecer importante" (Bíblia A Mensagem), "a ostentação dos bens" (NVI) tudo isto nestas versões bíblicas corroboram também o texto de Tiago 4.4: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se em inimigo de Deus." 

O EQUILÍBRIO QUE SE ALMEJA está justamente no meio-termo. Neste quesito sobre o "ser", de igual maneira. Assim como refleti no tocante ao "ter", o cristão deverá compreender de que mal nenhum há em desejar sucesso nos estudos ou em sua profissão. Isto inclusive honrará a Deus, na medida em que o crente compreende de que tanto o crescimento intelectual, como profissional podem ser fatores que ajudarão em seu testemunho cristão no mundo. O que Deus espera de Seus filhos é de que eles sejam sábios e não alimentem quaisquer soberba, orgulho, ambição, aparências e ostentações que o farão infrutíferos na vida piedosa, por mais admirados e festejados que sejam pelas pessoas do mundo. 

NÃO É DE HOJE de que aqui em nosso país, a fé cristã evangélica possui uma faceta maligna tanto no tocante ao "ser" como no "ter". A teologia ou evangelho da prosperidade, detonou nas vidas de muitos cristãos a "graça de viver pela graça". Valores do capitalismo mais selvagem e devorador invadiram as igrejas no Brasil e vemos a cada dia o crescimento desse "outro evangelho"  (Gl 1.6-9) que afasta cada vez mais o crente da graça de Deus. Assistimos estarrecidos o desfile de vaidades na mídia "gospel", ouvimos as bizarrices doutrinárias, as invencionices humanas travestidas de "puro evangelho". São campanhas sobre campanhas para se obter vantagens materiais, "bençãos" que não possuem nenhum poder de suscitar alguma transformação nas pobres almas enganadas. Crescimento cristão, ser como Jesus? Impossível. Eles estão a bordo de outro evangelho.......

TODAVIA, EU LOUVO A DEUS, diante da verdade eterna de Sua Palavra! Glorifico ao Eterno porque em meio ao que assistimos, Sua graça é real e atuante. Gosto demais do que o apóstolo Paulo fala no texto de Tito 2.11-14 (ARA): "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras."  Aprendemos nessa passagem magistral o poder da graça de Deus. É uma graça salvadora e ao mesmo tempo, educadora. Ela se manifestou salvadora, trazendo em seu bojo toda a beneficência do Evangelho de Jesus Cristo para o pecador. Esta graça também é ensinadora, educadora, no sentido de nos apontar o caminho da renúncia pessoal, fazendo com que cada um de nós renegue a impiedade, o mundanismo, a pecaminosidade inerente de cada um de nós. Em seguida, esta mesma graça faz com que aguardemos Jesus Cristo retornando pela segunda vez a este mundo, esta é a "bendita esperança" (v.13) retorno este que será apoteótico, magnífico, deslumbrante, pois o texto diz que será "a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (v.13), nosso Redentor que entregou-se por nós e trouxe-nos uma "uma tão grande salvação" (Hb 2.3).

TUDO ISSO FOI a operação da graça de Deus! Por isso, o cristão pode continuar confiante em sua jornada terrenal pois a provisão de Deus não falha, jamais falhará. Como não falhou em relação aos israelitas no deserto durante a peregrinação (Dt 8.1-4). Apesar da rebeldia do povo, quando lemos o relato bíblico das peregrinações dos israelitas, ficamos admirados com a quase incompreensível graça de Deus, provisionando para o povo tudo o que lhes era necessário durante a viagem a Canaã: "E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite" (Êx 13.21).

SEJAMOS POIS UMA NOVA GERAÇÃO de crentes em Jesus que acredita piamente na possibilidade da graça divina e para que sejamos nesse mundo o que Ele planejou (sermos conforme a imagem de Seu Filho, Rm 8.29). E para que tenhamos nessa vida, aquilo que nos seja necessário, (conforme está registrado em 1Tm 6.7,8). Uma ressalva: Ser crente em Jesus, sincero, leal, constante, verdadeiro não está necessariamente em conflito com o sucesso acadêmico, profissional assim como o cristão que possui muitos bens. Afinal, uma área pode ser consequência da outra nessa vida. O que realmente importa é se tudo isto sempre estará em plano secundário e o Senhor e as coisas de Seu Reino ocuparão o primeiríssimo lugar em nossa existência (Mt 6.33).

QUE POIS A GRAÇA DE DEUS possa permear o todo de sua existência e que você, caríssimo irmão em Cristo, priorize o Reino de Deus em sua vida pois na graça de Deus residem recursos abundantes que lhe sustentarão até o bendito dia do encontro com o Senhor Jesus nos ares.

PENSE NISSO !!!









quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A REFORMA PROTESTANTE, mestre por excelência da Igreja hodierna.....

TENHO POR CERTO que todo cristão bíblico, ortodoxo, evangélico e verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, tem em alta consideração e apreço a data de hoje, 31 de outubro de 2013. Já se passaram pois, 496 anos da Reforma Protestante, quando Martinho Lutero afixou na porta da Catedral de Wittenberg na Alemanha, 95 teses de sua autoria para denunciar os erros doutrinários da Igreja Católica Apostólica Romana. 

A REFORMA PROTESTANTE é mestre por excelência da Igreja hodierna. Pelo fato que, não somente Lutero, mas todos os demais reformadores, Calvino, Zwinglio, Melanchton, Menno Simons, Knox, Farel e tantos outros permaneceram apegados ao que a Bíblia diz somente e nada mais. Esta convicção dos reformadores, este desejo de agradar a Deus pela observância estrita das Sagradas Escrituras, é o que está em falta na Igreja de nossos dias. Falta o mesmo espírito dos reformadores, de amor e zelo às Escrituras, pois não se preocupa grande parte da cristandade em nossos dias com o exame, o estudo, a observância, o cumprimento de tudo quanto está escrito. Jesus Cristo não pode falar acerca de alguns de Seus servos hoje, o que Ele falou acerca dos judeus de seus dias: "Vós examinais criteriosamente as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testemunham acerca de mim" (Jo 5.39 - BKJ).

PERCEBA nesta palavra de Jesus o elogio que faz aos judeus, pelo fato de examinarem a Torah, pelo fato de considerarem encontrar nas palavras das Escrituras a vida eterna, embora, infelizmente, não reconhecessem em Jesus o Messias pelo qual ansiavam e acerca do qual liam todos os dias. 

TODOS NÓS servos de Cristo, de forma contrária aos judeus, cremos que Jesus é o Messias prometido. Cremos que Ele entregou Sua vida por nós. De que sofreu, foi morto, sepultado e ressuscitou ao terceiro dia para nossa justificação (Rm 4.25). Cremos que o homem só pode ser justificado de seus pecados gratuitamente pela graça de Deus, através do sangue derramado por Cristo Jesus na cruz do Calvário (Rm 3.24,25). Também cremos na necessidade da regeneração, o novo nascimento (Jo 3.3-7; 1Pe 1.23), cremos que somos posicionalmente santos ao entregarmos nossa vida a Cristo, mas também de que estamos em processo de santificação no decorrer de nossa vida cristã (1Co 1.2; 1Co 6.11; 1Pe 1.15,16). Também cremos em nossa posição agora como filhos de Deus, de inclusos pois na família de Deus (Jo 1.12; Ef 2.19). Cremos que o Espírito Santo habita em nós (1Co 3.16) e continuamente operará em nós até o Dia da vinda de Cristo (Fp 1.6).

SENDO ASSIM temos uma base segura e firme nas Sagradas Escrituras e, permanecendo assim, em nada seremos diferentes dos reformadores que, rejeitando a doutrina da igreja católica medieval que se tornara corrompida por doutrinas humanas de inspiração demoníaca (At 20.29,30). Nossa identificação com os princípios da Reforma, sola fide, solus Christus, sola Scriptura, sola gratia, soli Deo gloria, é algo salutar, é algo que produz excelentes resultados em nossa vida espiritual porque a contaminação espiritual será algo fora de nossa vida de fé e assim glorificaremos ao Senhor que nos resgatou, pagando um alto preço por nossas vidas na cruz.

A BÍBLIA DIZ: "Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens" (1Co 7.23). Vemos com enorme preocupação a distorção doutrinária na Igreja evangélica no Brasil. Contemplamos estarrecidos a distorção doutrinária, a bizarrice institucionalizada em nome do Evangelho, as tentativas de barganha com o Eterno, a crendice crescendo e se multiplicando em meio aqueles que deveriam repudiar e aprender a viver sob os ensinamentos bíblicos tão somente. O neopentecostalismo, a teologia da prosperidade são graves e perigosas distorções do verdadeiro Evangelho. Por isso é que podemos afirmar que, de fato, a Reforma Protestante é uma mestra para toda a cristandade atual.

"ECCLESIA REFORMATA ET SEMPER REFORMANDA EST" - ou seja, "igreja reformada sempre se reformando." Isto fala de uma postura crítica de que deveríamos ser possuidores. Devido à natureza pecaminosa do homem, não é para estranharmos o fato de que a corrupção quase sempre venha tentar arruinar o que de bom Deus faz em nossas vidas e instituições. Verdade de que sempre houveram movimentos heterodoxos no seio da Igreja do Senhor desde sua fundação, Paulo mesmo alertara sobre isto em Atos 20.29,30 ao se despedir dos presbíteros da Igreja de Éfeso. Jesus ainda antes, alertara acerca dos falsos profetas que eram como lobos devoradores (Mt 7.15). O apóstolo Pedro em sua segunda epístola nos faz alertar: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (2Pe 2.1). A relevância da Reforma Protestante para nós, o apreço que este movimento nos desperta, está exatamente no fato de que seus proponentes, valorosos e dedicados servos de Cristo, tudo fizeram para promover um retorno às Sagradas Escrituras em meio à toda distorção, idolatria, corrupção, superstição, engano e paganismo que a Igreja Católica Apostólica Romana insistia em permanecer e continuar a promover.

PERMANEÇA EM NÓS o que desde o princípio aprendemos (1Jo 2.24), ou seja, o Evangelho como ele exatamente se encontra nas páginas das Sagradas Escrituras. O zelo dos reformadores pela essência do Evangelho deve ser o mesmo encontrado em cada um de nós hoje. 

É ÓBVIO QUE não estamos afirmando que os reformadores eram perfeitos. Entre eles haviam coisas inerentes a todos os seres humanos. Afinal, quem de nós pode dizer que já alcançou alguma pretensa perfeição neste mundo? Assim eram eles também. Mas chamo a atenção para o fato de que eram discípulos de Cristo, tinham um intenso zelo pela Palavra de Deus e cada um deles segundo o entendimento que tinham das Escrituras, com a liberdade que o Espírito Santo dá e inteiramente contrários ao espírito monolítico da igreja católica e medieval que não permitia o livre exame das Escrituras e censurava a todos que ousassem levantar a voz contra seus dogmas antibíblicos (destacando aqui o caso de Jerônimo Savonarola, que viveu um pouco antes da época da Reforma e que foi morto pela Igreja Católica por pregar veementemente contra seus erros), esses homens que pretendiam a mudança necessária em seus dias, homens imperfeitos aos quais denominamos de reformadores, devem ser imitados por tudo que fizeram pela causa da pureza ímpar do Evangelho.

QUE O EXEMPLO DOS REFORMADORES pois possa nos entusiasmar. Possa nos mover de nosso comodismo, nossa cegueira e nossa ignorância. Possa nos levar à coragem, deixando a covardia de lado e denunciando assim como eles fizeram em sua época, todo erro que se insinua na Igreja de Cristo.

ESPERAR MENOS QUE ISSO é desprezar todo o inigualável legado que os reformadores nos deixaram. Obviamente não estamos desprezando todos os valorosos servos de Deus que viveram antes (John Huss, William Tyndale, John Wycliffe dentre outros)  e depois (homens como Jonathan Edwards, Charles Wesley, Charles  Spurgeon) da Reforma Protestante do século XVI, mas convém relembrar sempre que Deus agiu de forma ímpar neste período proporcionando um frescor na fé cristã, uma renovação muito necessária que ainda hoje reverbera entre todos nós que servimos a Cristo na presente geração.

IGREJA DE CRISTO na qual pessoalmente me incluo, possamos pensar muito sobre o legado que os reformadores nos outorgaram. Que o Senhor abençoe Seu povo hoje e sempre, para a glória de Deus Pai.












terça-feira, 17 de setembro de 2013

Desejando o equilíbrio da Bíblia, somente......

ME VEJO COMO um crente das Escrituras bíblicas. Como alguém apegado ao que a Bíblia diz. Não posso compreender os cristãos que defendem bandeiras com "unhas e dentes" como o calvinismo, arminianismo, pentecostalismo e outros "ismos" sejam eles quais forem. Declaro que sou um cristão evangélico pentecostal, certamente. Mas isso não significa um apego demasiado aos cânones pentecostais. Prefiro antes o bom equilíbrio defendido nas Escrituras. 

DEFENDER DE FORMA virulenta e agressiva seus pontos de vista é algo que não se coaduna com o Espírito de Cristo. Porque nessas ações, via de regra, ferimos ao nosso semelhante. Jesus disse que devemos amar ao próximo como a nós mesmos (Mc 12.31). Também Ele disse que deveríamos aprender a lição da mansidão e da humildade com Ele mesmo (Mt 11.29). O apóstolo Paulo declara de forma indubitável a mansidão de que todos devemos ser possuidores (2Tm 2.24).

TENHO TIDO UMA certa dificuldade com determinadas pessoas que defendem pontos de vista com veemência e agressividade. Eu mesmo, confesso, já fui partícipe desse ato e em mais de uma vez. Mas reflito agora e penso que, a esta altura da vida (beirando os 50 anos), deverei ser tomado de atitudes de tolerância, mas sem que isso venha significar todavia, de que renuncie aos ensinamentos da Palavra eterna de Deus.

JUSTAMENTE AQUI encontra-se o nó górdio da questão toda. Obedecer aos mandamentos de Deus e ser, ao mesmo tempo, paciente, manso e tolerante com a opinião dos alheios. Vejo cristãos tomados de cóleras incompatíveis com seu chamado em Cristo, quando, se preciso for, vão até às últimas consequências para defender seus particulares pontos de vista bíblicos sem considerar de que seu antagonista é tanto ser humano como ele, visto que, nenhum de nós e por razões biblicamente óbvias (uma natureza humana  pecaminosa) deverá estar isento da graça, do amor e da misericórdia de um Pai eterno que vela por todos nós.

NAS REDES SOCIAIS como o Facebook, por exemplo, há cristãos calvinistas, que defendem de uma forma repetitiva, chata, monótona, os pontos de vista soteriológicos de Calvino, dando muitas vezes a entender de que eles estão corretíssimos na questão toda. O mesmo acontece com arminianos, pentecostais, antipentecostais, defensores dos usos e costumes, cristãos judaizantes, defensores de uma única versão bíblica, defensores veementes de todas as versões, enfim, exemplos podem se multiplicar em muitos temas a perder de vista.

QUERO DEIXAR bem claro que, obviamente, todos nós temos nossos pontos de vista particulares sobre variados temas. Mas notemos o seguinte: 1) A Bíblia diz que deveremos ter uma vida transformada pela renovação de nossa mente ou entendimento (Rm 12.2; Ef 4.23); 2) Esta mente, por conseguinte, deverá ser a mente de Cristo (1Co 2.16). Isso posto, significa que deveremos estar apegados à Bíblia para forjar nosso entendimento do mundo, nossa cosmovisão e igualmente das próprias doutrinas bíblicas de uma forma equilibrada, onde deveremos dar o devido valor ao labor teológico. E aqui entra com muita propriedade a Hermenêutica sacra, a fim de que compreendamos as coisas de Deus, comparando Escritura com Escritura tão somente. O apóstolo Pedro declarou que haviam aqueles que distorciam as palavras do apóstolo Paulo eram indoutos e inconstantes (2Pe 3.15,16).

APRENDEMOS COM A HERMENÊUTICA que devemos interpretar a experiência pessoal à luz das Escrituras e não as Escrituras à luz da experiência pessoal. Também aprendemos que a fé salvadora e o Espírito Santo são-nos necessários para compreendermos e interpretarmos bem as Escrituras. Que fique claro que devemos ter posicionamentos o mais estritamente bíblicos possíveis. Mas todos sabemos que isto pode resultar em interpretações divergentes sobre um mesmo assunto. São vários assuntos na Bíblia que podem gerar desconfortos nas relações entre os irmãos do Corpo de Cristo. Mas a Bíblia diz assim: "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo." (Ef 4.30-32).

NO QUE DEPENDER DE NÓS, deveremos ter paz com todas as pessoas (Rm 12.18). Inclusive e principalmente com nossos irmãos em Cristo. Também em Romanos, Paulo diz-nos assim: "Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a sim mesmo naquilo que aprova" (14.22). Já li por muitas vezes (e continuo lendo) no Facebook, irmãos e irmãs em Cristo, defendendo suas opiniões, em alguns casos com agressividade, em outros com sarcasmo e em outras vezes de forma absolutamente desagradável, por serem chatos, devido à insistência em repisar os mesmos temas. Como disse, me envolvi em algumas polêmicas, mas confesso que não me senti bem e em nada me edificou, ao contrário, em alguns casos, fiquei com asco de alguns irmãos, confesso.

NA EPÍSTOLA DE JUDAS está escrito assim: "Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (3). E no versículo seguinte, Judas diz que o motivo dele escrever assim é porque alguns homens ímpios haviam se infiltrado entre os irmãos, dizendo que após terem se tornado cristãos, poderiam andar da maneira que quisessem, distorcendo assim a graça de Deus em Cristo por meio do Evangelho. Portanto, tornava-se necessário a defesa da fé cristã como autenticamente registrada nas Escrituras a fim de que o Evangelho da graça de Cristo não se tornasse dissoluto, desfigurado, irrelevante, sem poder algum de transformação das vidas e corações.

COMO DISSE ANTERIORMENTE e também no título dessa breve reflexão, é desejável o equilíbrio que a Bíblia preconiza. E é fator de equilíbrio sim quando, sem sermos belicosos, sem tomarmos partidos (vide 1Co 1.12,13; 3.1-6), procuramos "batalhar pela fé" no sentido de fazermos o que está escrito em 2Co 10.3-6, principalmente considerando que não andamos e militamos na "carne", ou seja, não vivemos nossa vida em Cristo segundo os padrões do homem natural, as armas de nossa guerra contra as malignas hostes (que são nossos verdadeiros inimigos) são poderosas de fato, somente no Senhor, armas que derrubam todos os argumentos e pretensões contra o conhecimento de Deus.

O QUE MAIS DESEJO é viver de forma a mais equilibrada e sóbria possível, tendo como meu padrão de conduta as Sagradas Escrituras. Evitarei polêmicas desnecessárias. E se, entretanto, precisar proclamar em alto e bom som (falando ou escrevendo) a verdade do Evangelho (como o apóstolo Paulo mesmo fez ao confrontar o apóstolo Pedro, vide Gl 2,11-21) isto deverá ser feito, note o que Paulo diz: "Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis" (1Ts 5.11), e também o escritor da Epístola aos Hebreus declara: "Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado" (3.13).

TERMINO ESTA REFLEXÃO breve com mais dois textos da Epístola aos Hebreus. A primeira passagem diz: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (12.14) e a outra é: "Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação; porque abreviadamente vos escrevi" (13.22). Sejamos cristãos que reflitam o verdadeiro Espírito de Jesus Cristo, não pendendo para discussões que poderão gerar contendas sem fruto algum que contribua para nossa mútua edificação.

DESEJE O EQUILÍBRIO BÍBLICO - pense nisso !!!













sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Reflexões necessárias sobre o nosso livre-arbítrio

NÃO CONSIGO entender aqueles que, dizendo-se servos de Deus e conhecedores das Escrituras, neguem o fato incontestável de que o ser humano é possuidor de certa medida de liberdade. Ou, o livre-arbítrio, livre agência, liberdade para escolher entre praticar o bem ou praticar o mal.

TUDO ISSO é realidade porque o homem é um ser moral. E é como um ser moral que ele foi criado à imagem e à semelhança de um supremo Ser moral, seu Criador, o Deus trino (Gn 1.26).

EM VÁRIAS OPORTUNIDADES me deparei na rede social mais concorrida do planeta, o Facebook, afirmações contundentes acerca da suposta ausência de livre-arbítrio no ser humano. E pela insistência e veemência dos protagonistas de tamanha inverdade, não dá para deixar de pensar, refletir e escrever algo a esse respeito como faço agora nessas poucas linhas (e isso por si mesmo já demonstra de como tenho essa liberdade, dada pelo Senhor Deus de assim o fazer).

É UM ENGANO imaginar de que nenhuma liberdade temos em escolhermos nossos caminhos. E aqui não serei extensivo, prolixo, pródigo, em declinar vários versículos bíblicos para apoiar o fator decisivamente bíblico de que temos sim livre-arbítrio e de que é algo concedido por Deus às suas criaturas morais (anjos e seres humanos). Convém notarmos que, quando falamos no livre-arbítrio humano, na liberdade do homem em fazer escolhas morais, não se pode esquecer que o único ser verdadeiramente livre é Deus, por ser Eterno, Auto-existente, Criador, Todo-Poderoso. Diante disso, entendemos que, naturalmente, a liberdade humana tem um limite, o limite de um Ser absoluto embora amoroso e benigno em conceder aos seres morais que Ele mesmo criou a liberdade de fazer escolhas conscientes de suas conseqüências (Ec 11.9).

ME REPORTAREI SOMENTE a quatro passagens bíblicas: Gênesis 4.6,7; Josué 24.15; Eclesiastes 11.9 e Mateus 26.39. Em todas essas passagens, há uma descrição clara e insofismável da realidade do arbítrio humano. A realidade de que temos liberdade para fazer escolhas e isto com consciência das conseqüências, quer sejam boas, ou más. Podemos escolher entre servir a Deus ou servir às nossas paixões e desejos. Não confere com o testemunho das Escrituras de que sejamos tais como marionetes, aqueles bonecos que somente executam seus movimentos porque alguém os tem controlados por cordas. Não é assim que o Senhor Deus agem com as criaturas inteligentes e morais que Ele criou.  

VAMOS LER na íntegra as quatro passagens sugeridas, Gênesis 4.7,8: E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.” Josué 24.15: Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Eclesiastes 11.9: Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo. Mateus 26.39: “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.

LEMOS NESSAS QUATRO PASSAGENS bíblicas acerca de indivíduos e grupos. Três passagens, em Gênesis, Eclesiastes e Mateus, declinam sobre vontades individuais e em uma passagem, no livro de Josué, lemos sobre a vontade de um grupo. Em Gênesis o Senhor Deus fala a Caim para que ele praticasse o bem. Caso assim não o fizesse, o pecado e o mal estariam à porta de seu coração, ou seja, sua vida, para entrar e tomar posse dele. Deus apela, portanto à vontade livre ao qual Ele dotara Caim para que obedecesse ao chamamento para o bem, ou seja, não consumar o que estava propondo em seu coração contra seu irmão Abel, e deixasse ir de si toda a ira assassina que estava a alimentar.

NO LIVRO de Eclesiastes vamos ler acerca do jovem para que se alegre e ande pelos caminhos de seu coração e pela vista de seus olhos, ou seja, conforme à sua própria vontade, usando sua liberdade. Mas, em seguida, o Senhor adverte que este mesmo jovem comparecerá diante dEle para a devida prestação de contas. O que notamos aqui é um apelo ao bom senso para que a pessoa reflita sobre seus próprios caminhos à luz do vindouro juízo, pois todos haveremos de prestar contar ao Senhor de nossos atos (Ec 12.14). A liberdade humana não deveria ser usada para fazer o que é errado aos olhos do Senhor.

A PASSAGEM do livro de Josué demonstra como o Senhor através de Seu servo Josué indaga o povo de Israel para que ele escolhesse com toda liberdade sobre a quem ele, o povo, queria servir, se a Ele, o Senhor que os tirara do Egito e lhes introduzira na terra de Canaã, ou se eles queriam servir aos deuses de seus antepassados. O povo sabiamente faz a escolha que Josué mesmo fizera, ou seja, de que ele e sua casa serviriam ao Senhor (vv. 15-18).

O VERSÍCULO em Mateus que citamos demonstra como o próprio Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo, em oração, pergunta ao Pai se era possível passar dEle o cálice do sofrimento, agonia e morte, mas em seguida Ele declara que não desejava fazer a própria vontade, mas vontade perfeita do Pai. Humanamente falando, Jesus, como todos nós, sentiu as agruras da morte que se aproximava, mas Ele sabia perfeitamente, estava plenamente cônscio de que viera ao mundo para morrer pelos nossos pecados (Jo 12.27-33). Portanto, voluntariamente, Ele se submeteu ao Senhor Deus e Pai, porque sabia que isto era o correto a se fazer. A Bíblia diz que a vontade Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2).

COMO ENTÃO poderemos em sã consciência aceitar opiniões humanas de a graça de Deus é irresistível, de que não podemos resistir a ela, de que, mesmo que não queiramos, deveremos servir a Deus contra nossa própria vontade, de que Deus predestinou à revelia da vontade humana, sem considerar a liberdade de que Ele mesmo nos dotou, predestinar alguns para salvação eterna e outros para a perdição eterna?

A SALVAÇÃO ETERNA do homem é obra inteiramente divina. Mas a partir disto julgarmos que, Deus nos obrigará a aceitar a obra consumada do Calvário sem que disso sejamos persuadidos pelo Espírito Santo (Jo 16.8-11) é por demais contraditório à luz não só das passagens que mencionei mas de todo o contexto das Sagradas Escrituras.

A BÍBLIA DIZ: “O que cedo busca o bem, busca favor, mas o que procura o mal, esse lhe sobrevirá"(Pv 11.27). Também podemos ler no Salmo 119.59: “Considerei os meus caminhos, e voltei os meus pés para os teus testemunhos." Os verbos “buscar”, “considerar” e “voltar” falam de uma voluntariedade que conspira contra toda opinião contrária que afirma que Deus força as pessoas a servi-Lo contra a própria vontade. Iguais a essas passagens existem inúmeras outras que você mesmo pode conferir, aqui vão algumas, Dt 26.17; 2Cr 34.2; Sl 18.21; Sl 119.15; Pv 4.26; 7.25; 10.9; 16.7, 25 e inúmeras outros versículos que demonstram a voluntariedade da submissão humana aos caminhos de Deus, sem constrangimento algum da parte dEle em nos obrigar a servi-Lo, muito embora Ele mesmo nos advirta das conseqüências eternas e desagradáveis para a alma que optar em viver de si para si mesmo.

O HOMEM CEIFA O QUE SEMEIA (Gl 6.7,8). Sendo assim, de forma amorosa e benigna, a exortação divina nas Escrituras é no sentido de apelar ao homem para que seja inteligente, para que reflita, pense, pondere muito bem seus próprios caminhos e se volte para o Senhor. Para que considere a obra de Cristo em seu favor. Para que compreenda que deverá deixar as obras infrutíferas de sua natureza corrompida pelo pecado e, de forma absolutamente consciente, submeta-se ao senhorio divino em sua vida.

DEUS DESEJA que o homem faça o bem. Se ele assim o fizer, isso resultará em seu próprio benefício. Mas, se ele se recusar, e teimar em andar conforme sua própria vontade má, desagradável a Deus e imperfeita, sofrerá com isso, efeitos já na vida presente e, no porvir, eterna separação de Deus e de Seu Reino (2Ts 1.6-9).

PORTANTO, a presente reflexão é no sentido de refutar os defensores da inexistência do livre-arbítrio humano. E para advertir a você que nos dá a honra de ler estas breves linhas, para que compreenda de que você é um ser moral, detentor de vontade própria, mas que em nenhum momento será coagido pelo Eterno a obedecer-Lhe Sua vontade. Saiba que em amor, Ele continuará a atraí-lo. O profeta Oséias escreve: Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor...” (11.4).


CONVIDO POIS você para que pense sobre tudo isso que acabou de ler. Que o Senhor Eterno e Salvador lhe abençoe !!!  

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O ditador da Síria e os ditadores da história.....

O GENOCÍDIO contra o povo inocente da Síria tem de ser neutralizado. Estão matando pessoas com armas químicas e isso é de uma crueldade inimaginável. Os vídeos mostram adultos e, principalmente, muitas crianças mortas e outras agonizantes diante da selvageria odiosa do presidente sírio Bashar al-Assad.

O PRESIDENTE SÍRIO é um homem sanguinário, que está cometendo crimes contra seu próprio povo, que não quer atender o clamor popular para que se promovam reformas políticas e econômicas. Ele é o paradigma perfeito do ditador, do tirano despótico que usa a força bruta para dizimar pessoas como se estivesse matando animais. Muitos civis já perderam a vida nessa guerra civil síria. Mas, e quanto à intervenção da ONU nesse país, visto que crimes contra a humanidade estão sendo cometidos todos os dias impunemente?

O SECRETÁRIO-GERAL DA ONU Ban Ki-moon disse que, caso se confirme o uso de armas químicas contra a população civil, se constituirá um "crime contra a humanidade" e que trará "graves consequências". Literalmente, o secretário-geral declarou: "Toda utilização de armas químicas, em qualquer lugar,  por quem quer que seja e em qualquer circunstância, viola o direito internacional. É um crime contra a humanidade que deverá ter graves consequências para quem o praticou."

O GOVERNO FRANCÊS através de seu chanceler, Laurent Fabius, disse que a comunidade internacional precisará reagir com uso da força se as alegações de que o governo sírio foi responsável por um ataque químico contra civis forem comprovadas.  

DIANTE DESSA DÚVIDA de que realmente o ataque foi planejado e executado pelo exército sírio, ou, como alega o governo, de que as informações e imagens sobre o ataque são uma simulação da oposição rebelde para promover uma retaliação decisiva da comunidade internacional, fico a pensar sobre os fatos e declinarei minha opinião a respeito em seguida.

SEGURAMENTE, o governo sírio tem cometido abusos contra o seu próprio povo. No afã de rechaçar a oposição rebelde, os ataques das forças do governo não poupam ninguém que esteja em sua linha de fogo. Mulheres, idosos, crianças e adultos em geral são mortos todos os dias nessa guerra fratricida que colocou em polvorosa a região, Israel reforçou sua defesa nas fronteiras com a Síria e a Turquia  que também faz fronteira com a Síria, redobrou também suas unidades militares na região.

O PRESIDENTE SÍRIO é um cínico, um covarde e dissimulado. Ele posa de bom moço diante das câmeras de TV, mas é sanguinário e prepotente. Não quer dialogar com a oposição e seu intuito e manter-se no poder a todo custo, empregando seu poder de fogo custe o que custar. Seu governo sofreu sanções dos EUA, Canadá e União Européia, mas ele conta com o apoio da Rússia, que não aceita qualquer tipo de intervenção militar da ONU para derrubá-lo do poder e debelar assim a guerra civil. Por diversas vezes, Bashar al-Assad declarou que seu país é vítima de uma "conspiração estrangeira", envolvendo terrorismo, com o objetivo de desestabilizar seu governo.

MAS O QUE SE SABE e creio que nada daquilo que vimos nos vídeos foi forjado pelos rebeldes, é que muita gente foi morta nesses ataques. As imagens são fortes, se você tiver disposição para ver acesse esse link  http://youtu.be/ODTd4GrlhcI e contenha sua revolta. 

SOU PESSOALMENTE A FAVOR de uma intervenção militar para remover esse presidente bastardo que posa de bom-moço, mas que tem sido um carrasco para seus compatriotas. Não se pode aceitar as proibições do presidente russo para não intervir na Síria. É necessário que a ONU prepare tropas com todo ímpeto, esgotadas as negociações diplomáticas com o governo sírio, e invada o país a exemplo do que se viu recentemente na Líbia no esforço feito para remover o ditador Muammar Khadafi, de triste e indesejável memória. 

TIRANOS, SEJAM ELES QUEM FOREM devem ser apeados do poder. Não podemos conviver com outros seres humanos que tiranizam a outros seres humanos para que eles atendam a seus prazeres e ambições pessoais e com isso matam e fazem sofrer a população e esmagam toda voz que se levanta em protesto. Um povo não poderá conviver com um governante que se preocupa somente com seu bem-estar e de sua família, capangas e apaniguados, um povo que tem honra não tolerará homens dessa estirpe, cruéis, sem valor e despudoradamente exploradores das riquezas nacionais, duplamente vampirescos, por sugarem o sangue da nação, concernente aos seus recursos materiais para se manterem no poder e também por promoverem banhos de sangue ao matarem a todos quantos se lhes opuserem. O uso de armas químicas por parte do governo sírio contra seus próprios cidadãos mostra a sanha assassina de Bashar al-Assad..

A HISTÓRIA já demonstrou o fim cabal desses elementos perniciosos à raça humana. Além de Khadafi, Hitler, Mussolini, Stalin, Idi Amim Dada, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Nero.....enfim, todos eles terminaram seus dias de tirania tendo a morte como prêmio máximo de suas carreiras medíocres, visto que nada de bom trouxeram para seus respectivos povos, mas somente sofrimento, dor, morte e destruição. 

A PALAVRA DE DEUS informa que os ímpios não tem paz (Is 57.21) e de que também são inquietos sendo que suas vidas são como o mar bravio que escuma suas ondas lançando lama e lodo, ou seja, eles exalam sujeira e mau cheiro por onde andam (Is 57.20).

O DIA DO JUÍZO não tardará para que os ímpios compareçam ante o grande trono branco (Ap 20.11) e prestem contas de seus atos. Ali, sobre os tiranos de todas as nações e épocas da conturbada história humana, será cumprida a Palavra divina que diz assim: "Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão à iniquidade são desarraigados" (Is 29.20). 

O DITADOR DA SÍRIA assim como os ditadores da história, quer presentes, passados ou futuros (como o maior de todos eles que ainda surgirá no cenário mundial, a besta, o Anticristo) terão o seu fim conforme suas obras. Tão certo como se levanta o sol de dia e a lua à noite, ou como a continuidade das estações do ano, Deus, o Único e Soberano Senhor, julgará a humanidade pecadora, incluindo aí os governantes ímpios, o ditadores que se julgam invencíveis, os sanguinários matadores de seres humanos em nome de uma ideologia ou governo. A Bíblia é categórica: "Porque Deus conduzirá a Juízo tudo quanto foi realizado e até mesmo o que ainda está escondido, quer seja bem, quer seja mal" (Ec 12.14 - Bíblia King James).

PARE UM POUCO e pense sobre o que acabou de ler.........Deus te abençoe em Cristo Jesus! 








segunda-feira, 29 de julho de 2013

A vinda do Papa e a vinda de Cristo

O NOVO TESTAMENTO demonstra por mais de trezentas vezes - numa média de um versículo a cada vinte e seis - de que Jesus Cristo brevemente voltará. Esta verdade ímpar, esta verdade salutar, cristalina, límpida, é nossa esperança perene posto que ela cobre de sentido toda a fé cristã. A Igreja, a Noiva de Cristo, espera ansiosamente a volta de seu Senhor e Redentor e para sempre reinará com Ele (1Ts 4.17).

QUANDO OBSERVO todo o frenesi que cercou a vinda do Papa Francisco, tudo o que posso pensar é sobre o que significará a vinda de Jesus para nós que depositamos firmemente nossa fé nessa verdade incontestável. Jesus deixou clara essa doutrina de Seu retorno. Avisou e advertiu aos seus discípulos e por conseguinte a nós na presente era, de que vigiássemos, orássemos para aguardarmos em prontidão Seu retorno (Mt 24.42; 25.13; Mc 13.23, 32-37; Lc 12.35-40; 21.25-36).  

TODOS NÓS, BRASILEIROS percebemos nesses dias de visita papal, a expectativa, a alegria e a esperança renovada que tomou conta dos católicos romanos em face da visita de seu supremo líder. É fato que, para o catolicismo apostólico romano, o Papa representa ao próprio Senhor Jesus Cristo na Terra. Ele veio para a Jornada Mundial da Juventude, um evento internacional que reúne jovens católicos do mundo inteiro, criado pelo Papa João Paulo II em 1984. Na verdade, muito mais do que o encontro com os jovens, os brasileiros de todas as faixas etárias puderam ver o novo Papa ao vivo, ouví-lo e renovar sua fé no catolicismo. Mas, temo que, (e falo isso baseado no que a Bíblia ensina), aqueles que esposam a doutrina católico-romana estão a cada dia afundando numa orquestração de enganos e mentiras. Eles creem em ensinos deturpados acerca da verdade cristã e este engano foi reforçado pela vinda do Papa Francisco, por mais simpático, alegre e afável este possa parecer.

O ARCABOUÇO DOUTRINÁRIO que o verdadeiro cristão acredita, está firmemente centrado nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Os 66 livros da revelação de Deus para nós são suficientes para termos uma vida que Lhe seja agradável em todas as coisas. Muitas são as recomendações para não acrescentarmos, tirarmos ou irmos além do que está revelado e registrado nos livros da Bíblia (Dt 29.29; Pv 30.6; 1Co 4.6; Ap 22.18,19), porque se isso ocorrer, fatalmente o cristão cairá sob o engano de demônios que se comprazem em distorcer o sentido do ensino divinamente registrado, inspirando homens para mentirem acerca da verdade bíblica (1Tm 4.1-3; 2Pe 2.1-22; 1Jo 2.22,23). Isso ocorre desde o alvorecer da humanidade, quando no Éden, Satanás descaradamente distorce o sentido do que o Senhor Deus falara e engana a mulher (Gn 3.1-6).

PORTANTO PARA NÓS, cristãos evangélicos, que esposamos as doutrinas bíblicas, deveremos lembrar dos avisos divinos sobre estes últimos dias. Dias difíceis, dias de engano, dias em que s subversão da verdade e o aumento da impiedade seriam grandiosos (2Ts 2.9,10; 2Tm 1.1-5). O Papa Francisco simplesmente representa de forma visível e palpável o grande nível de engano e ilusão que chegaram os assim chamados "cristãos" católicos romanos. Falo isso sem querer ofender, repito, falo na esperança que, se alguma pessoa que esposa a fé católica possa voltar às Escrituras e compreender com a ajuda preciosa do Espírito Santo de que o catolicismo romano está firmado num amplo leque de invenções doutrinárias humanas. E o cristão verdadeiro sempre deverá ter das Escrituras o mesmo conceito do Senhor Jesus que foi obediente à revelação bíblica e recomendou que também fossemos assim e disse que laboraríamos em erro se não procurássemos conhecer a Bíblia como efetivamente ela deve ser conhecida (Mt 5.17-20; 22.29).

COM ISSO QUERO voltar ao tema da vinda de Jesus. Veio o Papa para os católicos brasileiros. Enganosamente, depositaram nele toda sua esperança. Continuarão a confiar em meros homens falíveis. E, mais grave ainda, continuarão a confiar em um líder que, ilegitimamente, sustenta o título de "Vigário de Cristo", ou seja, o representante visível de Jesus Cristo entre os homens. Ledo engano. Nós aguardamos a manifestação do Senhor Jesus, a Sua "parusia", sua aparição entre as nuvens do céu que será no tempo determinado por Deus (Mt 24.36), será um evento
que não deixará dúvida alguma sobre quem verdadeiramente é o REI DOS REIS E O SENHOR DOS SENHORES!!!

A SEGUNDA VINDA DE JESUS é um ensino destacado nas Escrituras, é uma chave para a compreensão das Escrituras, é a esperança da Igreja, é incentivo para o Cristianismo bíblico e tem efeito marcante sobre o nosso serviço cristão. "Nossa esperança é Sua vinda/ O Rei dos reis vem nos buscar"  diz a letra de um hino da Harpa Cristã. Procuramos hoje ficar nessa prontidão, a mesma que tinha a Igreja Primitiva, que vivia em meio à expectação do retorno de seu Amado Senhor. A presente ordem de coisas vai chegar ao fim quando Jesus voltar. Não vou declinar aqui sobre se Jesus arrebatará a Igreja antes, durante ou após a Grande Tribulação. Todos estes três pontos de vista sobre o arrebatamento encontram apoio nas Escrituras, quem estuda seriamente Escatologia sabe disso. Mas quero dizer sobre o FATO da vinda do Senhor. Esta sim, está carregada de pleno sentido para o discípulo de Cristo. Nada tem a ver com a vinda de homens falíveis, sejam eles quem for, e que insuflam nas pessoas uma falsa esperança.

A IMPRESSÃO QUE FICOU para mim diante da atração que a figura do Papa exerceu sobre as multidões, é de que elas estariam diante do próprio Cristo. E não seria demais pensar assim. Creio que muitos, por causa do espírito de engano que se alastra sobre a Terra, devem imaginar que ali está um ser humano digno de ser adorado. Mais uma vez, repito: não é difícil imaginar isso, pois a mídia anuncia de que a Igreja Católica pretende canonizar o falecido Papa João Paulo II, assim que se comprovar que ele teria realizado pelo menos dois milagres de cura. Ele receberá então o status de "santo" e será mais um no grandioso panteão de santos católico-romanos, meros seres humanos a receberem devoção e adoração devidas somente ao Senhor Deus conforme as Escrituras largamente ensinam.

NÓS AGUARDAMOS A JESUS CRISTO nosso verdadeiro Senhor e Salvador. Nós andamos por fé e não por vista (2Co 5.7). Nós obedecemos a Cristo. Nós guardamos as Escrituras no nosso coração e obedecemos somente a elas. Nós não obedecemos a mandamentos de homens que se desviam da verdade (Tt 1.14).

NÃO SEJAMOS DESOBEDIENTES pois à visão celestial - o apóstolo Paulo declarou ao rei Agripa de que ele procedera dessa forma (At 26.19). Em tudo procurou ele obedecer ao Evangelho que lhe fora revelado. É isso que deveremos fazer. É isso que deveremos proclamar perante todos, assim como Paulo fez. Ele imitou a Cristo (1 Co 11.1) e disse para procedermos igualmente; ele igualmente nos exortou a imitarmos a Deus (Ef 5.1). Assim, não há base alguma para seguirmos homens. Principalmente, se estes estão desprovidos da verdade do Evangelho e são propagadores de mentiras humanas e satânicas.

A VINDA DE CRISTO já está às portas. Este acontecimento sim, é nossa esperança segura. Deus não mente em Sua Palavra. Não há enganos na genuína revelação divina nas Escrituras. Temos esta firme esperança. Jesus Cristo é também o nosso verdadeiro sacerdote. O autor aos Hebreus escreveu: "Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb 6.18-20). 

PORTANTO, AMADO SERVO de Cristo, pense sobre tudo isso !!!




terça-feira, 2 de julho de 2013

Guerra mundial Ômega.........

CHEGANDO em casa agora há pouco de uma sessão de cinema, onde fomos, eu e minha família, assistir "Guerra Mundial Z." O filme conta a história de Gerry Lane (Brad Pitt) que havia sido um ex-investigador da ONU e que se defronta, juntamente com sua família, com um ataque de zumbis em plena Nova Iorque. Então, ele é contatado pelo governo americano para tentar descobrir a causa que logo se constatou tratar-se de uma terrível e misteriosa doença que rapidamente se espalha mundo afora, contaminando os seres humanos tão logo sejam atacados pelos humanos zumbificados. Assim, vai aumentando grandemente a quantidade de zumbis sobre o planeta, assumindo proporções catastróficas e o personagem de Pitt precisa descobrir uma maneira de conter o contágio. 

DE IMEDIATO não pude deixar de refletir sobre esse filme de ficção sob a ótica da realidade bíblica. Não dá para deixar de pensar sobre a realidade do pecado, que contaminou a tudo e a todos. Que deixou a toda a posteridade de Adão contagiada. De certa forma, espiritualmente falando, também somos mortos-vivos, zumbis espirituais, enquanto não conhecemos ao Senhor Jesus Cristo (escrevi sobre esse tema em 30 de janeiro de 2012, leia aqui http://observateologia.blogspot.com.br/2012/01/aquele-que-nao-conhece-cristo-e-um.html ).

O HOMEM sem Cristo, pode estar corporalmente vivo, porém, as Escrituras declaram que ele está espiritualmente morto (Ef 2.1), logo, é um morto-vivo espiritual. Ele precisa nascer de novo. Precisa nascer de novo e ser descontaminado. Estando contagiado desde que foi concebido no ventre de sua mãe (Sl 51.5), sua única esperança repousa na obra consumada de Jesus Cristo na cruz do Calvário, de uma vez para sempre (Hb 10.14). A purificação pelo sangue do Cordeiro imaculado é real e verdadeira (1Jo 1.7). É ela que nos cura desta terrível doença hereditária chamada pecado.

A FICÇÃO do filme nos permite um limitado vislumbre sobre o que significa um ser humano caído em seus delitos e pecados. Um ser humano rebelde contra Deus, que não consegue discernir os caminhos divinos, que anda conforme os ditames do Príncipe deste mundo, Satanás, estando sob seu domínio, escravizado também aos seus próprios humanos desejos e paixões carnais e, além disso, estando em uma atmosfera espiritual rarefeita dos valores divinos que é esta sociedade humanista, orgulhosa e incrédula. Afinal, como está escrito, o mundo inteiro está no maligno (1Jo 5.19).

SOB OUTRA ÓTICA também posso me reportar ao título do filme. Sabemos pela Palavra de Deus, conforme as santas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo em Mt 24 que guerras e rumores de guerra acompanhariam estes nosso tempo. Muitas guerras aconteceram desde o alvorecer da humanidade, mas Jesus falava claramente de tempos no porvir, onde se multiplicariam as matanças entre povos e nações aguerridas. Aqui, é necessário mencionar o Anticristo, pois, segundo a palavra profética, ele trará uma falsa paz sobre o mundo, resolvendo momentaneamente os grandes problemas mundiais e os conflitos entre nações, mas qual não será a surpresa da humanidade, quando ele revelar sua verdadeira face (Ap 13). O anticristo promoverá guerras tremendas em seu curto período de governo mundial, 3 anos e meio, milhões perderão suas vidas e ele se empenhará para conduzir os povos do mundo para a derradeira guerra das guerras que se dará no vale de Megido, a batalha do Armagedom (Jl 3.9,12; Zc 14.1-4; Ap 16.13-16; 19.11-21). 

GUERRA MUNDIAL ÔMEGA assim intitulei este texto porque, como sabemos, a letra ômega (maiúscula Ω e minúscula ω) é a última letra do alfabeto grego. Fiz uma analogia com o título do filme "Guerra Mundial Z" para dizer a todos que, em verdade, as guerras que ainda varrerão o mundo, estão todas em conformidade com a palavra profética do Senhor. Fica bem apropriado pois denominarmos "Guerra Mundial Ômega" porque Jesus Cristo mesmo disse acerca de Si: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso" (Ap 1.8). Os acontecimentos mundiais estão todos sob o controle absoluto do Senhor, os fatos não o apanharão de surpresa, porque Ele é o Senhor da história humana.

O CRENTE EM JESUS não deve temer o que sobrevirá ao mundo. A Palavra profética precisa ter seu cumprimento. Está escrito: "Em verdade vos afirmo que necessitais de perseverança, a fim de que , havendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis plenamente o que Ele prometeu; pois dentro de pouco tempo 'Aquele que vem virá, e não tardará. Mas o justo viverá pela fé! Contudo, se retroceder, minha alma não se agradará dele'. Nós, entretanto, não somos dos que regridem para a perdição; mas sim, dos que creem e, salvos, seguem avante." (Hb 10.36-39 - BKJ).

CONFIEMOS pois ainda mais no nosso amado Salvador. Fomos purificados pelo seu precioso sangue. Agora estamos em meio às conturbações da humanidade nesta derradeira hora. Uma batalha de proporções tremendas no mundo espiritual se aproxima para ainda mais manter a humanidade rebelde contra seu Criador. Mas o Senhor continuará, através da Pessoa do Espírito Santo e da instrumentalidade de Sua Igreja em todo mundo, fazendo com que a mensagem do Evangelho alcance vidas escravizadas pelo diabo, pelo mundo e pelo pecado. E Poderoso é o Senhor para converter o mais vil pecador (Jo 16.8).

ATENTEMOS para essas sãs palavras: "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (2Tm 2.4). Sejamos sóbrios. Sejamos vigilantes. Sejamos fiéis Àquele que nos alistou nessa guerra espiritual.

POR FAVOR, não deixe de refletir sobre tudo isso.........







quinta-feira, 27 de junho de 2013

PROTESTOS NO BRASIL - alguns rabiscos cristãos......

"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual Ele escolheu para sua herança."  Salmo 33.12

OS PROTESTOS em todo Brasil são o resultado concreto da insatisfação do povo com o que vivencia diariamente há décadas.
OS PROTESTOS são a insurgência popular contra o sistema político e econômico vigente.
OS PROTESTOS retratam o que realmente o brasileiro deseja e o quanto está infeliz pela atual condição do país.
OS PROTESTOS clamam pela honestidade, transparência, sabedoria e despojamento dos governantes.
OS PROTESTOS expressam que há muito o que fazer e que já está mais do que na hora de resolver.
OS PROTESTOS desnudam as mazelas do povo, desmascaram os farsantes travestidos de governantes e pedem sua saída JÁ!
OS PROTESTOS são a maior expressão de democracia que se viu em nosso país e mostram a têmpera do povo brasileiro e o amor pela pátria.
OS PROTESTOS já determinam o que deve ser feito, já incomodam os instalados no poder, já provocam urgências nos procedimentos para que o clamor das ruas seja atendido com presteza.
OS PROTESTOS despertaram a consciência nacional, suscitaram reflexões em todos os segmentos, provocaram um estado de alerta contra as instituições.
OS PROTESTOS são uma onda que vai arrebentar na praia para destruir os castelos de areia que os políticos corruptos erigiram para si mesmos.
OS PROTESTOS movem você e movem a mim para contribuir para um Brasil melhor a cada dia.
OS PROTESTOS detonam com as ideologias político-partidárias, despojam os partidos de seu monopólio na condução da democracia e colocam nas mãos do povo o poder que lhe pertence de forma legítima.
OS PROTESTOS dizem para todos que os políticos não são donos do país, que eles devem prestar contas de seus atos, que devem trabalhar pelo povo e para o povo, que se fizerem de forma diversa a isso, automaticamente perderão a  legitimidade.
OS PROTESTOS não tem bandeiras ideológicas, a única ideologia é aquela que diz que há inúmeras coisas erradas neste país e que precisam ser corrigidas porque os brasileiros estão fartos de tantos desmandos.
OS PROTESTOS elevaram os brios de toda nação. Suscitaram o orgulho pátrio, o amor pelas nossas coisas que, se não haviam morrido, estava meio amortecido diante de tanta coisa errada em nossa sociedade.
OS PROTESTOS apontam para o caminho a ser seguido, ou seja, da ordem institucional, da consciência plena da responsabilidade de cada um perante a sociedade, do fortalecimento das instituições democráticas, do respeito pelo dinheiro público e sua justa administração.
OS PROTESTOS começaram com uma única causa, o passe livre nos ônibus, mas espalharam-se pelo país e abarcaram de vez todas as maledicências e excrecências nacionais em seu clamor diário. 
OS PROTESTOS fermentaram e continuam fermentando, a cada dia crescendo, se avolumando, para de uma vez por todas dar um basta em toda corrupção.
OS PROTESTOS fizeram com que os jovens saíssem da frente dos computadores, notebooks, tablets e celulares e ganhassem as ruas interagindo com pessoas de todas as idades numa saudável comunhão pelo bem maior de nosso amado país.
OS PROTESTOS são atitudes de pessoas insatisfeitas. Brasileiros. Que amam seu país e querem o melhor para ele.
OS PROTESTOS são de pessoas de bem. Brasileiros. E ainda que baderneiros, arruaceiros e bandidos estejam misturados à população, não tira a legitimidade do movimento.
OS PROTESTOS chamam a todas as pessoas em todos os quadrantes do território nacional para se unirem em uma só voz - CHEGA DE TANTA INJUSTIÇA SOCIAL !!!
OS PROTESTOS me levam a parar, pensar e agir em prol de uma sociedade mais fraterna, mais justa e que valorize as pessoas pelo que elas são, não pelo que possam possuir.
OS PROTESTOS podem revolucionar a política, saneando-a dos aproveitadores, salafrários e candidatos a salvadores da pátria.
OS PROTESTOS jogam na lata de lixo da História aqueles que se aproveitaram do povo brasileiro, condenando-os ao ostracismo e banido-os para sempre dos cargos públicos.
OS PROTESTOS dizem para os políticos corruptos: "Vocês já vão tarde, e não nos deixarão saudades."
OS PROTESTOS nivelam a todos os brasileiros, não considerando um superior ao outro, ou seja, trazendo plenamente a termo o Artigo 5o  da Constituição Federal: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade." 
OS PROTESTOS revelam a verdadeira face da classe política atual, que, apegados a seus cargos e privilégios, já começam a se sentir certamente muito incomodados com o clamor popular.
OS PROTESTOS com toda a ordem e justiça devem forçar a saída dos aproveitadores do dinheiro público, provocando a necessária faxina institucional, mas sem esquecer a obediência à Constituição Federal.
OS PROTESTOS, ainda que devem idealmente obedecer à CF, também podem provocar um clamor por mudanças na lei maior do país se isso significar os plenos benefícios que todos os brasileiros pedem para a sociedade como um todo.
OS PROTESTOS, enfim, só demonstram o que nunca deveria ter acontecido, qual seja, um sistema político-econômico que privilegia a poucos e penaliza a maioria do povo. Que concede inúmeros privilégios à classe política enquanto a grande massa de trabalhadores sofre com baixos salários e serviços públicos de qualidade inferior. Um sistema que tem uma carga tributária enorme, tornando os preços dos produtos vendidos aqui muito caros e contribuindo para a miséria e necessidade do povo porque estes impostos arrecadados são mal administrados e muito dinheiro é desviado e vai encher os cofres daqueles que exercem cargos públicos de forma cínica e desonesta, enriquecendo às custas de milhões de brasileiros honestos e decentes.

EU CREIO, como um dos seguidores de Jesus Cristo, que observa a Palavra de Deus, que procura vivenciar os mandamentos do Reino dos Céus aqui na Terra, de que o SENHOR abomina tudo o que é injusto, tudo o que é desonesto e contrário às Suas eternas ordenanças. Sua Palavra é clara em afirmar que Ele deseja que todos os homens sejam honestos e bons uns com os outros, isso se expressa em toda a Escritura e, particularmente, nas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo quando disse: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12.31).

SABEMOS porém, pela mesma Palavra, que a sociedade dos homens está contaminada pelo pecado. Que a Queda afetou nosso relacionamento com Deus, bem como afetou nosso relacionamento com o próximo. O apóstolo João foi enfático: "Estamos cientes de que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno" (1Jo 5.19). Portanto, o clamor que vem do povo nas ruas não suscitará com a devida perfeição as mudanças necessárias. Ocorrerão mudanças sim, mas os brasileiros precisam saber de que elas serão imperfeitas porque este é um mundo caído, rebelde a seu Criador e que precisa reconhecer o senhorio de Cristo em suas vidas, precisa reconhecer também que Ele é soberano e o verdadeiro Senhor das nações. 

PORTANTO, que todo cidadão brasileiro seja patriota, no sentido de desejar o melhor para sua nação, abominando com toda sinceridade a corrupção e o erro na sociedade. Mas, muito além, muito mais profundo e mais importante que isso, está em que cada um arrependa-se de seus pecados diante do Eterno Deus. Que reconheça sua própria corrupção pessoal, sua pecaminosidade inata, herdada de Adão e que provoca a separação entre ele e o Criador. Que reconheça a Jesus Cristo como seu Único e Suficiente Salvador.

O ESPÍRITO SANTO procura convencê-lo de sua vida de pecados. Ele te diz, por meio das Escrituras, que somente em Jesus Cristo o homem é plenamente restaurado. E que somente homens plenamente restaurados, posto terem sido regenerados, feitos novas criaturas pelo poder de Deus e justificados diante dEle é que poderão suscitar mudanças na sociedade humana movidos unicamente pelo Seu amor. Não há esperança para seres humanos que são movidos por seus próprios e ocultos interesses. O poder corrompe as pessoas. O ser humano não-regenerado pelo Evangelho não poderá construir uma sociedade justa porque a Bíblia é categórica em afirmar que toda a humanidade está debaixo do pecado, que todo homem é pecador e que o salário do pecado é a morte. O homem sem Jesus Cristo não tem esperança. Seu estado espiritual diante de Deus é desesperador e conspira contra ele mesmo. Não pode usufruir de harmonia uma sociedade constituída de homens sem Deus, pois sua inclinação natural será para o orgulho e o egoísmo.

SÃO LEGÍTIMOS os protestos do povo. Mas ele precisa saber que o homem sem Cristo não é capaz de construir em plenitude, uma sociedade ideal. O que pode ser construído daqui para diante pode se aproximar mais da justiça do Reino de Deus, inclusive os cristãos tem uma grande responsabilidade na construção disso, pois o Senhor Jesus disse que somos sal da terra e luz do mundo, assim como Ele mesmo (Mt 5.13-16; Jo 8.12; 9.5). Mas não significa perfeição e sempre ocorrerão conflitos porque estamos em um mundo decaído. O pecado afetou a tudo e a todos. É preciso redenção que vem por meio de Cristo.

APESAR do triunfalismo nas ruas, todo o cristão que conhece a Palavra de Deus, que sabe sobre a vontade divina expressa de forma cabal nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento, sabe que não há esperança para o homem que, individualmente, ainda está em um caos moral diante de seu Criador. 

NÃO NOS OMITIREMOS. Mas nós, os cristãos, diremos a verdade do Evangelho a todo brasileiro: "Em verdade, em verdade te asseguro que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3 - BKJ). 

DE FATO, é bem-aventurada uma nação que faz verdadeiramente de Deus, o Deus bíblico, verdadeiro, imutável e fiel, o seu Senhor e que aceita a redenção que Ele lhe propõe unicamente na Pessoa de Cristo.
 

PENSE nisso.