domingo, 3 de julho de 2011

O que fazer quando pessoas de outras religiões batem à nossa porta? (2)

Queremos desta feita, escrever sobre um outro grupo religioso que à semelhança do que foi comentado na postagem anterior, as testemunhas-de-jeová, costumam enviar seus seguidores às residências para pregarem seu pseudo-evangelho, falo dos mórmons ou, como são oficialmente conhecidos, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

O que você sabe sobre este grupo? Será que você já confundiu eles com alguma igreja evangélica porque andam pelas ruas de dois em dois sempre de calça e camisa sociais e usando gravata?

Os mórmons são muito numerosos nos Estados Unidos onde tiveram sua origem no século 19. O nome de Joseph Smith para os mórmons é quase como se fosse o de Jesus Cristo, porque foi ele quem teve supostas visões que levariam-no a fundar esta igreja originária em território norte americano.

Assim como o fundador das testemunhas-de-jeová, Joseph Smith também era de família cristã evangélica, seus parentes uniram-se a uma igreja presbiteriana mas ele não conseguia decidir-se alegando que por causa das contendas e divisões entre as igrejas, tinha dúvidas sobre qual igreja deveria unir-se. E esse conflito foi o pano de fundo para que supostamente tivesse sua primeira visão.

Assim, em 1820, supostamente teve uma visão que tornou-se a base para a fundação da Igreja Mórmon. Deus Pai e Deus Filho materializaram-se a Smith quando este estava em uma floresta a orar indagando qual das igrejas era a correta. Segundo Smith, os dois lhe disseram que todas as igrejas eram abomináveis e que era preciso proceder-se à restauração do verdadeiro Cristianismo. Uma segunda visão teve lugar em 1823 e desta feita uma personagem apareceu em seu quarto identificando-se como um mensageiro celestial, um anjo, por nome Moroni. Este suposto anjo de Deus disse a Smith que ele tinha um trabalho a fazer. Ele deveria ir a um lugar onde estaria enterrado um livro oculto escrito em placas de ouro com a narrativa sobre os primitivos habitantes do continente americano e de onde eles procediam. A personagem disse também que a plenitude do eterno evangelho estava contida ali entregue pelo Salvador aos antigos habitantes.

Em 1827, Smith teria então "desenterrado" as placas de ouro e procedido à sua tradução pois estavam escritas no idioma "egípcio reformado". Em 1830, terminada a "tradução", Smith, juntamente com seus irmãos e amigos, fundaram oficialmente "uma nova sociedade religiosa" que recebeu o nome de "A Igreja de Cristo" e mais tarde teve o nome mudado para "Igreja dos Santos dos Últimos Dias" e finalmente Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias como oficialmente é reconhecida.

O caso do surgimento da igreja mórmon é também digno de nota pois surge em um país onde a fé cristã evangélica era bem disseminada, havia muitos pregadores e seminários para o ensino da Bíblia, mas muitas denominações disputavam a fé das pessoas havendo mesmo contendas em torno disto pois todas queriam ter o monopólio da verdade bíblica. Não compreendiam a multiforme sabedoria de Deus (Ef 3.10) nem o que Paulo também escrevera acerca do Corpo de Cristo em 1Co 12. Ou seja, um só Corpo, uma só Igreja, mas muitos membros (12.20), ou seja, muitas denominações e todas procurando fazer a obra de Deus. E Paulo deixa claro pelo Espírito Santo de que tanto uma igreja genuinamente evangélica como outra da mesma forma precisam cooperar entre si (12.20-27).

Isso ainda ocorre hoje assim como ocorreu no tempo de Joseph Smith. Por causa disso e pela tendência supersticiosa de sua família, seu pai era um homem místico dado a caçar tesouros escondidos. Também certa feita tentou imprimir dinheiro falso. Sua mãe também era parecida com seu marido. Ambos eram produto da época e do ambiente em que viviam. Possuía um extremismo religioso muito grande e dava crédito a muitas superstições. Smith portanto herdou essas características de seus progenitores e esteve envolvido em arruaças, falcatruas, invencionices como a que originou o Livro de Mórmon.

Não é nosso objetivo esgotar tudo o que se refere a esta seita nessas linhas. Mas queremos agora dizer algumas coisas sobre o que eles acreditam sobre Deus, Jesus Cristo, a salvação e outros aspectos.

Sobre Deus, dizem: "Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser" esta é a chamada Lei da progressão eterna. O próprio Deus, o Pai de todos nós, é um homem exaltado, ressurrecto e imortal. Vemos aqui já de início que os mórmons não podem de forma alguma ser caracterizados como uma legítima igreja cristã porque seu conceito da Pessoa de Deus difere diametralmente do que dizem as Escrituras. Deus é eterno, é incriado, é imortal. Não teve princípio e nem terá fim. Confundem o Criador com a criatura. Várias passagens bíblicas nos auxiliam na compreensão do que Deus é realmente (Nm 23.19; Is 43.10,11; 44.6; Ml 3.6; Jo 4.24; Hb 6.12).

Outro ponto em erram miseravelmente é em relação ao que creem sobre Jesus Cristo. Aliás, o que alguém crê sobre o Filho de Deus é realmente o marco distintivo para se considerar se alguém realmente é um cristão verdadeiro ou não, porque se sua Cristologia estiver assentada em bases falsas, o restante de seu edifício de fé estará fatalmente comprometido. Para os mórmons, Jesus não é o Filho de Deus. Não foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Ele foi um espírito preexistente criado por Deus e era irmão de Lúcifer. Também afirmam que Jesus se casara e tivera várias esposas, sendo portanto polígamo. Aliás, a poligamia é aceita nos círculos mormonistas por causa deste suposto envolvimento de Cristo com várias mulheres. Sei que você sabe muito bem o que a Bíblia tem a dizer sobre a incomparável figura de nosso Salvador, deixo aqui a sugestão para que estude ainda com mais afinco o que ela tem a dizer sobre quem é Jesus realmente, porque o que os mormonitas creem é inteiramente sacrílego e diabólico indo contra todo o bom senso. Sobre o Espírito Santo, seu ensinamento é semelhante ao das testemunhas-de-jeová.

Sobre a salvação, pasme você, dizem que é por Jesus, mas também pelo batismo por imersão (uma boa pergunta: alguém é batizado para salvar-se ou quando é batizado já está salvo?), pela observância das leis mórmons e pela prática de boas obras. Acreditam que nenhum homem e nenhuma mulher desta atual dispensação entrará no céu sem o consentimento de Joseph Smith (???).

Sobre a autoridade escrita em que se baseiam, dizem que a Bíblia está incorreta, que suas traduções estão todas erradas. Aceitam o Livro de Mórmon e também nos livros Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Convênios, escritos estes considerados tão inspirados como a própria Bíblia. Possuem ainda muitas outras estranhas doutrinas como o batismo pelos mortos (alguém pode ser batizado para salvar um antepassado). Acreditam que podemos nos tornar deuses pois, para eles, Deus foi homem mas progrediu até chegar a um estado de divindade.

Vejam que tanto a Teologia, como a Cristologia e a Antropologia mórmons são totalmente falseadas. Não guardam nenhuma semelhança com o Cristianismo ortodoxo. Sendo assim, você deverá compreender que quando um crente em Jesus mergulha no estudo das doutrinas cristãs ortodoxas, ele está conhecendo melhor ainda a Deus por meio disso como também está se precavendo contra conceitos tão esdrúxulos como esses que os mórmons acreditam.

Compartilho uma experiência que tive com os mórmons. Dois deles, como é de costume, bateram à porta de minha casa uma certa feita e como neste dia estava realmente com muitos afazeres, combinei para viessem um outro dia pois poderia recebê-los. Somente acertei o seguinte: Eu ouviria sem interromper a exposição deles e depois eles deveriam também me ouvir sem interrupções. Assim foi feito. No dia combinado, os recebi na cozinha de minha residência, onde à mesa expuseram o seu "evangelho". Ato contínuo, quando chegou minha vez, procurei rebater um por um dos pontos que apresentaram e lhes confrontei em amor com a mensagem genuína do Evangelho de Cristo. Depois que foram embora, fiquei a pensar se realmente chegariam a se converter, mas fiz o que as Escrituras ordenam conforme o mandato do próprio Cristo (Mt 28; Mc 16; At 1.8).

Fica aqui mais uma vez nossa opinião de que devemos procurar evangelizar aos adeptos de seitas. Se chegarem à porta de nossa casa, deveremos idealmente conversar com eles em espírito de oração e, com a ajuda do Espírito Santo, procurar apresentar o santo Evangelho de Jesus Cristo. Deixo aqui as sugestões como escrevi no post anterior:

ATENDER as pessoas como Jesus as atenderia. ACREDITAR que o Espírito Santo trabalha enquanto a verdadeira Palavra de Deus está sendo exposta. ENTENDER que somos verdadeiros embaixadores do Reino de Deus e devemos portanto condignamente representar esse Reino aqui na terra, fazendo o que for biblicamente possível para alcançá-las.

Isto serve para qualquer grupo não-cristão ou pseudo-cristão que você porventura tenha contato.

Pense nisso enquanto o Espírito Santo fala ao seu coração, quem sabe você hoje não estará diante de uma dessas pessoas? Que Deus o abençoe, que você possa falar-lhes segundo a Palavra de Deus!

2 comentários:

  1. Realmente fiquei impressionado com essas doutrinas e teologia dos mórmons,só vendo para crer,Vamos orar por todos aqueles que continuam sendo enganados por falsas "Doutrinas", E que venham a conhecer ou aceitar o Genuíno evangelho de JESUS CRISTO...

    ResponderExcluir
  2. É verdade meu irmão, devemos orar e lhes pregar o verdadeiro Evangelho para que o Espírito Santo lhes ilumine e eles venham a ser libertos do engano e sirvam verdadeiramente ao Deus vivo, que o Senhor te abençoe, fique na PAZ!

    ResponderExcluir