quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O cristão pode contribuir para o bem deste mundo?

Se alguém é um autêntico seguidor de Jesus Cristo não só pode como deverá assim proceder como expressão de sua fé no Salvador. A variedade e complexidade dos problemas humanos é amplamente conhecida. Para todos esses problemas, o Evangelho se apresenta como a resposta divina a um mundo que foi tremendamente afetado pelo pecado. Evangelho este vivido e praticado em sua integridade, com plena autenticidade por homens e mulheres salvos, regenerados, justificados, santificados, ou seja, retirados da atmosfera perversa deste presente século com seu modus vivendi contrário a Deus e enviados agora, comissionados pelo próprio Senhor que os salvou (Jo 17.18) para anunciarem entre seus semelhantes a glória do Evangelho que é restaurador em sua natureza.

O mundo clama pela luz do Evangelho. O mundo anseia pela manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19). Jesus claramente disse que nós, seus discípulos, somos sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). Satanás e os demônios atuam na atmosfera espiritual deste século. Não estão, todavia ,fora do controle do Senhor. Mas, segundo a mesma Palavra de Deus, as potestades do mal agem continuamente em franca oposição aos propósitos divinos desde o começo do mundo (Gn 3). Mas Jesus Cristo arrancou o ferrão do Maligno e é só uma questão de tempo para que se cumpra a sentença lavrada contra o Inimigo e todas as hostes espirituais da maldade (Ap 20.10).

Enquanto isto não acontece o Evangelho autêntico e integral por meio da pregação e vivência da Igreja continuará a fazer a sua extraordinária obra nas mentes e corações dos homens. Não há em todo o Universo outra mensagem ou outro poder que possa suscitar a transformação da raça humana. Esta mudança operada em homens e mulheres é o princípio fundamental para inverter ou subverter a atual ordem vigente. Acredito que, se este Evangelho, esta abençoada mensagem estivesse sendo vivenciada em sua integralidade desde seus primórdios, desde a fundação da Igreja no Dia de Pentecoste (At 2), o Senhor Jesus já teria então voltado para a consumação de todas as coisas.

Vivemos hoje então a realidade do “já” e do “ainda não”. Pessoas transformadas pelo Evangelho e vivendo-o em sua integralidade contribuem para o bem do mundo. Abençoando vidas em todo lugar. Sendo imitadores de Deus ao viver de forma abençoada e abençoadora (Ef 5.1,2). Esta é a gloriosa dimensão do “já”, da presença benfazeja do Evangelho no mundo através de vidas transformadas. Entretanto, deveremos igualmente considerar e refletir sobre a realidade do “ainda não”. Da presença sombria do mal no mundo. Da realidade da ação demoníaca. Das malfazejas ações de homens caídos em seus delitos e pecados (Ef 2.1-3). As duas realidades se sobrepõem. Se encontram. E por isso, inevitáveis conflitos ocorrerão. A luz do Evangelho permeando as trevas espirituais do presente século!

O Nazismo poderia não ter surgido ou não ter assumido o poder na Alemanha caso o Evangelho pregado e, mais ainda, vivenciado pela Igreja neste país fosse biblicamente plausível. Stalin na Rússia, ou, o Comunismo como um todo, talvez não tivesse exposto sua medonha face, que causou a morte de milhões, se a Igreja Ortodoxa Russa vivesse em conformidade com o Evangelho autenticamente bíblico. O tráfico negreiro poderia não ter ocorrido, com toda sua trágica conta de milhões de seres humanos mortos ou sujeitos às mais abjetas condições de vida e sofrimentos, caso aqueles que, dizendo-se “cristãos” tivessem de fato sido expostos ao verdadeiro Evangelho e consequentemente tivessem suas existências transformadas segundo à imagem de Cristo.

Jesus viveu entre nós como servo (Fp 2.5-8). Ele veio para servir aos seres humanos, entregando ao final sua própria vida como preço de resgate. E é nesse espírito de serviço conforme At 10.38: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”, que todo cristão autêntico deverá viver. A única forma de trazer o bem como antídoto ao mal que há no mundo será por meio de vidas verdadeiramente transformadas pelo poder do Evangelho de Cristo.

Lamentamos entretanto o atual estado da Igreja em nossa época. A Igreja enquanto instituição humana é falível. Tristemente falível. A Igreja enquanto organismo vivo, como verdadeiro Corpo de Cristo que transcende o famigerado denominacionalismo, faz e fará uma obra admirável. Cada verdadeiro cristão de per si é a expressão da vontade de Deus no mundo e para o mundo.

O crente pode de fato contribuir para o bem deste mundo? Depende. De que? De que viva autenticamente o Evangelho em sua integralidade. Somente desta forma sua vida e suas ações se constituirão numa barreira para o avanço do mal. Este não será extinto do mundo somente pela pregação e vivência autêntica de fé. A Bíblia não declara que o mundo inteiro será convertido à fé em Cristo (Mt 24.14; 2Ts 3.2). Mas, reiteradamente as Escrituras afiançam a capacidade e o poder do Evangelho para a mudança do coração humano (Rm 1.16). E, sendo assim, se verificará os benefícios que daí advirão não só para a própria pessoa como para os que estão em derredor.

Em alto e bom som proclamemos a mensagem do Evangelho. Que faça-se soar a trombeta da anunciação desta mensagem, um som que seja plenamente audível a todos (1Co 14.8). O mal sempre será vencido pelo bem. A luz prevalecerá sempre contra as trevas. E em sua gloriosa missão, o cristão e a Igreja por extensão, estarão fazendo o mesmo trabalho de que se ocupou João Batista: De preparar o caminho do Senhor, de anunciar suas veredas, clamando do deserto espiritual que é este mundo presente (Is 40.3; Mt 3.1-3; 1Jo 5.19).

É nesta plena certeza que conclamo você para que, como servo de Cristo, contribua para o bem porque fomos chamados para abençoar, para bendizer, para que, por herança, alcançemos a benção (1Pe 3.9). E também: “Porque é melhor que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal” (1Pe 3.17).

Portanto, pense nisso.

2 comentários:

  1. Temos,verdadeiramente, que proclamar a palavra de Deus. Gostei muito onde vc fala: "Em alto e bom som proclamemos a mensagem do Evangelho." Às vezes vemos cristãos com vergonha de se declarar. Temos que dizer bem alto que JESUS É NOSSO REI. O ÚNICO QUE PODE RESOLVER NOSSOS PROBLEMAS E SARAR NOSSAS FERIDAS. ALELUIAS!!! Parabéns, fui edificado com este texto.

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  2. Isto é a verdade de Deus em ação. Verdade que cura e que liberta o homem. Alegro-me por ter sito edificado e isto por sua vez edifica-me também, um abraço!

    Cicero

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