sábado, 18 de setembro de 2010

Prazer sem limites

A abordagem e propostas de solução para os problemas que afligem a nossa sociedade, carece de uma estirpe de homens que não se deixam levar pela oferta do ganho, da locupletação, da vantagem pessoal, da satisfação de suas "necessidades pessoais."

Infelizmente na classe política, encontramos elementos que exatamente não se caracterizam pela isenção pessoal, visando o bem comum da sociedade. Fazendo do cargo público e do mandato, uma fonte de satisfação de prazeres elementares (segundo o seu distorcido ponto de vista): conta bancária devidamente abarrotada, imóveis, artigos caros e/ou luxuosos, carrões, iates, ou até um jatinho, porque não? Ou seja, a vida pública para esses figurões, é uma fonte de prazer interminável, por assim dizer. Os cofres públicos são para eles como as tetas inacreditavelmente cheias de uma leitoa, ou também como se tivessem encontrado o pote de ouro no final do arco-íris: agora podem regalar-se com o achado e satisfazer todos os seus inomináveis desejos.

Este hedonismo é predominante em quase todos. E muitos que ainda não usufruem, desejam ardentemente tirar a sua “casquinha”. Isto contribui para que continuemos subdesenvolvidos em nossas instituições democráticas. Na liquidação das esperanças de todos que depositaram nas urnas sua confiança em tal e qual candidato. Além de fazer com que o descrédito e a desconfiança aumentem continuamente em relação à política e aos políticos.

Prazer sem limites. Satisfação de “necessidades”. Obtenção de vantagens. Realmente, não há segmento na sociedade organizada onde mais impere a canalhice e a safadeza. Aprendo com um determinado autor, que a nossa sociedade foi elaborada a partir de uma elite prioritariamente voltada para si mesma e muito pouco comprometida com a nação e com o povo. Este sempre foi explorado e marginalizado pelo paternalismo dessa elite. Tudo isto começou no Brasil colonial. Tudo o que era feito no país visava apenas o enriquecimento da Coroa portuguesa e de seus aliados.

Não é diferente hoje. Para muitos destes auspiciosos “governantes” e “autoridades”, encher o próprio bolso às custas do Erário, é tudo o que importa. Favorecimentos pessoais e de seus apaniguados, troca de favores, o ganho por fora, valores enviados para paraísos fiscais no exterior, que tal? É lucrativo ser da classe política hoje no Brasil. É um grande investimento…..

A indústria de pagamento de propinas, os “propinodutos” vão indo muito bem, obrigado. Repetimos: O que está realmente valendo é o desfrute de prazeres ilimitados. É a satisfação de todos os desejos materiais nesta “mina de ouro” para muitos que é ser político hoje no Brasil. A torneira que derrama o dinheiro público ainda não está fechada e acredito que tão cedo o será.

Entretanto, sabemos que a fé cristã oferece a base ética necessária para que tudo isto seja repudiado. O verdadeiro cristão que postula um cargo público, será, antes de tudo, altruísta porque visará unicamente o bem da sociedade. Será isento do desejo de entrar para a vida pública para satisfação de seus sonhos e prazeres materiais. Sua maior alegria será servir a Deus sevindo às pessoas. Seu prazer estará centralizado nisto. Quanto mais empregar suas habilidades e talentos e igualmente sua inteligência para uma excelente governança, agradará Aquele que o chamou e equipou para exercer um mandato visando o bem comum.

Como José do Egito, o político verdadeiramente convertido a Jesus, comprometido com os valores superiores do Reino de Deus, fará a diferença. José (Gn 41) por ter o Espírito de Deus (reconhecido pelo próprio Faraó) e ser fiel, não só interpretou o sonho deste como também apontou a solução para o grave problema da fome que se avizinhava. Imediatamente Faraó o promoveu a primeiro-ministro, porque reconheceu sua inquestionável capacidade e dons. Somente no povo de Deus é encontrada a verdadeira sabedoria para a resolução dos problemas humanos (Pv 9.10;15.33).

Repudiemos com veemência todo aquele que, declaradamente, exerce o cargo público visando seu auto-enriquecimento. Homem de Deus, se te sentes chamado, vocacionado a algum cargo público, faça-o no temor do Senhor, acima de tudo. Não desonre a Deus buscando a satisfação de prazeres efêmeros e ilícitos. Honre ao Senhor e lembre-se do que Sua Palavra diz sobre Seus servos, homens do quilate de José, Moisés, Davi, Daniel, que serviram ao Senhor servindo às pessoas sem visar prazeres e lucros pessoais. De Davi é dito assim pelo apóstolo Paulo: Porque, na verdade, tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus….” (At 13.36a).

Somos diferentes do homem irregenerado, do homem natural. Como José, temos igualmente o Espírito de Deus (Jo 14.16; Rm 8.9; 1Jo 2.20,27). Porque tal homem (ou mulher), possuído pelo Espírito Santo, andando e vivendo n’Ele e sob a égide dos princípios do Reino de Deus, trará sim, muitos benefícios para a sociedade, caso seja eleito para exercer um mandato, qualquer que seja o cargo.

Se você concorda quanto ao que leu rogo-lhe que leia novamente e pense profundamente sobre tudo isto.

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