domingo, 8 de agosto de 2010

A paternidade ideal, desejo de Deus


Hoje é dia dos Pais. Entretanto, a paternidade de muitos está a cada dia mais distante daquilo que é preconizado na Palavra de Deus. Pais irresponsáveis, pais que não educam, pais que agridem, pais sem amor, tem sido uma constante nos dias em que vivemos. Ora, ser pai é ser antes de tudo um abrigo de proteção para o filho. Ser pai é ser amorosamente presente em todos os momentos. Ser pai é ser provedor das necessidades básicas do filho, cuidando para que não falte alimentos e vestuário. Ser pai é também, para aqueles que são servos de Jesus Cristo, em ação conjunta com a mãe, educarem o filho nos caminhos do Senhor, fazendo com que Deus lhe seja conhecido. Era assim que os pais israelitas educavam seus rebentos, fazendo com que eles O conhecessem desde pequeninos, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (Dt 6.1-25).

Infelizmente mesmo entre os pais ditos cristãos, a educação piedosa que deveriam dispensar aos seus filhos é um fracasso completo. Falo isto com temor, porque não sou melhor do que ninguém. Erro e peco como todos ao meu redor. Mas não posso entender como existam pais que não educam seus filhos nos caminhos do Senhor, mas em realidade deseducam porque não lhes ensinam a ser íntimos de Deus como vemos no exemplo dos israelitas. A liberalidade é de pasmar, tudo permitem aos seus filhos, não os repreendem, ou, quando o fazem é com extrema ignorância e sem amor. Temos visto filhos que vão para a igreja com seus pais de maneira forçada porque em casa não são ensinados sobre as coisas de Deus. Ora meus irmãos, é redundante ter de dizer que a educação em todos os aspectos ocorre no seio do lar, inclusive a educação na piedade, a educação para que os filhos sigam seus pais no servir ao Senhor, em orientar ao filhos desde pequenos de que eles precisam receber a Jesus como Único e Suficiente Salvador e de que devem ter comunhão pessoal com Ele.

Pesa sobre o ombro do pai a maior parte deste ônus. Deve ele sim, exercer o sacerdócio em sua casa. Deverá encaminhar, auxiliado por sua esposa, toda sua prole para o altar de adoração, mostrando pelo exemplo pessoal, de que somente o Senhor Deus é digno de ser adorado. A rebeldia de muitos filhos se dá pela insuficiente educação no amor a Deus. Pelos pais "forçarem a barra" no sentido de obrigar os filhos a uma piedade imposta. Não sabem ou não conseguem encaminhá-los nos caminhos do Senhor. Não sabem ou não conseguem incutir em suas mentes e corações, os valores eternos da Palavra de Deus. Os filhos ficam reféns de um circo midiático que os empurra cada dia mais para longe de Jesus. Ficam indiferentes às coisas de Deus e à Igreja. As crianças bem pequenas são muito mais facilmente moldadas a que possam conhecer a Bíblia, a Deus, a Jesus Cristo. Mas o desleixo ou a falta de discernimento ou sabedoria dos pais "crentes" condena-os a crescerem amando as coisas do mundo cada vez mais.

Efésios 6.4: "E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor." Texto efetivamente claríssimo que dispensa maiores comentários. Criá-los na doutrina é ensiná-los sobre todo o conselho de Deus (At 20.27). Admoestar significa segundo o Aurélio "repreender com brandura", "leve repreensão". Ou seja, deve haver correção e em alguns casos até com o uso da vara (Pv 13.24: "O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, cedo o castiga") mas sempre conservando a essência de uma correção em amor, não caracterizada pela violência e agressividade, não marcada com xingamentos e maldições. Existem famílias em que os pais ("cristãos") falam palavras pesadas, profundamente ofensivas aos filhos, quando o ideal é que, caso perdessem o controle na hora de corrigirem seus rebentos, pudessem retirar-se para algum local isolado, esperando que aquela cólera se esvaísse e, orando, pudessem retomar a questão de uma maneira renovada e genuinamente piedosa que pudesse glorificar a Deus de fato (1Co 10.31).

Satanás ataca diuturnamente as famílias, principalmente a família cristã. Não sejamos relapsos e nem omissos em vigiar também de forma contínua no tocante a isto. O pai verdadeiramente piedoso, sendo discípulo verdadeiro de Jesus, irá copiar o exemplo de seu Amado Mestre e também procurar agradar a Deus em tudo. Inclusive na nobilíssima missão de educar seus filhos nas coisas concernentes ao Reino de Deus. Vem dos escritos do apóstolo João, estas palavras: "Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio;" "Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio" (1 Jo 2.13a; 14a). Se os pais, portanto, conhecem a Deus, tem vida com o Senhor, devem assumir com coragem e responsabilidade sua paternidade porque deverão prestar contas a Deus se o não fizerem, porque receberam d'Ele esta incumbência e dela não podem desviar-se. O apóstolo Paulo, conforme verificamos no NT, não era casado e nem tinha filhos, mas agia como um verdadeiro pai no tocante às almas que ganhara para Jesus. Leiamos que inspiradoras palavras em 1 Ts 2.11,12: "Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos; Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória." Que coisa fascinante! Paulo exortava e consolava a cada um para que eles pudessem se conduzir dignamente para com Deus. Deveremos igualmente assim proceder com os nossos filhos, esta é a vontade de Deus para os pais.

Que neste dia dos Pais, possamos refletir se nossa paternidade é de fato a paternidade que Deus deseja para os nossos filhos. Paternidade de amor. Paternidade de responsabilidade. Paternidade que também corrige, segundo a Palavra de Deus, como está escrito: "...porque, que filho há a quem o pai não corrija?" (Hb 12.7b). Rejeitemos as tentativas anticristãs de determinarem como devemos educar nossos filhos, quando dizem que a palmada não é educativa, mas se constitui em agressão. Ora irmãos, o texto que citamos de Pv 13.24 e outros deixam clara a orientação de Deus quanto a este aspecto. Obedeçamos a Palavra e não demos ouvidos aos que querem parecer mais entendidos do que o nosso Senhor quanto a este assunto.

Que glorioso será, para todo o pai que considera estas coisas, quando os filhos já estiverem adultos e tenham suas próprias vidas constituídas, provavelmente já casados, poder dizer: "Não tenho maior alegria do que esta: ouvir que os meus filhos andam na verdade" (3 Jo 4 - Almeida Séc. 21).

Feliz dia dos Pais e, por favor, lhes rogo: pensem em tudo isto!

Um comentário:

  1. Obrigado Edinelson por suas elogiosas palavras, visitei seu blog e breve responderei à sua proposta. Deus abençoe sua vida e ministério.

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