sábado, 29 de maio de 2010

O Irã, o uso da energia e a ameaça nuclear

A nação iraniana parece que está determinada a utilizar mesmo a tecnologia nuclear para gerar energia elétrica. Hoje, 17% da eletricidade utilizada no mundo, provém de usinas nucleares. O carvão ainda é o maior gerador de eletricidade, utilizado em usinas termelétricas, 40%, tendo o inconveniente de ser um grande poluidor do meio ambiente, lançando dióxido de carbono, mercúrio e enxofre na atmosfera. Em segundo lugar está a energia elétrica gerada em usinas hidrelétricas respondendo com 19% da demanda mundial.

As usinas nucleares produzem um impacto muito menor no ambiente em relação às usinas termelétricas. Estas dependem de combustível fóssil em extinção, o carvão, altamente poluente como já frisamos, enquanto as usinas hidrelétricas dependem de escassas reservas hídricas em cotas elevadas, além de impactarem fortemente o meio ambiente, devastando áreas que seriam úteis à agricultura com grandes alagamentos. As usinas nucleares tem reserva energética muito maior do que as usinas termelétricas e hidrelétricas, por isso tem se constituído em preferência em muitas nações para fazerem frente às demandas cada vez maiores de energia elétrica.

Muito se tem falado sobre a contaminação radioativa, ameaça sempre presente em usinas nucleares. Todavia, as usinas termelétricas, dependendo do tipo e da origem do carvão empregado e do modo de operação da usina, também liberam grandes quantidades de materiais pesados no meio ambiente, além dos já mencionados. Convém citar que estas usinas também liberam os chamados nuclídeos radiativos existentes naturalmente no carvão (urânio, tório, rádio, polõnio e radônio) na atmosfera, por unidade de energia produzida, que resultam em até 7 vezes mais radioatividade do que a provocada por liberações em centrais nucleares.

Portanto, é legítima a aspiração do governo do Irã em utilizar esta notável fonte energética. Todavia, há questões muito sérias e urgentes a serem consideradas. Os EUA e a União Européia querem impor sanções no sentido de evitar que esta nação use a energia nuclear com fins militares. O Irã deseja enriquecer o urânio para utilizar somente com fins pacíficos, segundo afirmam. Entretanto, devido ao regime que governa o país, devido a um presidente que já declarou mais de uma vez de que gostaria de aniquilar Israel, os temores do governo dos Estados Unidos e demais países, é fundamentado.

A maioria dos países que possuem usinas nucleares, utiliza esta tecnologia para fins pacíficos. Geração de energia elétrica e aplicações na medicina, por exemplo. Mas é muito fácil fazer o redirecionamento dessas instalações para finalidades militares. Por isso, é necessária as sanções a regimes como o do Irã porque podem de fato estarem blefando e preparando terreno para contruir sua primeira bomba atõmica. Para não falar dos altíssimos riscos de grupos terroristas como a Al Qaeda colocarem as mãos em armas deste tipo e promoverem ataques com proporções devastadoras para o mundo todo. O que ameniza um pouco as preocupações é que é pouco provável que possam utilizar uma bomba atômica em seus ataques, porque é muito cara e exige métodos sofisticados de lançamento. O maior perigo são as chamadas bombas sujas, artefatos que combinam explosivos comuns com material radiativo e podem fazer milhares de vítimas se utilizado em uma área urbana.

O mundo livre teme o que pode acontecer se governos extremistas, como os do Irã, ou do Paquistão e Coréia do Norte (que já possuem bombas atômicas) façam uso destas armas para defenderem seus interesses. Há 7 países que formam o grupo oficial de nações com arsenais nucleares: Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra, China, Índia e Paquistão. Países como Israel, Coréia do Norte e Ucrânia teriam armas não-declaradas. Fala-se que haveriam hoje 40 países que poderiam construir a bomba atômica se quisessem. O Irã com seu governo que é avesso à democracia e aos valores ocidentais, promovedor dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah que afligem de contínuo a Israel, que treina homens-bomba para ataques suicidas, é um desses países que tecnicamente possuem esta possibilidade. O governo brasileiro inclusive, mediou um acordo para que o Irã envie o urânio para ser enriquecido na Turquia, mas o governo americano acha que, fazendo isto, o presidente Ahmadinejad ganha tempo para encobrir suas verdadeiras intenções, ou seja, desenvolver armamento nuclear.

Nós, crentes em Jesus Cristo, sabemos que toda esta erfevescência entre as nações, faz parte do conteúdo profético exarado nas Sagradas Escrituras. Devemos orar pelas partes envolvidas para que o Senhor lhes dê sensatez. Todavia, bem sabemos que a Palavra de Deus irá se cumprir. Por isso creio que, nossas orações devem estar mais concentradas nos servos de Deus que vivem nestes países para que possam divulgar o Evangelho no poder do Espírito Santo para que mais pessoas possam sair das trevas do pecado e conhecer a Jesus Cristo (Cl 1.13). Inclusive entre os governantes, também. Orações para que mais missionários estejam entre estes povos, para alcançá-los, livrando-os dos enganos e extremismos de sua falsa religiosidade, como no caso do Islamismo.

Reflita comigo, se países como Índia e Paquistão, por exemplo, que estão em estado de beligerância constante, inimigos mortais, atacarem-se mutuamente com seus mísseis nucleares, quantos haverão de morrer, quantas almas preciosas que ainda devem conhecer a mensagem da salvação na pessoa de Jesus Cristo por meio do Evangelho. Por isso, devemos interceder continuamente, por isso devemos enviar missionários, para isso a Igreja foi constituída como testemunha fiel do Deus vivo entre as nações.

Amados irmãos, pensemos todos juntos sobre estas realidades, amém!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Jesus, perfeita cura para o homem todo

Sofrimento. Essa tem sido a marca por excelência da raça humana, não havendo ninguém que possa discordar disso sem que seja taxado de alienado, sem sintonia com a realidade cruel de todo o dia. A queda do homem no pecado produziu cardos e espinhos em sua existência de tal forma, que a angústia, a tristeza e a depressão incessantemente repousam em sua psiquê, e como resultado, somos espremidos continuamente pelo malho existencial que nos sucumbe, nos consome, nos devora.

Cruel e triste realidade. Ondas de dores que nos abatem de contínuo. Miséria produzida pela desobediência a Deus, uma natureza pecaminosa que teima em nos levar para mais longe dos braços de nosso Criador. Um mundo que jaz malignamente e que enche-nos de falsas esperanças, falsa felicidade. Formulações da alma entenebrecida do homem, arrastando-o para o lugar de perdição. A maldição do pecado a corroer sua estrutura, tanto exteriormente como interiormente.

Um inimigo atroz e implacável que assalta-nos todos os dias. Armadilhas urdidas por sua malignidade e que caímos sem muitas chances de defesa. Dardos inflamados que penetram em nossa estrutura e destilam o veneno que vai nos corroendo de contínuo. Astutos intentos de tal forma engendrados, que geram desespero, ausência de visão esperançosa para contemplar a saída e a libertação dos grilhões da maldade. Ódio consumado contra o homem, posto que é a coroa da criação de Deus.

Estas palavras ainda não conseguem expressar com precisão, o que foi feito daquele do qual se diz que é a imagem e semelhança de seu Criador (Gn 1.26). O pecado fez sua obra de tal forma, que para toda descendência adâmica está reservada a degenerescência crescente. Pode o homem se encher de nobres ideais, o que de fato acontece, posto que não perdeu sua imagem e nem sua similitude com o Senhor de todo o universo. Certamente, imagem aviltada sim, mas não perdida irremediavelmente.

Deus. Misericordioso e afável Senhor. Não deixou Sua obra prima e criação especial, entregue ao lamaçal fétido do contaminante pecado. Desde o princípio, já dispunha de um plano. Jamais haveremos de imaginar de que foi pego de surpresa pela estupidez humana em querer fazer sua própria vontade. Esta desobediência já lhe era conhecida e por isso mesmo Ele já tinha o Plano Perfeito para trazer o Remédio adequado para a doença contagiosa de Suas criaturas. Solução que aliás, abarca a criação inteira, afetada que foi pela rebeldia do primeiro casal (Gn 3.16-19; Rm 8.19-23).

Jesus Cristo. A eficácia de Deus para a cura do mal. O benéfico bálsamo para sarar toda doença na existência humana. A esperança nua e crua triunfando sobre toda desesperança que teima em achatar a vida do homem. A força do amor divino dominando o ódio nos corações e nas mentes. A Perfeição divina consertando com destreza as imperfeições engendradas na tessitura estrutural da raça humana. Vida, em oposição ferrenha a toda morte e contra toda invasão mortífera nas mentes e nos corações.

A cura substancial proporcionada por Jesus Cristo, está além de nossa compreensão. No Calvário, verteu seu precioso sangue, e através deste doloroso preço, certamente teremos plena restauração de toda nossa alienação existencial. Nada se compara ao maravilhoso operar de Deus no ser humano por meio do morrer de Jesus. Sua ressurreição ao terceiro dia, foi o golpe de misericórdia nas pretensões do Maligno de uma vez para todo sempre.

Agora está disponível, inteiramente disponível, esta cura para todos. Está viabilizado o nosso acesso ao que poderá sarar-nos totalmente. Cura total. Refrigério permanente. Gozo inefável e glorioso, como nos escreve o apóstolo Pedro (1 Pe 1.8), é o que nos está reservado, em crermos na obra consumada na cruz. Evangelho de poder e de restauração, para todos sem nenhuma acepção. Libertação de imediato de toda prisão da alma, todo desespero, aflição, vazio. Adoção de filhos e restauração perene à paternidade divinal.

Sua obra é contínua. Acredite, Seu poder não mudou e jamais mudará. Ele venceu e Ele mesmo disse que tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18). Ele derrotou aquele que tinha o império da morte, isto é, o diabo (Hb 2.14). Despojou principados e potestades, e desfilou triunfantemente, expondo-os publicamente ao desprezo, por meio de Sua retumbante vitória na cruz do Calvário (Cl 2.15).

Cabe agora você e eu aceitarmos esta cura plena para nossa vida. Não é possível continuarmos a nos arrastar na miséria de nossa inerente pecaminosidade. Ele quer justificar, regenerar, santificar. Cura e limpeza total está à nossa disposição. Somente Jesus, somente Ele para todo sempre é o nosso Amado Redentor e Senhor. É cura total para todo o que crê, cura emocional, física, espiritual. A Bíblia, a Palavra de Deus eterna e infalível testemunha sobre isto, leiamos: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).

“Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações…” (Hb 3.7,8a). Tome posse desta cura hoje, é real e a condição para receber é que creias tão somente.

Pense nisto.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Grande Comissão: Mera utopia ou plenamente realizável?

O Senhor Jesus deixou instruções bastante definidas concernente à missão de Sua Igreja neste mundo, antes de Seu segundo advento. Porém, gostaríamos de refletir sobre o fato, se a Grande Comissão (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.46-49; At 1.8) seria de fato plenamente realizável. A Igreja poderá levar o Evangelho a toda Terra, a todos os povos? Não seria isto uma utopia por causa das enormes dificuldades e barreiras existentes hoje para a proclamação da mensagem de redenção em Jesus? Em linhas gerais, o que hoje mais impediria a plena divulgação da mensagem salvífica acerca da morte e ressurreição de Jesus Cristo para justificação de todo aquele que crê?

Deveremos considerar o assunto analisando os problemas existentes nas regiões do mundo que tem impedido o avanço do Evangelho. Consideremos primeiramente a Europa. Os países deste continente possuem hoje a maior quantidade de ateus e cristãos nominais entre todos os demais países do mundo. A Europa passou por um processo de secularização muito intenso, de maneira que hoje se vêem claramente os resultados. Existem pouquíssimos cristãos verdadeiramente comprometidos com o Evangelho. Além disto, há a forte concentração de imigrantes do norte da África e de outros lugares, levando com isso ao crescimento do Islamismo em quase todo o continente. O trabalho evangelístico é bastante difícil em território europeu.

Na América Latina crescem em taxas lentas mas ininterruptas o número de ateus na sociedade, havendo também o crescimento de cristãos nominais. Um estilo de vida materialista, contribui para o fenômeno do nominalismo religioso. Recentes escândalos financeiros e sexuais, abalaram a pregação da mensagem genuína do Evangelho em muitos países. Há também a questão das igrejas e ministérios que advogam a chamada Teologia da Prosperidade. Na América Anglo-Saxônica, ou seja, Estados Unidos e Canadá é crescente o secularismo assim como acontece na Europa. Céticos e ateus multiplicam-se e o consumismo materialista é a caracteristica principal desta parte do mundo. Esta é a mesma situação de países como a Austrália e o Japão, por exemplo. O número de cristãos evangélicos no Japão é muito baixo.

Outra região do mundo onde é bastante difícil o cumprimento da Grande Comissão, é a chamada Janela 10/40. A Janela 10/40 é uma região que compreende o norte da África, passa pelo Oriente Médio e vai até o Sudeste Asiático. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. Uma boa parcela da população do mundo vive nesta região. Ali existem os países com as maiores populações não cristãs como a China, Índia, Indonésia, Japão, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Turquia e Irã. Estão ali as fortalezas do Islamismo, Hinduísmo e Budismo. Há grande perseguição aos cristãos em quase todos os países de toda esta vasta região. O trabalho missionário nos países citados, principalmente os islâmicos como Indonésia e Irã, por exemplo, só pode ser exercido por cristãos que exercem alguma profissão, os chamados fazedores de tendas.

Os demais países da África estão com dificuldades enormes para receber a mensagem do Evangelho. O Islamismo fundamentalista no Sudão por exemplo, é uma triste realidade. Milhares de pessoas já foram mortas e é muito difícil estabelecer uma igreja cristã nestas regiões porque os radicais islâmicos matam impiedosamente qualquer cristão que atravesse seu caminho. Em outros países, são governos ditatoriais que em muitos casos impedem o livre curso da Palavra de Deus. Todos sabemos também sobre o sofrimento dos povos africanos devido à pobreza extrema, fome e escassez de água.

Mas, dentre todas as regiões do planeta, o continente africano é o que mais tem recebido missionários e é onde muitos tem conhecido a Jesus. Há um contigente crescente de missionários em vários países, trabalhando arduamente para conquistar vidas para o Senhor Jesus. Com isto, queremos então afirmar que NÃO É UTOPIA, MAS É PERFEITAMENTE POSSÍVEL, PELO PODER DE DEUS, ALCANÇAR AS ETNIAS EM TODOS ESTES LUGARES.

Isto porque, o Senhor Jesus falou em seu sermão profético em Mt 24.14: E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Também a passagem do Evangelho de João, capítulo 17, versos 18 e 20 afiançam-nos, nas palavras de Jesus, de que haveria sim o comissionamento dos discípulos para irem e a abertura do coração de muitos que viriam a receber e crer na mensagem da cruz. No AT lemos em Is 66.19: E porei entre eles um sinal, e os que deles escaparem, enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, flecheiros, a Tubal e Javã, até as ilhas de mais longe, que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre os gentios.”

No livro de Apocalipse, 7.9, é maravilhosa a descrição que João dá daquela grande multidão: “Depois destas coisas olhei, e aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos.” Concluímos com esta passagem, de que o Evangelho, pela própria natureza que possui, poderosamente atrairá povos e nações dentre todas as etnias. O Senhor Jesus mesmo falou de que todas as nações” (Mt 24.14) ouvirão deste Evangelho. A Bíblia não declara que todos aceitarão a mensagem, porque o apóstolo Paulo disse em 2 Ts 3.2 que a fé não é de todos. Mas, mediante o aqui exposto e também atentando para o contexto total das Escrituras, onde Deus, desde a queda de Adão, passando pela chamada de Abraão, até culminar em Sua revelação plena em Cristo, planejou alcançar a toda a raça humana com a mensagem de boas-novas. Leiamos as palavras de Paulo em At 17.30: Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a TODOS OS HOMENS, E EM TODO O LUGAR, que se arrependam.”

A Igreja genuína de Jesus, em todos os lugares, não pode de forma alguma menosprezar a Grande Comissão para pregar o Evangelho todo a todo ser humano de qualquer povo ou etnia. Deverá atentar na simultaneidade de At 1.8: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, TANTO em Jerusalém, COMO em TODA Judéia e Samaria, e ATÉ os confins da terra.” Muitos acham que primeiramente deverá ser pregado o Evangelho em nossa Jerusalém – nossa cidade, para depois então cuidar de alcançar a nossa Judéia – nosso estado, e em seguida nossa Samaria – o restante de nosso país. De forma alguma, o texto citado de Atos fala claramente de simultaneidade, esta é a vontade expressa do Senhor Jesus.

Oremos pelo cumprimento da Grande Comissão. Paulo pediu que os crentes de Éfeso orassem a fim de que, no abrir de sua boca, ele pudesse transmitir com confiança e notoriedade, o mistério do Evangelho (Ef 6.19). Da mesma forma, deveremos fazer assim, para que mais embaixadores do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, possam ser levantados, preparados e enviados pelo Espírito Santo (At 13.1-3) aos mais distantes e difíceis lugares do mundo e simultâneamente em nosso próprio contexto doméstico, cidade, estado e nação.

Não é utópico o trabalho de pregar em lugares difíceis. O Senhor prometeu estar conosco. Afinal, foi Ele que ordenou que fôssemos e, portanto, Ele se responsabiliza em abrir as portas e operar eficazmente em meio a todas as trevas espirituais e é perfeitamente poderoso para derrubar todas as fortalezas demoníacas (2 Co 10.4,5).

Creia e pense nisso.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Abomináveis perversões e a Palavra de Deus

A Palavra de Deus sempre é taxativa em condenar o pecado. O Senhor em Seu soberano conselho, fez com que ficassem registradas nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento, a maneira como o homem deveria andar diante d’Ele, apontando com precisão tudo aquilo que ele faz e que se constitui pecado aos Seus puros olhos. Os povos cananeus que habitavam a terra de Canaã antes da conquista pelos hebreus, extrapolavam todas as medidas da longanimidade divina. O Senhor falou com Abraão em Gn 15.16: E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia”, significando com isto que os descendentes do patriarca haveriam de possuir aquela terra e então Deus os usaria para julgar os vários povos cananitas.

Segundo o livro de Levítico capítulos 18 e 20, havia entre os cananeus muitas práticas promíscuas e abomináveis aos olhos de Deus. Moisés, inspirado pelo Espírito Santo, escreve o Pentateuco e no livro de Levítico concentra estas ordenações ao povo de Israel. Interessante observar que no verso 2 de Lv 18, o Senhor fala para que Moisés transmitisse ao povo de que este não deveria imitar os costumes da terra do Egito, onde haviam habitado, e nem imitar os costumes da terra de Canaã, para onde estavam sendo levados. Egito e Canaã portanto, são condenáveis aos olhos de Deus porque suas práticas eram absolutamente condenáveis no tocante aos relacionamentos na vida em sociedade.

Israel deveria ser uma nação que haveria de dar testemunho do Senhor para os demais povos do mundo, um testemunho de uma nação santa, separada para andar nos retos caminhos do Senhor Deus (Êx 19.5,6). Vocacionada para indicar aos povos, qual era a maneira de agradar ao Deus vivo. E esta vontade perfeita de Deus ficou registrada em forma escrita para que nós hoje tomássemos conhecimento desta santa vontade e a pratcássemos. Vejamos então, o que o Senhor ensina a Israel nestes textos e que expressa a Sua soberana, perfeita e absoluta vontade para a vida do ser humano.

Em Lv 18.1-18, estão em foco os casamentos ilícitos. Absurdamente se verifica de que havia entre os cananeus, relacionamentos sexuais entre parentes. Então Deus ordena ao israelita de que: 1) Em primeiro lugar, não haveria relacionamento sexual com alguma mulher que fosse sua parenta (v.6); 2) Não deveria relacionar-se sexualmente com sua mãe ou com qualquer outra mulher de seu pai (v.7,8); 3) Não deveria ter relações sexuais com sua irmã, seja por por parte de pai e/ou de mãe, ou somente por parte de pai (v.9); 4) Não deveria ter relações sexuais com sua neta (v.10); 5) Não deveria ter relações sexuais com sua tia, fosse esta por parte de pai ou por parte de mãe (v.13); 6) Não deveria ter relações sexuais com sua nora (v.15); 7) Não deveria ter relações sexuais com sua cunhada (v.16); 8) Não deveria ter relações sexuais com a filha ou a neta de uma mulher com quem já tenha tido relações, porque é possível de que ela seja sua parenta e isso seria uma imoralidade (v.17); 9) Não deveria casar com a irmã de sua esposa, vivendo com as duas ao mesmo tempo sob o mesmo teto (v.18).

Nos versos seguintes deste capítulo, de 19 a 30, o foco está nas uniões abomináveis. Estes pecados aqui descritos que o israelita deveria evitar, são ainda mais repugnantes que os primeiros. Deus ordena então que o israelita: 1) Não ter relações sexuais com uma mulher durante a sua menstruação (v.19); 2) Não ter relações seuxais com mulher de outro homem (v.20); 3) Não deveriam oferecer ou consagrar seus filhos a Moloque, fazendo-os passar pelo fogo (v.21); 4) O israelita não deveria ter relações sexuais com outro homem, pois é ABOMINAÇÃO (v.22); 5) O homem ou a mulher israelitas não deveriam ter relações sexuais com um animal, É CONFUSÃO, É PERVERSÃO (V.23).

Na sequência desta notável passagem é dito assim: Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu expulso de diante de vós. Por isso, a terra está contaminada; e eu visito a sua iniquidade, e a terra vomita os seus moradores. Porém, vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas ABOMINAÇÕES fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós; Porque todas estas ABOMINAÇÕES fizeram os homens desta terra, que nela estavam antes de vós; e a terra foi contaminada. Para que a terra não vos vomite, havendo-a contaminado, como vomitou a nação que nela estava antes de vós. Porém, qualquer que fizer alguma destas ABOMINAÇÕES, sim, aqueles que as fizerem serão extirpados do seu povo. Portanto guardareis o meu mandamento, não fazendo nenhuma das práticas ABOMINÁVEIS que se fizeram antes de vós, e não vos contamineis com elas. Eu sou o Senhor vosso Deus.”

No capítulo 20, Deus manda Moisés repetir todos estes ordenamentos, além de citar a contaminação que incorreria o israelita que também consultasse os adivinhos, ou que consultasse os mortos e também os feiticeiros. No verso 23 está escrito: E não imitareis os costumes dos povos que expulso da vossa presença, porque eles praticaram todas estas coisas, e tive REPUGNÂNCIA deles” (Almeida Séc. 21).

Quero então deixar bem claro a todos que defendem o homossexualismo, que adotam esta prática abominável, impura, execrável e sacrílega (sim, porque o corpo humano foi criando com santa finalidade e ele deve ser, idealmente, templo do Espírito Santo, 1Co 3.16,17; 6.19). Note que os cananeus eram promíscuos em alto grau, pois mantinham com naturalidade relacionamentos sexuais entre parentes, com animais e entre pessoas do mesmo sexo. Tudo isto está acontecendo na sociedade de hoje e está aumentando. A medida da iniquidade de nossos contemporâneos está quase transbordando. Deus não tolerará mais por muito tempo o que tem acontecido na sociedade humana ao redor do mundo e em todos os segmentos sociais.

Isto tem aumentado sobremaneira porque o futuro governo mundial anticristão está às portas. Deus permitirá a ascensão deste governo e de seu líder máximo, o Anticristo, a fim de trazer o juízo aos homens ímpios. Eles saberão o que é ser governado por Satanás. Saberão o que significa viver para seus próprios desejos, rejeitando a vontade de Deus e Seu amor na Pessoa bendita de Jesus Cristo (2 Ts 2.3-12).

O governo do Anticristo será o governo do ABOMINÁVEL. Ele se deleitará em perverter continuamente os mandamentos de Deus e em perseguir o povo de Deus (Dn 7.20,25; 8.24; 9.27; 11.36; Mt 24.15). O que estamos presenciando nestes dias, somente aumentará mais e mais. O governo mundial anticristão será o clímax da impiedade e da perversão.

Todavia, atentemos para as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Ap 21.7). Não devemos temer, como servos de Deus, como seguidores de Jesus Cristo, o que tem acontecido ultimamente com o crescimento da popularidade do homossexualismo. Deus está no controle. Devemos como autêntica IGREJA DO SENHOR, continuar a viver para Deus, em completa santificação e pregando a tempo e fora de tempo sua bendita Palavra. Note as palavras seguintes do Senhor no verso 8: Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos ABOMINÁVEIS, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” É verdade que aumentará a iniquidade sobre a terra, mas Deus, assim como julgou aos cananitas, também está preparando o dia de Seu terrível juízo contra o Anticristo e todos os que vivem no pecado e se recusam a aceitar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pense nisto e viva com integridade para Deus.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Brasil que vive em terra distante


Fomos um dia uma nação que recebia um grande fluxo contínuo de estrangeiros. Hoje, temos brasileiros "exilados" em vários países deste incrível e desigual mundo. Brasileiros que decidiram sair de seu torrão natal por causas as mais variadas. Desde 1980, a principal razão para deixar o Brasil tem sido o fator econômico. A globalização tem facilitado em muito a circulação de pessoas e produtos. Os Estados Unidos, durante muitos anos, foi o principal destino dos brasileiros. A partir dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas em New York, mais restrições foram impostas pelo serviço de imigração daquele país, de maneira que hoje o fluxo de brasileiros para o território americano arrefeceu, principalmente por causa da crise econômica que por hoje passam os americanos. Inclusive, muitos brasileiros já estão fazendo o caminho de volta para casa.

A grande massa de nossos compatriotas é constituída de trabalhadores com pouca especialização. Não importando se o destino são os EUA, ou o Japão (também outro país que recebeu muitos brasileiros), ou ainda a Comunidade Européia (muitos brazucas em Portugal, na Espanha, Inglaterra, Itália, etc), todos vão com a experiência que possuem e empenham-se para entrar no país escolhido onde se expõem a toda sorte de situações que poderá marcá-los para o resto de suas existências. Tanto na tentativa de entrar no país (muitas vezes de forma irregular ou clandestina) como ao entrarem regularmente, estarão afinal em terras estranhas. Muitos, com muita garra, determinação, uma boa saúde e uma boa dose de prudência em vários momentos, conseguem se sobressair, conseguem sobreviver e se adaptar à nova vida.

Outros, infelizmente, fracassarão por várias razões. Podem ficar retidos ao chegarem no país e do próprio aeroporto são deportados, outros conseguem entrar e, contrariamente a alguns bem sucedidos compatriotas, sofrem muito. Podem ser razões climáticas, saúde frágil, saudades dos entes queridos, dificuldades de adaptação e inserção à nova cultura, idioma, enfim, as razões do insucesso são variadas. Os sonhos de vencer em terras distantes rapidamente se desvanecem. Entendem, ainda que seja de forma tardia, que o Eldorado que tanto ansiavam poderia estar em sua própria pátria de origem, se lá permanecessem.

Não se pode generalizar as experiências das pessoas quando o assunto é morar e trabalhar no exterior. Como disse, há alguns que têm um notável sucesso na empreitada. Conheço um jovem amigo que fez um planejamento, segundo me contou, durante um ano. Juntou algumas economias, providenciou o passaporte e foi sozinho para a Espanha. Trabalhou neste país por seis meses, e depois mais seis meses em Portugal. Conseguiu ganhar algum dinheiro, que em parte enviava regularmente para sua mãe no Brasil. Após este período, volta ao nosso país, abre sua própria empresa e casa-se. Hoje, continua vivendo dos dividendos daquele período que passou fora e soube aproveitá-lo bem.

Não posso aceitar passivamente a opinião de alguns que falam que absolutamente o brasileiro não deveria deixar sua pátria para trabalhar lá fora. Isto vai da visão de vida de cada um. Do cuidado que deve ter e do momento em que vive. Um outro aspecto é sobre os que vão e voltam bem, como o meu amigo, os que vão e voltam na mesma situação de antes ou até pior (estando aí adicionado o fardo de seu insucesso), os que vão e ficam durante alguns anos e retornam (bem ou mal), e os que vão e não mais voltam. Será que este contigente perde totalmente a fé em seu país de nascimento, ou simplesmente porque bem se estabeleceram e vivem muito melhor do que se vivessem aqui?

São muitas as histórias de vida. Histórias reais, sucessos e tragédias. Histórias de casamentos desfeitos, porque um dos cônjuges foi e "esqueceu" de sua contraparte. Ou, de matrimônios realizados entre pessoas de línguas e culturas diferentes que se conhecem (o amor não tem nacionalidade; interesses pessoais também) e permitem-se a união, havendo aí uma série de desdobramentos na maior parte favorável ao imigrante (pode conseguir a residência e cidadania fixas, por exemplo).

Fico a pensar o que Deus acha de todo este fluxo de pessoas, o Brasil inclusive também ainda continua a receber cidadãos de outros países, que elegem nossa nação para viver e trabalhar, ainda há muitos de outros países que gostariam de aqui viver. A Bíblia mostra que o Senhor orientou ao seu povo Israel, que estava para estabelecer-se em Canaã, que deveriam tratar ao estrangeiro com respeito e consideração: "E quando o estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra, não o oprimireis. Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o senhor vosso Deus" (Lv 19.33,34). E ainda: "Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; Que faz justiça ao órfão e a viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa. Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito" (Dt 10.17-19). Acredito por meio destas passagens, que o Senhor Deus pode e quer abençoar aqueles que se colocam em uma condição de estrangeiros, que saem de seu país natal e vão para outro país a fim de ganhar a vida, de procurar um melhor sustento para si e seus familiares. Não é algo ilícito, muito embora, países como os EUA coloquem muitos empecilhos para a entrada de estrangeiros. Não discutiremos este aspecto, principalmente em relação a este país que sofreu um terrível atentado e ainda hoje é alvo número do terrorismo internacional.

O Senhor é um Deus justo, que procura efetivamente abençoar a todos que honestamente procuram trabalhar para seu próprio sustento. Ele não abençoa desonestos e salteadores, anarquistas e corruptores. Em Êxodo 12.49 está escrito: "Uma mesma lei haja para o natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós." Portanto, penso que qualquer brasileiro deveria pensar muito bem se, para o país que pretende emigrar, existe igualdade de tratamento para o natural e para o emigrante. Nossa nação procura administrar com justiça o trato com o estrangeiro, por isso o Brasil recebeu e continua a receber a tantos.

Que o Senhor possa abençoar você, brasileiro, que bem pode, ao ler estas linhas, estar na condição de forasteiro em uma terra que lhe é estranha em tantos aspectos. Saiba que o Senhor lhe ama, deseja seu progresso, mas ainda mais, deseja habitar em você, deseja gerá-lo de novo, mudar seu coração para que possa serví-lo e glorificá-lo. Se isso acontecer em sua vida, saiba que serás então um estrangeiro novamente, porque aqueles que o Senhor Jesus resgata do mundo, tendo seus pecados perdoados e feitos verdadeiros filhos de Deus, são enviados a este mundo para anunciar a outros o que foi feito em sua vida. E este mundo torna-se então para o verdadeiro cristão, uma terra estranha, porque ele já não se conforma mais aos padrões que afastam os seres humanos do Deus vivo (Jo 14.23; 1Pe 1.23; 2.11; Jo 1.12; 17.18; Rm 12.1,2).

Se é este o seu caso, pense muito bem sobre o que acabou de ler. Deus te abençoe em Cristo, amém!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A milenar juventude de Israel

Israel completa hoje, 62 anos de fundação. Para mim é evidente o desígnio divino sobre este acontecimento que expressa muito bem a importância do povo judeu na economia divina. Afinal, as promessas do Senhor haverão de se cumprir na íntegra. Não entendo porque muitos cristãos, ou ignorantemente, ou por um pecaminoso preconceito, rejeitam o que a Palavra viva de Deus tão altissonantemente proclama em relação a este povo peculiar que é o povo judeu. O apóstolo Paulo, em três capítulos magistrais da Epístola aos Romanos (9, 10 e 11) declina de forma absoluta e definitiva sobre os propósitos de Deus para Israel. Lembro-me de que eu mesmo fui tentado a achar que nada mais tinha o Senhor a tratar com Seu antigo povo. Ledo engano.

Vejamos em primeiro lugar, sobre a chamada, a vocação deste povo a partir de seu patriarca maior, Abraão. Deus no cap 12 de Gênesis, chama-o e lhe faz promessas: "Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma benção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.1-3). No cap 15 lemos ainda: "Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito, até ao grande rio Eufrates" (18). E mais: "E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus" (Gn 17.7,8). E finalmente: "Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta de seus inimigos; e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz" (Gn 22.17,18).

Temos então neste conjunto de passagens, quatro promessas de bençãos a Abraão e através dele:

1- Benção pessoal - um grande nome
2- Benção territorial - vasta extensão de terra prometida à sua "semente"
3- Benção nacional - uma grande nação
4- Benção espiritual - todas as nações seriam abençoadas na semente de Abraão

A vida de Abraão é uma história da dádiva da aliança. Numa série de seis encontros com o patriarca Yaweh (o Deus da aliança): 1- Estabeleceu a aliança (Gn 12.1-3); confirmou-a (12.7); ampliou-a (13.14-17); ratificou-a num ritual (15.8-18); simbolizou-a (17.10) e acrescentou o seu juramento (22.16-18).

Portanto, as promessas de Deus estão aí para quem quiser verificar. De que forma? Através da existência contínua do povo judeu, descendentes do patriarca Abraão e lá se vão em torno de 4.000 anos! A Bíblia diz: "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?" (Nm 23.19). A continuada existência deste povo peculiar é exatamente por causa de promessas feitas por um Deus que é perfeitamente poderoso para que tenham cumprimento.

Por isso disse o apóstolo Paulo: "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Rm 11.29). Israel, tão antiga e milenar nação, com seus sofrimentos infindáveis no decorrer de sua longa história, sua longa Diáspora. A partir da tomada de Jerusalém pelos romanos no ano 70 d.C., (conforme profetizado por Jesus em Mt 24) os judeus espalharam-se e estabeleceram-se em vários países. A terra de Israel experimentaria a partir daí múltiplos domínios no decorrer desses dois mil anos. Após a decadência do império romano, ocorreu o domínio bizantino (313-636) e, após 638, a Palestina esteve sob domínio muçulmano. Com o advento das Cruzadas, Jerusalém conheceu o denominado reino latino (1099-1291). Em seguida ocorreu o domínio mameluco (1291-1516), por tropas de soldados turco-egípcios; e, após 1517, durante 400 anos, a terra israelita esteve sob tutela do império turco-otomano. Em 1918, os britânicos assumem a administração da Palestina até a proclamação a criação do atual estado de Israel pela ONU em 14 de maio de 1948.

Todo este relato não poderá ser compreendido, ou seja, o retorno dos judeus à sua terra prometida concedida por Yaweh como possessão perpétua (Gn 17.8) se não nos reportarmos exatamente a maravilhosa aliança estabelecida com Abraão. O profeta Isaías escreveu: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos" (Is 66.8). Em 20.700 quilômetros quadrados vivem hoje sete milhões de israelenses (81% judeus e 19% árabe-palestinos). Israel é um país jovem, cheio de energia, pujante em desenvolvimento, em que pese seus problemas com os palestinos, além das guerras em que se envolveu (1956, 1967 e 1973) onde pôde obter retumbantes vitórias contra inimigos árabes com armamentos e exércitos superiores.

Apenas uma coisa pode explicar a permanência do povo judeu entre os países para os quais foram dispersos e a atual ascenção da nação judaica como estado politicamente estabelecido entre as demais nações da terra: a Palavra que Deus empenhou a Abraão e manteve no decorrer de todos estes séculos. Não há a menor possibilidade de Israel ser extirpado, ser extinto, ser varrido da terra como deseja o atual governante do Irã. Está escrito: "Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim disse o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor" (Jr 31.35-37).

A Igreja do Senhor foi estabelecida entre os judeus e os gentios também foram e estão sendo alcançados pela misericórdia do Senhor. O Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo está sendo pregado a todas as nações. E em Efésios 2.11-22, está declarado de forma cristalina que judeus e gentios são um só povo diante do Senhor, porque a cruz reconciliou ambos em um corpo e matou com ela as inimizades (2.16). Assim, temos bem declarada nossa postura como Corpo de Cristo que ora pela conversão de judeus ao Evangelho. Que intercede para que mais judeus sejam evangelizados e reconheçam a Yeshua HaMaschiah como seu Messias prometido.

Oremos para que as portas estejam abertas para a conversão de muitos judeus. Oremos pela nação de Israel para que tenha bons governantes, sábios e que sejam guiados por Deus na condução dos negócios deste povo aliançado com o Senhor de toda a terra. Ainda há promessas várias a serem cumpridas neste povo, inclusive sua conversão nacional ao Messias que rejeitaram conforme a palavra do profeta Zacarias (12.9-14).

Pense nisto neste aniversário da fundação do estado judeu. Amém!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu quero ser santo! (2)

O puritano inglês John Owen (1616-1683) dá a seguinte definição de santificação:Santificação é uma obra imediata do Espírito de Deus nas almas dos crentes, purificando e limpando a sua natureza da poluição e da impureza do pecado, renovando neles a imagem de Deus e, desta forma, capacitando-os, segundo um princípio de graça espiritual e habitual, a prestar obediência a Deus, de acordo com os termos da nova aliança, em virtude da vida e morte de Jesus Cristo. Daí segue-se que a nossa santidade, que é fruto e efetito desta obra, a obra já terminada em nós, no sentido de que ela compreende a renovação do princípio ou da imagem de Deus esculpida em nós, que consiste em uma obediência santa a Deus, mediante Jesus Cristo, de acordo com os termos da aliança de graça, segundo o princípio de uma nova natureza.”

Santidade é um termo bíblico de bastante peso. Sua raiz está na ideia de separar-se, em apartar-se. Em primeiro lugar, a palavra traz o significado de Deus como separado do homem, e em segundo lugar, tudo o que deveria caracterizar o cristão como separado para Deus. J.I. Packer apresenta sete princípios ou parâmetros comumente considerados a respeito de santidade que vamos transcrever aqui:

1- A natureza da santidade é transformação através de consagração;

2- O contexto da santidade é justificação através de Jesus Cristo;

3- A raiz da santidade é co-crucificação e co-ressurreição com Jesus Cristo;

4- O agente da santidade é o Espírito Santo;

5- A experiência de santidade é experiência de conflito;

6- A regra da santidade é a lei revelada de Deus;

7- O cerne da santidade é o espírito de amor.

(in, Na Dinâmica do Espírito, Vida Nova, 1984, p. 100-111)

Santidade é algo necessário. Devemos ter em altíssima consideração uma vida de santidade. Toda a Palavra de Deus exalta o princípio de santidade na vida dos que seguem ao Senhor. O povo de Israel, a começar da chamada individual de Abraão (Gn 12), até a libertação do Egito e consequente estabelecimento na terra de Canaã como uma nação, entende-se claramente como uma chamada para a santidade, no sentido de serem um povo separado para o Senhor, a fim de serem testemunhas para todas as demais nações na terra: Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardades a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19.5,6).

A Igreja também cumpre esta tarefa peculiar de testemunho, vocacionada que é para uma vida de santidade ao Senhor. Tanto no aspecto individual, deve o cristão considerar sua vida de separação para Deus, vivendo plenamente uma vida de santidade (1 Pe 1.15,16), e também no aspecto coletivo, os cristãos enquanto Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor, devem considerar as palavras ainda na primeira epístola de Pedro 2.9,10: Mas vós sois a geraão eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançaste misericórdia.”

Diante de Deus, ser santo tanto reúne a ideia de posição e instantaneidade, como também é algo prático e progressivo, que envolve crescimento, desenvolvimento. Posicionalmente, eu e você que aceitamos a graça de Deus no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, somos declarados santos. Paulo diz em 1 Co 1.30: Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria e justiça, e santificação e redenção.” Somos santos portanto diante de Deus por causa de Jesus, mas essa posição de santos, essa separação inicial é apenas o início de uma vida progressiva de santificação. Agora temos a responsabilidade de viver para Ele em noso cotidiano, sendo cada vez mais conformados à imagem de Cristo (Rm 8.29).

O que é maravilhoso é o fato de que Deus não somente ordena que sejamos santos, como proporcionou os meios para que esta santificação se traduza na prática diária. Para isso temos os meios estabelecidos que são o sangue de Cristo, o Espírito Santo e a Palavra de Deus. O sangue de Cristo tanto fala de nosso aspecto posicional de santidade diante de Deus, por causa da obra consumada na cruz do Calvário, como também no aspecto contínuo de nosso viver diário, isto está inferido em 1 Jo 1.7b: ….e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” O Espírito Santo envolve a nossa santificação interna, conforme o capítulo 8 de Romanos descreve, mostrando a ação do Espírito de Deus em nossa santificação, na abstenção das obras carnais: Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm 8.13). A Palavra de Deus, o terceiro meio á nossa disposição para um viver santo, leva-nos a compreender a insensatez e impiedade de nossas vidas. É necessária uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme ocorrer a revelação pelas Escrituras, pois esta é espelho de nossa alma (Tg 1.22-25).

Creio que nesses dias que ora vivemos, como Igreja de Cristo, mais do que nunca, deverá haver uma consagração completa na vida de cada discípulo de Jesus, porque está explícita na Palavra de Deus de que o crente deverá andar em santidade. Como escrevi na primeira parte desta postagem, muitos dizem que os dias de hoje são mais difíceis para uma completa consagração e entrega a Deus de sua vida, procurando viver em padrões de santidade como preconizados nas Sagradas Escrituras. Reafirmo aqui o que disse, de que é sim, perfeitamente possível e viável a vida com Jesus e que podemos ser-Lhe agradáveis numa entrega constante e decidida.

Que o Senhor possa convencê-lo desta imperiosa necessidade de SANTIDADE AO SENHOR.

Pense nisso, para o seu bem, em Nome de Jesus!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eu quero ser santo!

Que atrativo para o homem da sociedade pós-moderna poderá ter o mandamento bíblico conforme está registrado em 1 Pe 1.15,16: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a nossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”?

Note as palavras de Paulo em Efésios 4.17-32 até 5.1-21. Coisas como a impureza (4.19), mentira (v.25), furto (v.28), palavras torpes, ou seja, palavras de baixo calão (v.29), amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmia (v.31), prostituição, impureza, avareza, indecências ou torpezas, conversas tolas ou parvoíces, gracejos obscenos ou chocarrices (5.3,4), são tão normais e corriqueiras para as pessoas deste nosso tempo que o chamado de Deus que todos os crentes em Cristo possuem, a sua santa vocação conforme está escrito em Ef 4.1, soam como absurdas e até ridículas para outros tantos.

A mim foi ordenado: E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Ainda, em 1Ts 4.7: Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.” Tenho de Deus a ordenança clara para andar de maneira contrária a maneira dos incrédulos, dos infiéis, dos que andam conforme seus próprios desejos ou concupiscências, note: Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pe 4.2).

Vivendo de acordo com seus próprios desejos, os homens realmente acham estranho o proceder de um autêntico servo de Deus. A Bíblia Almeida Século 21 verte desta forma a passagem de 1 Pe 4.4: Eles acham estranho que não vos juntais a eles na mesma carreira desenfreada de licenciosidade e vos difamam.” Realmente, o ímpio vive sem freio algum em sua louca vida de cada dia, desobedecendo aos mandamentos do Senhor de contínuo e ainda falam mal do crente que procura viver para Deus, que está abstendo-se de toda espécie de maldade e pecado.

Trago à minha memória o texto de 1Ts 5.23: E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. O Senhor não quer nada menos do que minha integral e completa santidade. Ao encontro com Jesus nas nuvens do céu, precede uma vida de santificação, de separação de tudo aquilo que desagrada ao Senhor. Também lembro-me de Hb 12.14: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor.”

Não há outra maneira de viver a vida cristã. Vemos com tristeza nestes dias, um crescente decréscimo dos padrões de santidade nas vidas de muitos que professam o Nome de Cristo (e eu me incluo entre estes também). Alguns dizem (e eu me incluo novamente) que estes dias que ora estamos são dias mais difíceis para se viver a vida real de um cristão como as Escrituras determinam. Não é verdade. Eu não posso continuar a acreditar nesta afirmação. Agora vejo com mais claridade, que os cristãos de outrora tiveram seus próprios problemas e que cada época da história da Igreja de Cristo sobre a terra, tinha seu próprio quinhão de problemas e vicissitudes. A Bíblia sempre esteve disponível no decorrer destes dois milênios de história, as instruções de como ter um viver santo ao alcance dos filhos de Deus de cada época. Com toda sinceridade que um crente em Jesus deve ser possuidor, somos na realidade relapsos com nossa vida de consagração de cada dia e queremos sempre arranjar um culpado para nossa negligência em sermos de fato separados para uso exclusivo do Senhor da Glória.

Por isso, EU QUERO SER SANTO! Nada menos do que isso. Nada diferente disso. Nenhuma outra meta além dessa. Não vou continuar a ser participante das preferências dos que caminham na estrada larga (Mt 7.13,14). Vou colocar minha mente para pensar nas coisas lá do alto (Cl 3.1,2). Vou negar de todo o meu coração aos meus próprios e maus desejos, carregando a cruz de Cristo para onde eu for, ou melhor, para onde Ele me enviar (Lc 14.26,27; Mc 8.34,35). Vou permitir-me ser guiado pelo Espírito Santo, andando n'Ele (Rm 8.14, Gl 5.16). O súdito do Reino de Deus vive desta maneira, maneira que é estranha aos olhos do mundo.

EU QUERO SER SANTO! E assim, caminhar com o meu Deus, desfrutando continuamente de Sua amorável companhia. Não quero incorrer na condenação que está em Tg 4.4: Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”

Agora, …libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para SANTIFICAÇÃO, e por fim a VIDA ETERNA” (Rm 6.24).

Que vida gloriosa eu viverei então andando em santidade. Não mais vacilarei. Vale a pena andar nos retos caminhos do Senhor. É incomparavelmente admirável querer ser santo e procurar viver assim. O homem pós-moderno realmente não pode compreender o que significa esta vida “louca, estranha e careta” do crente em Jesus.

Já estou pensando continuamente nisto. E quanto a você?

sábado, 8 de maio de 2010

Mãe, privilégio incomparável


MERCEDES SOSA, cantora argentina de inconfundível e abençoada voz, falecida recentemente, tem uma canção intitulada Las manos de mi madre em que um de seus versos diz assim: 

Las manos de mi madre
Me representan un cielo abierto
Y un recuerdo añorado
Trapos calientes en los inviernos.


As mãos de minha mãe/Representam um céu aberto/E uma lembrança nostálgica/Roupas aquecidas nos invernos.

SE VOCÊ LER (e ouvir) toda a letra desta canção, notará a expressão de ternura, de cuidado, daquela madre, daquela mãe retratada nos versos, juntamente com a força expressiva da voz maravilhosa de Mercedes. Não há figura humana que mais ternamente possamos recordar que nossa mãe. Ela representa aconchego, segurança, cuidado, satisfação e principalmente amor. De fato, para todos nós, conforme canta Mercedes, a mãe representa um céu aberto. Também poderá sempre trazer-nos agradáveis recordações. Pessoalmente, perdi minha mãe quanto tinha oito anos de idade. Mas recordo-me perfeitamente dela. E mais ainda com seu terno cuidado, na letra ao cantar “trapos calientes en los inviernos”, Mercedes Sosa quer dizer exatamente do cuidado que certamente sua mãe tinha para com ela, em deixá-la bem aquecida nos invernos muito frios de sua Argentina natal. 

A FORÇA de uma autêntica mãe está em sua estrutura peculiar de constante cuidado de seus rebentos. Sua vida gira em torno do cuidado de sua prole. No reino animal, vemos isto na maior parte das vezes. Entre os seres humanos, exceção feita aquelas que rejeitam ser mães autênticas e menosprezam este abençoado mister demonstrando uma inacreditável insensibilidade e descuido na criação de seus filhos, verifica-se o ideal divino projetado para as mulheres que concebem e colocam em prática a vontade de Deus. Vontade esta que está expressa em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, e que toda mãe faria bem em atentar. Em Provérbios 31.28 está escrito: Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também e ele a louva". Esta mulher retratada neste conhecido capítulo do livro de Provérbios, conhecida como a mulher virtuosa, cuidava de maneira zelosa da vida da família, o andamento das coisas de casa era comandado por ela e era tal a sua excelência no que fazia que seus filhos elogiavam-na sem pudores e igualmente o seu marido.

A MULHER ISRAELITA era educada desde sua infância para se tornar boa esposa e mãe. Durante muitos séculos, sua realização pessoal como mulher, dependia de seu sucesso no desempenho dessas funções. Ela aprendia a cozinhar, a costurar, a cuidar dos filhos e a trabalhar nos campos (algo necessário na sociedade agrária daquela época) para que assim pudesse desempenhar seu papel de esposa da melhor maneira possível. A mulher descrita em Provérbios 31 era uma mulher peculiar, porque além do cuidado da casa, ela geria um negócio lucrativoe ainda cuidava dos pobres e necessitados. Até compra e venda de imóveis ela realizou (leia no cap. 31 de 10 a 31). Esta mulher magnífica, figura tanto a que cuida de sua casa e famíla como aquela mulher dos dias de hoje que, com desenvoltura, conseguem se inserir e deixar uma marca na sociedade com sua atuação profissional.

HAVIA GRANDE proximidade entre a mãe e os filhos na sociedade judaica. Isto gerava um grande ambiente de ternura. Era repudiado gravemente o maltrato de uma mãe por seu filho, Deus disse através do profeta Isaías: Porventura pode uma mãe esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho de seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (49.15).

ESTÁ INTEIRAMENTE calcado o amor de uma mãe por seu filho, conforme demonstram as Escrituras, no amor que Deus tem para com seu povo. Um amor incondicional, presente, zeloso. Um amor que se doa, que não mede esforços, que está presente acudindo as necessidades de seus queridos. Realmente, ser mãe é um privilégio incomparável para toda mulher. É uma vocação que não se pode comparar. Querem alguns defraudar este privilégio com tantas aberrações nestes nossos dias difíceis, mas a vocação maternal não mudará. 
Você mulher e mãe que lê estas linhas, esteja certa da benção de Deus sobre sua vida, se cumprires os desígnios do Senhor, querendo você realizar sua maternidade. Algumas querem ter uma produção independente, acham que é adequado para elas gerar e depois criar seu filho sem o concurso da presença paterna. Não é esta a vontade de Deus. A criança precisa de sua mãe e de seu pai para seu desenvolvimento adequado. Reflita sobre a grande responsabilidade portanto, de gerar e trazer um ser humano ao mundo. Se você assim o fizer, que seja de forma adequada e responsável. Construa uma família saudável, biblicamente falando, desde o princípio, leia Gn 1.26 e Mt 19.1-12. 

O APÓSTOLO PAULO falando aos crentes de Tessalônica, que havia evangelizado e ganhado para Jesus Cristo, diz assim em 1Ts 2.7: ….pelo contrário, fomos bondosos entre vós, como a mãe que acaricia os próprios filhos” (Versão Almeida Séc. 21). No verso seguinte ele diz que estava preparado para dar ao tessalonicenses, de boa vontade, não só o Evangelho, mas também a própria vida. Esse é o ideal bíblico do Senhor Deus para todas as mães.

DESEJAMOS AQUI de todo coração um bom dia das mães a todas vocês e lhes rogamos em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que atente para as palavras das Sagradas Escrituras para que você possa conduzir-se honradamente não só como mãe mas também como esposa e mulher.

PENSE nisto. 

(Ah, a foto, é minha esposa e meus filhos ainda pequeninos.....amo vocês!)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cidadão: Esteja de sobreaviso quanto a algumas igrejas e pastores

Não é de forma alguma agradável ter de falar acerca de alguns ministérios e líderes que infelizmente resolveram transitar pela estrada mais larga porque antes decidiram entrar pela porta que também é muito ampla. E nisto muitas vezes tem defraudado a Palavra de Deus, porque suas práticas estão ficando cada vez mais distante da prática da sã doutrina como preconizada pelos apóstolos e profetas. O evangelho que eles pregam nestes nossos dias tem destoado do verdadeiro Evangelho que sempre tem de ser grafado assim com "E" maiúsculo, porque seus princípios são superiores e nobilíssimos e nada tem a ver com a balbúrdia preconizada por aí em nossa pátria amada.

E é a você, querido cidadão brasileiro, compatriota, que almejo alertá-lo a fim de que não seja engolfado por tantas e tantas marés de impropriedades naquilo que denominam de "evangelho". Na epístola de Paulo aos Gálatas capítulo 1, ele se mostra admirado de que os gálatas, que haviam recebido a pregação bíblica do apóstolo dos gentios, estivessem já passando para um "outro evangelho" (verso 6 e 8). E ele escreve que aqueles que pregassem, divulgassem, ensinassem este "outro evangelho" seria considerado anátema, ou seja, maldito. Maldito sim, porque o outro evangelho, por causa de sua falsidade e engano, perversamente seduz com suas propostas, sua aparência de piedade e seu aparente zelo. Enlaça os incautos que ainda não conseguem discernir o verdadeiro do falso e por isso são sim, malditos.

Não é necessário aqui citar nomes de igrejas ou de pastores. O que importa aqui é que você entenda princípios. Princípios para ajudá-lo a discernir e vaciná-lo em relação a muito do que é pregado e demonstrado em todos os quadrantes desta vasta Terra de Santa Cruz. Mais facilmente engana aquele que é muito parecido com o verdadeiro. Que possui muitas das características do verdadeiro, podendo ser quase 100%. Note, eu disse "quase". Aqui reside o perigo para todos nós.

De forma alguma a igreja "A" ou "B" pode se arrogar a única detentora da verdade do Evangelho, ou o pastor sicrano e/ou beltrano é o verdadeiro promotor da sã doutrina. Desnecessário dizer que homens são falhos e seus sistemas eclesiásticos igualmente o são. Apesar de serem as coisas assim, a Bíblia contém em si os parâmetros meticulosos para que estejamos precavidos e atentos. Afinal, discernir é preciso.

A Bíblia é comparada a um manual. Quando você compra um determinado produto, digamos, eletroeletrônico, é prudente que você leia o manual que normalmente vem junto com o produto. Principalmente se o mesmo possuir muitos requintes tecnológicos. Desta forma, evita-se o dissabor da utilização errada do aparelho e você não poderá reclamar com o fabricante porque ele não é culpado de sua ignorância ou descaso. O produto foi adquirido junto com o manual e assim você fará muito bem em ler o referido, porque o risco de uma utilização errada é grande e acontece muitas vezes. Assim é também em relação ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O que mais tem acontecido em nossos dias são pessoas que de boa fé passam a frequentar determinados ministérios onde aberrações são apregoadas e passam por "evangelho" a quem der ouvidos. Nós cremos que o Evangelho é simples, embora ao mesmo tempo seja profundo. Deus através de Sua autorevelação, a Bíblia Sagrada, não seria porventura claro a todos a fim de que pudessem conhecê-Lo? Ou seja, existe uma simplicidade no Evangelho, embora Deus que o revelou e nos trouxe na Pessoa bendita de Seu Filho seja o Onipotente Senhor Criador dos céus e da terra.

Estas deformidades que mancham a boa reputação do Evangelho já começam na apresentação de uma mensagem que mostra aquilo que o homem tem de realizar. A ênfase da pregação do Evangelho se fundamenta inteiramente em tudo o que Deus já fez por meio de Jesus Cristo. O homem deseja ouvir uma mensagem que exalte algum mérito que ele possa ter para agradar a Deus. E isto é pregado em muitas igrejas por aí. Mas, note bem meu amado, a mensagem do Evangelho causa constrangimento ao mérito humano, pois anula completamente algum valor ou importância que supostamente tenhamos. Agostinho disse algo muito pertinente: a graça de Deus não encontra homens aptos para a salvação, mas torna-os aptos a recebê-la.

Assim, o dízimo e a oferta, por exemplo, só tem a devida chancela divina se forem oriundos de saudável ensinamento bíblico onde seja ensinado o porquê e a forma correta de sua prática, ou seja, tem a ver com a chamada mordomia dos bens. Não da maneira deturpada em que se percebe que a pregação, o ensino (se é que se pode chamar assim) em determinadas igrejas, a totalidade do discurso daquela congregação gira em torno dos cifrões, do fator monetário. Este é um falso evangelho. Deus nunca ensinou isto em Sua Palavra. É doutrina humana de inspiração diabólica porque seduz com sua enganação sob o argumento de que se você for um dizimista e ofertante fiel, Deus forçosamente terá de abençoá-lo. Isto anula a graça de Deus, porque o homem é abençoado por meio exatamente de Sua maravilhosa e incompreensível graça e não porque legalisticamente tenhamos feito isto ou aquiloutro.

A maior enganação meu amado leitor que vemos hoje nas igrejas em terras de nosso Brasil, justamente se dá naquilo que se denominou de Teologia da Prosperidade ou Evangelho da Prosperidade. Dinheiro é a palavra chave que, subrepticiamente ou de forma totalmente aberta, dá o tom em muitos ministérios. Existem pastores que não falam de outra coisa. O Evangelho verdadeiro da submissão a Cristo, do andar em quebrantamento e humildade diante de Deus, do sofrer por amor a Cristo, é continuamente posto de lado. Presume-se que pregam o glorioso Evangelho vinculado com a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (1 Co 15.1-3), mas o evangelho que pregam passa longe da virtude que há no verdadeiro Evangelho.

Pregar o Evangelho é publicar os efeitos maravilhosos da obra de Cristo na cruz. Não é e nunca será pregar caprichos humanos e materialismos revestidos com capa de piedade. Você pode verificar em sua Bíblia claramente que ela preconiza um conteúdo de piedade. Um conteúdo de bençãos reais para você que entregou sua vida completamente a Jesus. E como resultado disto, desta fé em Cristo, você é justificado diante de Deus (Rm 5.1). Há uma paz real, uma paz duradoura e perene. Esta paz não será encontrada no "outro evangelho".

Este falso evangelho é uma avenida larga para a perdição da alma. O verdadeiro Evangelho nos diz: "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" (Mt 7.13,14).

Deus nos ama e deseja nossa salvação. Estes falsos profetas e lobos devoradores querem se locupletar em nome da pregação de seu pseudo-evangelho. A mensagem de salvação contida na pregação autêntica da Bíblia Sagrada, fica ofuscada por causa do que tão ousadamente proclamam. O crente tem de ser rico, dizem. Tem de ter excelente saúde, declaram.

Eles não negam nenhuma das doutrinas básicas da fé cristã. Todavia, trata-se de um erro na maneira como compreendem a Bíblia. Eles aproveitam-se das pressuposições de nossa cultura tendente ao místico, ao sobrenatural e inserem suas promessas de prosperidade e cura. Note bem: A fascinação dos ensinos da Teologia da Prosperidade está em prometerem muito e exigirem tão pouco em troca. Em pouco tempo, é possível formar uma igreja com muitos membros. Porque, quem não desejará congregar em um lugar que promete muita prosperidade e muita saúde, mas que não exige o arrependimento verdadeiro, a renúncia pessoal, o compartilhar seus bens com o necessitado, ou seja, o árduo e difícil caminho do discipulado (exatamente é o caminho estreito que citamos na passagem acima de Mateus 7).

Poderíamos abordar outros tantos aspectos envolvidos na questão, porém creio que Deus está muito interessado em que você congregue em um ministério onde os conteúdos fundamentais da fé cristã são apresentados de forma coesa e precisa. Tenha em sua mente e em seu coração estas marcas de uma igreja saudável e por conseguinte pastores e líderes saudáveis em sua fé posto que se apegam realmente à Bíblia e ao Evangelho verdadeiro:

1- Pregação expositiva
2- Teologia bíblica
3- Um entendimento bíblico do Evangelho
4- Um entendimento bíblico da conversão
5- Um entendimento bíblico da evangelização
6- Um entendimento bíblico da membresia
7- Disciplina bíblica na Igreja
8- Crescimento e discipulado bíblico
9- Liderança bíblica na Igreja

Se você estiver procurando uma igreja para congregar ali com sua família, estas marcas poderão ser um bom princípio em sua procura. Se for este o seu caso, ou seja, de procurar qualidade ao invés dos enganosos apelos de saúde e prosperidade, considere tudo o que acabou de ler, ore a Deus e peça a orientação do Espírito Santo. Afinal, Ele é Aquele que nos guia em toda verdade. Seja criterioso, não se una a um ministério que se paute tão somente por considerações de ordem material. Se uma igreja estiver na direção do Espírito Santo conforme o santo manual, a Bíblia Sagrada, sua marca distintiva será a piedade e o amor. Não estamos aqui afirmando a existência de igrejas perfeitas, mas sim, igrejas com saúde espiritual e uma verdadeira prosperidade bíblica em todos os sentidos.

Cidadão brasileiro e a qualquer um que possa se interessar, pense nisso.