sábado, 30 de janeiro de 2010

Chávez “Imperator”

Demonstrando uma vez mais seu despotismo, o “Imperador” Hugo Chávez mandou que as atividades de seis emissoras de TV a cabo estrangeiras fossem suspensas, inclusive a RCTV que é abertamente contrária ao governo. Isto aconteceu porque as emissoras recusaram-se a transmitir os discursos do governante. Ferido em seus brios “imperiais”, Chávez não titubeou em ordenar o encerramento das atividades das emissoras.

Isso veio a provocar a ira de seus “súditos”. Protestos aconteceram em Caracas, a capital do “Império” digladiando-se os súditos pró e contra Chávez. E como é sua marca registrada, avisou que se os protestos não terminarem, adotará medidas que ainda mais aprofundarão o socialismo da “revolução bolivariana”. Imperador Chávez procura segurar cada vez mais firmemente seu cetro e continua a adotar medidas, como aquela de mandar fechar os canais de TV, que realçam ainda mais a “realeza” e a “autoridade” de sua "Augusta Pessoa".

Pobres súditos venezuelanos. Com cortes constantes de energia por causa do racionamento imposto pelo governo, inflação altíssima, falta de gêneros alimentícios, pobreza crescente, as deliberações imperiais contribuem cada vez mais para a revolta popular. Por sua vez, “Imperator” Chávez compra armamentos, procura uma aproximação maior com o Irã e a Rússia, e esbraveja contra os países em redor que não rezam pela sua cartilha. Os Estados Unidos são o grande inimigo do Império venezuelano.

E o Brasil? Lula é camarada de “Sua Majestade” Hugo Chávez e já declarou que não se intromete em assuntos internos do Império chavista. Me pergunto se Chávez teria a mesma opinião se estivesse no lugar de Lula, tendo como vizinho um país com um perfil claramente tirânico, ditatorial e personalista.

Insatisfeitos, o vice-presidente (vice-imperador?) e ministro da defesa Ramón Carrizáles, alegando motivos pessoais, renunciou ao cargo. Não concordou com as medidas “imperialistas” de Sua Majestade em relação ao combate à crise econômica.

Em outras postagens, declarei a insensatez de Hugo Chávez. De fato, com seu modo personalista e ditatorial de governar, parece realmente um imperador absolutista como o famigerado Luis XIV da França, o “rei-sol”. A Venezuela como país exportador de petróleo portanto com grande potencial de progresso, poderia muito bem ter um presidente sábio e prudente que favorecesse a população, que respeitasse as instituições democráticas de seu país e não um governante que tem somente a intenção de implantar uma revolução inspirada em Simón Bolívar, o libertador de várias nações na América Latina. Chávez compromete a democracia porque violações dos direitos humanos são fato consumado. A censura à liberdade de expressão demonstra cabalmente o caráter absolutista de seu governo e a imposição de restrições para que ele possa governar de modo soberano. A oposição a ele cresce mas também igualmente cresce o combate de Chávez aqueles que não se lhe submetem.

Precisamos orar pelo pobre povo venezuelano. Sofre necessidades no momento devido a um governante medíocre e deslumbrado com o poder. Que a Igreja de Jesus esteja atenta a este momento para que seja uma voz profética em meio à sociedade. Certamente, Hugo Chávez deve ser motivo contínuo das intercessões do povo de Deus, não só na Venezuela como em todo o mundo.

Pense nisto.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

EUA: Império no leito de morte

A hegemonia norteamericana está com seus dias contados. Tudo nos demonstra que os Estados Unidos da América deixarão brevemente o posto de primeira potência do mundo. Esta posição consolidou-se no século XX devido à pujança em várias áreas, a força da iniciativa americana é admirável.

Com instituições fortes e forças armadas bem equipadas, a influência ianque estendeu-se a muitas partes e regiões do globo. Assumiram o papel de “xerife” em vários conflitos em muitas dessas regiões, onde constatassem que seus interesses econômicos seriam prejudicados. O “american way of life” também ao mesmo tempo, era motivo de admiração para muitos.

O imperialismo cultural americano é quase que onipresente em todos os países. Aliás, quando se fala em globalização, é quase como que um sinõnimo de aceitação dos ícones culturais americanos, ex: Coca-Cola, Mc Donald’s, Disneyworld, etc. A grande indústria de entretenimento mundial é, em grande parte “made in USA”. Muitas mudanças na economia e na geopolítica descrevem um quadro onde já se pode vislumbrar a queda americana do pedestal de primeira e única potência mundial. A estagnação da economia estadunidense está agravando o declínio de suas ambições, ambições estas que fizeram com que o país obtivesse a hegemonia, todavia este domínio é sinônimo do capitalismo neo-liberal.

Cremos que, de acordo com nossa perspectiva escatológica, a Europa ocupará o lugar dos Estados Unidos. Podemos até usar a denominação “Estados Unidos da Europa” por causa de sua natureza, um continente quase todo unido por uma só moeda, o forte euro, um mercado único de milhões de consumidores, queda das barreiras alfandegárias…..enfim, só falta surgir um único governante e um único parlamento com reais poderes que representará todos os países da Comunidade Européia.

Enquanto isso, nos EUA a cada dia aumenta o número de desempregados, a indústria perdeu o vigor que lhe era típico, os gastos com a manutenção da segurança interna e com as forças armadas é altíssimo. Há forçosamente, uma comparação sendo feita com a ascenção e queda do Império Romano. Há muitas semelhanças entre o que aconteceu com Roma e com o que acontece com os EUA.

O aspecto moral é um dos mais agravantes. O consenso cristão que mantinha relativamente equilibrada a sociedade não é mais a realidade. De muitas maneiras e formas, o consenso cristão acabou. Hoje predominam os valores da posmodernidade, como também as influências do neopaganismo.

Acredito que a época áurea do predomínio americano já passou. Surgirá brevemente um novo líder porque este lugar de domínio não ficará muito tempo vazio. E é uma liderança política que estará geopoliticamente na Europa e fisicamente em um homem – o homem por quem muitos já aspiram, o Anticristo.

Sabemos que os Estados Unidos, como nação, trouxeram muitos benefícios ao mundo, mas paradoxalmente muitos males também. Deus julgará as nações e os Estados Unidos tem contas a ajustar com o Todo-Poderoso. Não sou um antiamericano, mas também não advogo a defesa incondicional de valores que representam desgraça e ruína para muitos. O novo presidente Barack Obama, para mim já demonstrou a que veio – defende o aborto, apóia a causa gay e tem demonstrado características em seu governo que o apontam para uma agenda socialista, segundo alguns estudiosos. Cremos que nos EUA está havendo uma transição para uma economia rigidamente regulada que ocorre também em todo o mundo. O modelo capitalista está cedendo lugar aceleradamente a este novo sistema. Isto é alarmante porque poderes ditatoriais ficarão nas mãos do governo ou do governante e isto em nível mundial significa o poder para o vindouro líder mundial.

A decadência americana é visível. É tentada uma reanimação nos pilares econômicos da nação com os atos de Obama, mas cremos que a derrocada é irreversível.

Oremos para que os cristãos daquela nação, os verdadeiros crentes em Jesus, continuem mantendo seu testemunho fiel. Infelizmente, muitos segmentos da igreja norteamericana estão como a igreja de Laodicéia em Ap 3.17: Como dizes: Rico sou e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado e miserável, e pobre, e cego, e nu.”

O Senhor continuará trabalhando entre Seu povo naquela nação. O Senhor ama aos norteamericanos. O Senhor deseja continuar a salvar. A nação pode estar na UTI mas Jesus Cristo ainda é o mesmo e continuará a operar no meio de Seu povo. A crise que atravessam e sua mui provável queda na hegemonia mundial servirá para o quebrantamento de muitos.

E nós, também aprenderemos as lições que o Espírito de Deus já está começando a nos ministrar? E a Igreja no Brasil? Por favor, pense nisto!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A mística satânica das religiões afro

Nossa nação recebeu nos idos de 1530 até 1850, milhões de escravos de origem africana. Traziam em sua bagagem cultural crenças animistas que deram origem a várias religiões. O Candomblé, a Umbanda, a Macumba, são nomes bem conhecidos por todos os brasileiros. Houve um sincretismo com o Catolicismo e com o animismo dos indígenas e desta forma, as expressões de religiosidade africana vieram a adquirir aqui, tonalidades próprias.

Qual a matriz destas práticas, tão disseminadas entre o povo brasileiro? A África Ocidental foi o solo de onde germinaram e vindo para o Brasil, encontraram aqui um ambiente propício para desenvolverem-se. As nações sudanesas e os bantos, tinham concepções religiosas mui semelhantes. Com os escravos vieram seus costumes, seus rituais, seu simbolismo, seu folclore.

As religiões africanas em sua base estrutural constituem-se dos seguintes elementos: 1) Fé em Deus (entendido como força geratriz de tudo que existe), divindades e espíritos; 2) Culto dos ancestrais; 3) As práticas da magia e da medicina. Os cultos africanos não eram totalmente fetichistas em sua natureza. O fetiche é uma figura modelada de barro, pedra ou madeira, representando animal ou objeto ao qual se atribui poder especial. Também não eram totalmente naturalistas (culto à natureza), ou somente animista (culto às almas). Ele é acima de tudo ancestrista, cultuando os antepassados, que são seus mortos, seus antigos heróis ou almas desencarnadas. Apesar de tudo, segundo os estudiosos, o africano reconhece um Criador de todas as coisas.

Caracteriza-se portanto uma religião tradicional negra africana como aquela que crê em uma força suprema que gerou a tudo que existe e logo abaixo são cultuados as forças da natureza e os espíritos dos antepassados. Principalmente entre os povos bantos, o maior bem da existência é a força vital (o axé), podendo ser esta aumentada, diminuída ou transferida para outro ser (com a morte). Possui o Universo dois lugares distintos, um aqui e agora com os seres vivos; outro além, com as forças da natureza e os espíritos dos antepassados. Dá-se o nome de Exu ao elemento que dinamicamente proporciona a comunicação entre estes dois planos. Só através dele é que se proporciona a comunicação com os orixás.

Estas divindades secundárias, os orixás, funcionam então como as entidades que recebem o culto de seus devotos. Para os africanos, Olorum (segundo a cosmogonia dos yorubás) é o deus céu ou o deus natureza. Tentou-se sempre identificar Olorum com o Deus do Cristianismo e aceitar a concepção de que eles estariam familiarizados com a ideia do deus único. Todavia, a doutrina acerca de um deus supremo é típica do politeísmo sempre representando a natureza, o céu, o sol tendo um lugar insignificante nas devoções de seus fiéis. Por estar este deus inacessível, são assim então os orixás cultuados em seu lugar.

Utilizam a magia ou feitiço como um meio para manipularem situações com a ajuda de poder sobrenatural. Além disso, praticam curandeirismo com o auxílio de ervas e rezas mágicas. A adivinhação também é prática largamente difundida. E nos terreiros, invocam os orixás (os umbandistas, no entanto, acham que os orixás são poderosos demais para serem facilmente chamados à terra, por esta razão, eles invocam espíritos desencarnados e espíritos menores para os ajudarem, ou seja, os caboclos ou espíritos de índios, pretos-velhos e espíritos de escravas, consideradas por eles ricas em sabedoria, sabedoria esta merecida, segundo eles, por causa de uma vida de grandes sofrimentos) através de música e danças e são assim os praticantes “incorporados” por estas citadas entidades.

Em resumo, a religiosidade trazida da África a bordo dos navios negreiros e que mesclou-se de forma consistente com o Catolicismo medieval português, o Espiritismo de origem européia e as crenças indígenas, produziu uma religiosidade reencarnacionista, panteísta, fetichista, mitológica e politeísta. Reencarnacionista, porque aceita, entre outras teorias do Espiritismo, a da reencarnação ou transmigração de almas; Panteísta, porque crê em Deus como sendo a energia cósmica presente em todo o universo; Fetichista, porque se baseia na adoração de fetiches da África; Mitológica, porque crê em entidades da mitologia; Politeísta, porque crê em várias entidades consideradas deuses, que são os orixás.

O que concluímos disso, como seguidores de Jesus Cristo? Aquilo que largamente as Escrituras do Antigo e Novo Testamento declaram sobre o tipo de adoração dos pagãos: Deus condena todas estas práticas taxativamente. Os povos que habitavam Canaã antes da chegada dos israelitas, praticavam largamente muitas das práticas citadas há pouco. A adoração dos elementos da natureza é condenada em Dt 4.19. Os materiais que confeccionam (os fetiches) bem como qualquer imagem, são os israelitas recomendados para que não introduzissem em sua casa pois eram amaldiçoados, Dt 7.25, 26. A mutilação do corpo, prática que os cananitas faziam e semelhantemente fazem os praticantes das religiões afro, também é condenada em Lv 19.28 e Dt 14.1. Adivinhos e feiticeiros seriam mortos se fossem encontrados entre o povo de Deus e os que os procurassem ficariam imundos, Lv 19.31; 20.6, 27; Dt 18.9-14. Os abomináveis sacrifícios que fazem, eles fazem aos demônios como claramente adverte a Palavra de Deus, Lv 17.7; Dt 32.17; 1Co 10.20,21. No que tange à reencarnação, miseravelmente acreditam que viverão uma outra vida, quando a Bíblia diz que aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9.27).

Mas, se fôssemos citar somente uma única passagem, eu citaria Ap 21.8: Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.”

Toda a abominação, feitiçaria, idolatria e mentiras praticadas pelos religiosos afro será condenada ao lago de fogo. Deus ainda espera com amor que eles se convertam deste misticismo de origem diabólica. A Igreja do Senhor deve continuar, com muita unção e sabedoria, evangelizá-los porque há poder no sangue de Jesus Cristo para libertá-los de todas as correntes satânicas em que estão envolvidos. Muitas vezes quando se fala da valorização da cultura afro, deparamos com aqueles, até mesmo cristãos, a defender o indefensável à luz da Bíblia Sagrada, ou seja, de que nada há de mau nas religiões afro, somente seriam expressões da rica diversidade cultural dos afrodescendentes.

O Evangelho de Cristo converte a cultura humana. A mística satânica das religiões afro não pode continuar a atrair e enganar as almas. Vamos resgatar a cultura afro com os valores do verdadeiro Evangelho que liberta e resgata do cativeiro do pecado e da corrupção e da adoração de demônios.

Podemos como Igreja fazer isto, com respeito pelas pessoas e muito amor. Então convido você a orar e pensar sobre isto a partir de hoje. Amém.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

S.O.S. Haiti!


A história do Haiti é deveras interessante. A parte ocidental da ilha de Hispaniola onde localiza-se o país, foi cedida à França pela Espanha em 1697. Tornou-se no século 18 a mais próspera colônia francesa na América por causa da exportação de cacau, açúcar de alta qualidade e café. Toussaint L’Ouverture, ex-escravo e líder do movimento de libertação, juntamente com a maioria da população contituída de escravos negros africanos, influenciados pela Revolução Francesa, rebelam-se em 1791. Foi a primeira nação americana a abolir escravatura em 1794. Toussaint foi designado governador vitalício em 1801 e promulga uma Constituição. É preso por uma expedição militar francesa enviada à ilha e mandado para a França onde morre em 1803. Jean-Jacques Dessalines, ex-escravo, continua a luta e o país conquista a independência da França em 01 de janeiro de 1804, passando então a chamar-se Haiti, a primeira república negra da América.

Após esta data, os franceses mantiveram o Haiti sob bloqueio comercial por 60 anos. Entre 1838 e 1883, a França exigiu o pagamento de enorme indenização monetária para suspender o bloqueio. Com isso, a antes pulsante economia que tinha tudo para tornar o novo país um dos mais prósperos da América, sofre um duro golpe. O bloqueio imposto ao Haiti, também teve a finalidade de impedir que os ideais libertários não se espalhassem pelas demais colonias americanas. A partir de 1915, os Estados Unidos ocupam o país, até a década de 50, quando vai para Cuba.

O plantio da cana-de-açúcar destruiu a capacidade de produção agrícola do solo haitiano. Os rios do país também foram prejudicados em virtude dessa agricultura intensiva e agressora. O solo não produzia mais como outrora e o açúcar, que no século 18 foi considerado o de melhor qualidade do mundo, já não tinha tanto valor.

Portanto, muita cautela antes de abrirmos nossos lábios para pronunciar a cruel sentença de que o Haiti é assim, miserável e paupérrimo, por causa da indolência de seus habitantes ou porque Deus simplesmente o castigou por causa de suas práticas de feitiçaria como o vodu. É certo que Deus abomina isto (Dt 18.9-14), e trará a julgamento todas estas práticas, mas o relato histórico feito há pouco, mostra como os próprios homens, pecadores como são, conseguem prosperar uma terra, muito embora à força de trabalho escravo, e depois impõem suas covardes condições, não dando a mínima ao povo. Acredito que se o Haiti fosse deixado em paz, poderia seguir o caminho de um país próspero e feliz. Sendo uma nação independente e pacificada, poderiam recuperar o solo, creio que teriam suficiente percepção e sabedoria para isto. Naturalmente, não estou subestimando a capacidade de que poderiam, por si próprios, desviarem-se de um bom propósito para sua pátria, mas o certo é que o bloqueio da França, a indenização cobrada e depois a dominação norte-americana, destituíram o pais de mínimas condições de desenvolvimento. O povo haitiano ficou então à margem do progresso que inicialmente tiveram. Seguiram-se, após a saída dos americanos, as infames ditaduras de Papa Doc e seu filho e sucessor, Baby Doc. A pobreza e a corrupção só fizeram aumentar. Pobre povo do Haiti.

O terremoto de 12 de janeiro arrebentou com a frágil esperança que os haitianos começavam a demonstrar sendo o Brasil um dos contribuintes no levantamento da esperança deste povo. A missão de paz da ONU constituída majoritariamente de soldados brasileiros, está no país desde abril de 2004 e tem sido bem aceita pela população civil, procurando pacificar as gangs que proliferavam livremente e ajudando de várias outras maneiras, com um caráter nitidamente humanitário.

Podemos falar então, que o terremoto devastou também com alma do povo haitiano? Não. Quero lembrar que Deus ama aquele povo. Como ama a todos os seres humanos e deseja salvá-los (Ez 18.32; 1Tm 2.4). A alma do povo do Haiti está sedenta por Aquele que verdadeiramente lhe dará a verdadeira prosperidade na vida: Cristo Jesus, o Senhor! O sofrimento deles certamente é permitido por Deus, não que o Senhor seja cruel e arbitrário, como pensam muitos ateus, mas porque Ele possui santos e sábios propósitos para alcançar a todas as nações. A Igreja de Jesus sobre a terra deve estar atenta a este S.O.S. Haiti! porque esta é uma hora propícia para ser Igreja de Jesus naquela terra e entre aquele povo. Gostaria de sugerir que todas as denominações cristãs evangélicas se unissem, conjugando esforços para atender a demanda espiritual daquela nação. Ajuda material é necessária e sempre será. E qualquer organização humana, qualquer pessoa física, qualquer país pode fazê-lo. Mas, o socorro espiritual, a água e o pão da vida, somente a verdadeira Igreja pode compartilhar. Somente genuínos e fiéis discípulos de Jesus Cristo poderão atender a alma sedenta daquele povo amado por Deus.

Esta é a nossa missão. Nossa obrigação. Podemos e devemos também levar o pão físico, mas é do Pão que desceu do céu que eles mais precisam. Não esqueçamos que as práticas idolátricas, a feitiçaria de origem africana (assim como no Brasil) continua a enganar e escravizar a muitos. O poder de Deus deve ser manifestado ali de maneira que muitas almas rendam-se ao Senhor.

Eu creio na reconstrução da nação haitiana. Mas antes de tudo, devemos crer e investir na regeneração espiritual de seus habitantes. Satanás encastelou-se ali, como em outros lugares do mundo, trazendo a miséria, a ruína, a dor e a morte. O Reino de Deus deve desembarcar naquela ilha, irrompendo e detonando a todas as fortalezas do diabo. O terremoto derrubou muitas edificações, mas as contruções de origem diabólica no seio daquele povo ainda estão de pé. Jesus, através de Sua Igreja, quer e pode arrasar a todas as fortalezas demoníacas (2 Co 10.4).

Eu creio no poder de Deus. E quanto a você? Pense nisto!

domingo, 17 de janeiro de 2010

A odiosa irrelevância do Big Brother Brasil e da Fazenda

Meus amigos, se há coisa na programação da TV no qual terminantemente odeio é o BBB - Big Brother Brasil. Odeio, abomino, desprezo, escarneço. Porque não há proveito nenhum neste troço. Porque não acrescenta NADA aos seus incautos telespectadores. É um programa de televisão, inútil, vil e desprezível. Entroniza sobremaneira as paixões carnais. Quer - pela repetição, pelos seus bordões - continuar a entorpecer as consciências da massa ignara que senta-se todas as noites diante da telinha para "dar uma espiadinha na casa mais famosa do Brasil" (arrghh)!

Na verdade, o que a sociedade que não conhece ao Senhor Jesus deseja é isto mesmo: um programa de TV onde seus protagonistas expressem, demonstrem o que está em todos os corações humanos que não foram regenerados pela Palavra de Deus. Jesus foi claríssimo quanto a isto. Ele falou que do coração do ser humano procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, mentiras, calúnias, cobiça, maldade, engano, libertinagem, inveja, blasfêmia, arrogância e insensatez (Mt 15 e Mc 7). Tudo isto, disse o Senhor, procedem de dentro do homem e o tornam impuro.

Qual é a relevância de um programa como este? Que impactos traz para aquele que assiste o mesmo noite após noite? Como disse, ele existe para a expressão do que vai no coração humano e aqueles que assistem procuram então um deleite carnal diário, muitas vezes, após um dia cheio de trabalhos e responsabilidades. É um verdadeiro bordel de imagens onde os voyeurs encontram um campo propício para suas taras. E é viciante, pois este famigerado programa já conta com várias edições e toda uma expectação surge pelos novos componentes que participarão de mais uma nova nova edição. E vejam que tremendo subproduto: as belas mulheres que participam do programa, que eram desconhecidas em todo o país, estando no anonimato, são "premiadas", "brindadas", com polpudos cachês para posarem nuas para a Playboy. Ficam conhecidas já no programa e "muito mais conhecidas" nas páginas da citada revista.

Não poderia este programa da Globo deixar de ter seus clones (sendo ele próprio uma versão de programas do exterior). Já ouviram falar de a "A Fazenda"? Pois é, a Record, da "Igreja" Universal do Reino de Deus, na horrível guerra pela concorrência, criou um programa igual para também entreter a cada noite as pessoas e fazendo-as desperdiçar seu precioso tempo sob os auspícios do sr. Edir Macedo ("bispo"?). É a glória da irrelevância total.

Causa espécie saber que entre os cristãos, entre os crentes, há fãs assíduos de um ou outro programa. Lamentável. Triste. Escandaloso. Revoltante. No recôndito confortável de suas casas, também assistem todas as noites as peripécias dos "bigbrothers" e dos "fazendeiros". Podem crer: muitos desses "irmãos" não perderam uma edição sequer dos programas. Dividem seu tempo entre um e outro. É a ansiosa solicitude pelo que é efêmero, descartável, irrelevante e abominável mesmo entre ditos crentes em Jesus Cristo. Esses "crentes" são semelhantes aos judeus do capítulo 8 do profeta Ezequiel que estavam nas câmaras do santuário, no versos 6 a 12 onde eles, em atitude de adoração, ofereciam incenso às imagens que estavam pintadas nas paredes daquele recinto. No verso 12, o Senhor pergunta a Ezequiel: "Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra." Esta é então a realidade de muitos hoje que, ocultamente ("nas trevas") idolatram as imagens abomináveis que vêem todas as noites. Isto inclui qualquer outra programação, quer seja na TV ou na Internet que estejam na mesma categoria.

Não sou moralista. Sou alguém que também é tentado pelo que aparece na mídia. Mas consciente de que o Espírito Santo que em mim habita, pode perfeitamente conceder o poder para uma vida santa e agradável a Deus (Rm 8). Tenho os testemunhos de Deus para mim, Sua Palavra que me mantém no caminho d'Ele (Sl 119). E tenho a cobertura do sangue de Jesus que me purifica de todo o pecado (1Jo 1.7).

Glória a Deus. Posso viver de maneira irrepreensível e sincera, de maneira inculpável em meio a esta geração corrompida e perversa resplandecendo a glória do Senhor no mundo (Fp 2.15). Não se deixe apegar pelo mundanismo. Abandone o modus vivendi dos que não querem saber de Deus e nem querem serví-Lo. Satanás deseja usar todos os meios e maneiras para entorpecer as pessoas, prendendo-as cada vez mais em seus pecados e ele, de maneira algumas vezes sutil e de outras maneiras bem escrachadamente, quer laçar os seguidores de Jesus para que o testemunho da Igreja fique neutralizado.

Agora é sua responsabilidade. Abandone a odiosa irrelevância do Big Brother Brasil e da Fazenda. Oremos para que o Espírito Santo toque e convença aos participantes destes programas de seus pecados. Oremos para que nosso testemunho enquanto Igreja do Senhor possa alcançar todas as pessoas, inclusive os que trabalham nos meios de comunicação. Oremos por genuínas conversões e por autênticos discipulados.

Pense nisto.




quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A boa e velha Teologia Sistemática

Não acredito em um estudo bíblico que não seja oriundo de um bom estudo teológico-sistemático. A palavra “sistemático” para muitos, carrega o estigma de algo engessado, antiquado ou maçante. Muitos estudiosos da Bíblia nos dias de hoje estão menosprezando pessoalmente a Teologia Sistemática afirmando que por estarmos em uma época pós-moderna, as pessoas, os crentes de hoje, falando bem abertamente, não estão a fim de debruçar-se sobre este tipo de estudo. Alguns outros alegam que a Teologia Sistemática põe uma mordaça em Deus e Ele não teria mais liberdade para falar conosco por causa das definições teológicas. Quanta asneira!

É indubitável a preguiça mental em muitos de nós. Estudar teologia sistematicamente envolve a perscrutação do texto bíblico de maneira intensa. Não é labor para acomodados. A nobreza desta tarefa deixa de fora indivíduos superficiais em si mesmos e rasos em sua reflexão sobre a revelação bíblica. De fato, a Teologia Sistemática é uma “pesada pedra” para muitos.

Pastores há que alegam que suas igrejas “do século 21” não estudarão a Bíblia desta maneira porque querem ter mesmo é experiências com Deus (alguns dizem que o que importa mesmo é que o crente tenha “vida em Jesus”). O pragmatismo é claro nestas comunidades, porque tudo o que querem é “experimentar Deus” sem estudarem devidamente sua Revelação. Nós cremos que estudar devidamente a Revelação de Deus, as Sagradas Escrituras, a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus é através da boa e velha Teologia Sistemática.

Entendemos que o labor teológico pode transformar-se em algo que, como disse Helmut Thielicke “uma fria camisa de ferro que nos esmaga, e nos congela até a morte.” Este autor também afirma que “é supremamente importante que uma vida espiritual vigorosa, unida a Sagrada Escritura e no meio da comunidade cristã, seja a espinha dorsal de todo trabalho teológico” (in, Recomendações aos Jovens Teólogos e Pastores, Sete/Sepal, 1990, p.61,63). Não duvidamos dos perigos, mas abandonar totalmente o estudo da Teologia Sistemática é inaceitável.

Henry Clarence Thiessen em seu excelente Palestras em Teologia Sistemática (Imprensa Batista Regular, 1989, p.4) citando um livro de James Orr publicado em 1909 que já naquela época, havia um grande preconceito contra a doutrina, uma desconfiança e aversão pelo pensamento claro e sistemático a respeito das coisas divinas. Orr diz que os homens desejam que seu pensamento seja fluido e indefinido, algo que possa ser mudado com os tempos e as novas luzes que eles acham estarem constantemente aparecendo para iluminá-los continuamente adquirindo novas formas e deixando o que é velho para trás. E Thiessen acrescenta que isto era verdadeiro hoje (ou seja, a época em que seu livro foi escrito, 1949) do que quando Orr escrevera aquelas palavras. O que diremos de hoje então?

Vale a pena citar ipsis litteris as palavras do livro: “Influenciado pela filosofia corrente do pragmatismo, o teólogo moderno começa com o dictum de que em teologia, como em todos os outros campos de pesquisa, a crença nunca deve ir além do mero estabelecimento de uma premissa básica; nunca deve ser enunciada como algo considerado fixo e final. Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e tendo aceitado a ideia de que tudo está fluindo, o teólogo moderno afirma que não é seguro formular quaisquer ideias permanentes a respeito de Deus e da verdade teológica. Se ele fizer isso hoje, amanhã pode ser obrigado a mudar sua opinião. Por isso, escritores modernos raramente expressam qualquer certeza com respeito a qualquer ideia que não seja das mais gerais em teologia.”

Isto que acabamos de citar é potencializado hoje com o advento do pós-modernismo que, como definiu Lyotard “é a incredulidade voltada para as metanarrativas”, ou seja, a verdade da Palavra de Deus é rejeitada e categorizada apenas como uma grande metáfora, apenas uma “contação” de histórias. Por isso, divergimos da ausência de ensino bíblico teológico-sistemático porque somente este proporciona a melhor apreensão das doutrinas da fé cristã. Isto porque o intelecto humano foi constituído de tal forma por Deus que buscará sempre uma unificação e sistematização de seu conhecimento. E também porque, os fatos narrados na Bíblia estão desorganizados ou apenas parcialmente organizados. Obviamente, o Espírito Santo não inspirou os autores sacros para que escrevessem a Bíblia em forma de Teologia Sistemática. Portanto, nossa tarefa, como bem frisou Thiessen, consiste em ajuntar estes fatos dispersos e colocá-los sob a forma de um sistema lógico.

É mentira aqueles que afirmam que estudar Teologia fará com que o crente perca sua espiritualidade, fique “frio” na fé. É mentira achar que um culto ficará chato porque é um culto de ensino da Palavra de Deus. É mentira de que os seminários ou as faculdades bíblicas contribuem para gerar um futuro pastor ou mestre da Palavra que ensine heresias e inverdades. Isto tudo somente acontecerá se logicamente o crente em algum momento dê guarida aos humanismos filosóficos, ou se uma igreja valoriza a ortodoxia em detrimento de uma vivência realmente cristã e comunitária. Deve-se sempre haver a procura de uma genuína espiritualidade, um autêntico discipulado cristão mas sem menosprezar o estudo sistemático das doutrinas cristãs. É isto que dá substância e firmeza á vida de fé do crente.

Sobre isto eu gostaria de escrever/falar muitas outras coisas, mas creio que isto é suficiente para suscitar uma meditação de nossos amados leitores. Por favor, se você não concordou com o que acabei de escrever, pelo menos poderá entender o fato de que aqui no Brasil, o hábito da leitura não é tão disseminado como em outros países. Talvez isto também explique o porque tantos pastores e mestres tem abandonado o estudo sistemático das doutrinas da fé cristã porque isto envolve sim bastante leitura e reflexão. E é isto exatamente o que muitos não querem, somente querem curtir o “oba-oba” de nossos performáticos cultos. Sem generalizações, diga-se de passagem.

2 Pedro 3.18: Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.”

Graça e conhecimento. Podemos equilibrar estes dois aspectos estudando sistematicamente as doutrinas da fé cristã. A Teologia Sistemática não é uma caixa estreita e fechada com ideias pré-definidas. Mas ela descortina sim os incontáveis tesouros em Deus e em Cristo em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.3).

Pense nisto!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A progressão de catástrofes indica a volta de Cristo

Muitas catástrofes naturais acontecem todo dia no mundo inteiro. Em 04 de janeiro, postei sobre este assunto do catastrofismo que aumenta a cada dia, em face do que ocorrera em Angra dos Reis. Na mídia isto é potencializado, de forma que volto a este assunto. Há muitos que entendem que Deus não está nem aí com tudo isso, que não se importa, ou que em realidade, não teria domínio sobre os elementos porque a terra está entregue a Satanás. Afinal, Jesus não afirmou que ele é o “príncipe” deste mundo (Jo 14.30; 16.11)? Um outro argumento é de que a terra conforme o Sl 115.16, seria dos homens, conforme diz o texto. E estes estariam destruindo-a por conta de suas atividades industriais, desmatamentos, etc. Portanto, Deus nada teria com isso e muito menos estaria a se importar com o que acontece aqui embaixo.

Todavia, a Palavra de Deus categoricamente afirma a soberania, o amor e o cuidado de Deus com o que Ele tão zelosamente criou. As catástrofes todos os dias denotam somente aquilo o que diz a Bíblia, de que o pecado arruinou não só o relacionamento entre o homem e seu Criador, como igualmente a natureza toda foi afetada. O impacto da queda do homem é bem retratado na Palavra de Deus. Havia uma harmonia total na criação original de Deus. O jardim do Éden demonstrou, de maneira ímpar, a intenção divina para o homem e para o todo de sua criação. Ali, a obediência ao Senhor, a comunhão, o amor, a paz, a alegria, o sossego, a vida enfim, estavam em sua plenitude. Nós não temos condições de aquilatar o que teria sido a vida de Adão e Eva antes de caírem no pecado. Também nem quantos anos viveram em inocência, ou seja, sem terem se rebelado contra Deus.

O que conhecemos é o que está diante de nós desde que nascemos. Miséria, dor, angústias, morte. O homem está em rebeldia contra Deus, e é seu inimigo (Ef 2.2,3; Rm 5.10). O homem vive também em inimizade com o seu próximo (Ef 2.14-16). O pecado trouxe a morte e a desarmonia ao mundo de Deus. Então, o que temos agora, reflete perfeitamente os efeitos da queda do homem.

Isto é demonstrado no mundo físico conforme Rm 8.18-23: Considero que os sofrimentos do tempo presente não se podem comparar com a glória que será revelada em nós. Pois a criação aguarda ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à inutilidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação seja libertada do cativeiro da degeneração, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e agoniza até agora, como se sofresse dores de parto; e não somente ela, mas também nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nosso íntimo aguardando ansiosamente nossa adoção, a redenção do nosso corpo” (Almeida Séc. 21).

O apóstolo Paulo neste texto deixa claro que a entrada do pecado no mundo por causa da queda do homem, produziu efeitos degenerativos na natureza. Doenças e morte para o homem são “normais” e os elementos na natureza estão em desarmonia. Vemos como são crescentes os desastres na natureza e como matam tantas pessoas. Enchentes, erupções vulcânicas, vendavais, terremotos, tsunamis, secas. Segue-se a relação das 10 maiores catástrofes naturais registradas que mais ceifaram vidas na história: 1- Enchente do Rio Amarelo, China, 1931, mortos entre 1 e 4 milhões; 2- Enchente do Rio Amarelo, China, 1887, mortos entre 900 mil e 2 milhões; 3- Ciclone de Bhola, Bangladesh, 1970, mortos entre 500 mil e 1 milhão; 4- Terremoto de Shaanxi, China, 1556, mortos 830 mil; 5- Ciclone na Índia, 1839, mortos 300 mil; 6- Enchente de Kaifeng, China, 1642, mortos 300 mil; 7- Terremoto de Tangshan, China, 1976, mortos 242 mil; 8- Desastre da barragem de Banquiao, China, 1975, China, mortos 231 mil; 9- Tsunami, Oceano Índico, 2004, mortos 230 mil; 10- Terremoto em Aleppo, Síria, 1138, mortos 230 mil.

Há um aumento a cada ano de desastres naturais que supostamente estariam ligados a atividades industriais e desmatamentos. Inundações e violentas ventanias, por exemplo, estão muito evidentes em nosso próprio país. Mas, as catástrofes tradicionalmente reconhecidas como erupções vulcânicas e terremotos continuam a deixar seu rastro mortífero. Enquanto escrevo estas linhas, acompanho as notícias sobre o violento terremoto que afetou o Haiti a nação mais pobre das Américas na tarde desta terça-feira, dia 12 (foto). São milhares de mortos, inclusive brasileiros.

Tudo isto foi previsto por Nosso Senhor Jesus Cristo. Em seu famoso sermão no cap. 24 de Mateus, Jesus afirmou que guerras, rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos aconteceriam em vários lugares. E que tudo isto aconteceria mas que não seria ainda o final do mundo, como muitos já apregoam. Porque ainda mais, o Senhor profetizou que o Anticristo ainda haverá de tomar o poder, sendo o líder mundial que tantos tem desejado. Mas estes sinais catastróficos na natureza apontam inequivocamente de que a Terra está cada vez mais abalada pela maldição do pecado (leia os capítulos 24 a 27 do profeta Isaías).

Estejamos portanto, como seguidores de Jesus Cristo, serenos quanto ao que o Senhor vaticinou. Devemos aproveitar para ainda mais apregoar a Palavra de Deus. Temos uma missão a cumprir em meio aos infortúnios de tantas pessoas. Irmãos, o certo é que o tempo se abrevia. Estas convulsões na natureza, quer sejam provocadas pelo homem, ou não, de qualquer forma aponta para o dia de nossa redenção. Jesus brevemente voltará. E juntamente a harmonia haverá de ser restaurada em toda a criação porque os propósitos originais de Deus serão reavidos após a derrota de todos os Seus inimigos (vide 1 Co 15.25-28).

Pense nisto, você está pronto para este dia?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Separação do mundanismo, um fator primordial para a Igreja

Quando falamos de mundanismo, não devemos fazê-lo sob a ótica da imposição legalista de usos e costumes humanos. Há que se ter um discernimento constante no que realmente consiste em ser um crente mundano.

Acredito que o mundanismo é uma condição no coração do cristão, no qual ele permite ou dá lugar a uma atitude em contrariedade aos preceitos de Deus. Isso se refere ao todo da vida. Infelizmente em muitas de nossas igrejas, o discurso de que o mundanismo refere-se somente aos aspectos de indumentária, diversões, deixar de fazer algo, não poder fazer isto ou aquiloutro, é o que mais se evidencia. Culpa de muitos de nossos líderes que insistem em um discurso carregado de tradicionalismo e conservantismo que engessa as potencialidades de tantos irmãos e irmãs em Cristo.

Por causa disto, dois fatos são destacados:

1) Há o contingente dos que deixam a Jesus e passam a viver realmente no mundo, revoltados com a instituição eclesial e suas imposições. Felizmente outros há que tem a sabedoria de não abandonar o Evangelho e procuram um outro grupo de cristãos onde ali possam servir a Deus sem os jugos ou censuras de seu grupo de origem;

2) Todavia, um outro contigente de indivíduos, são aqueles que continuam na mesma Igreja, mas, de uma forma hipócrita, vivem um Evangelho de aparências, onde procuram usar máscaras para sobreviverem naquele meio. Não tem a coragem como os indivíduos do primeiro grupo, aqueles que não dão as costas a Jesus, mas que saem da igreja de origem e procuram uma outra comunidade cristã para continuarem a servir a Deus de uma maneira mais arejada. Continuam em uma trajetória mórbida, insípida, porque não são autênticos e aí vemos portanto o verdadeiro mundanismo.

É mundanismo, porque a falsidade, o uso de máscaras, a dissimulação, o falar uma coisa e viver outra, são fatos que atentam contra a integralidade do verdadeiro Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quero dizer também que acho mundano um homem ou mulher crentes em Jesus e que se portam de maneira escandalosa em seu trajar. Eu escrevi escandalosa. A Bíblia diz em 1Co 10.31 que tudo deve ser feito para a glória de Deus. Portanto, não se aceita um cristão ou uma cristã andando por aí de maneira a trazer desonra ao Nome do Senhor. Isto requer discernimento. Discernimento, porque muitos crentes só categorizam como mundanismo na vida do cristão estas coisas. E aí é que se encontram aqueles que ficam pontificando sobre comprimento de saias, comprimento dos cabelos, uso de jóias e tantas outras questões semelhantes. Sou a favor de que os pastores ensinem aos seus rebanhos acerca do nosso bom porte em Cristo. Mas que exerçam sabedoria, porque muitos destes líderes não levam em consideração fatores culturais. Não primam pelo equilíbrio nestes assuntos. Muitos (sem generalizar, obviamente) enfatizam demasiadamente este discurso em suas congregações, ao ínvés de alimentar o povo com a verdadeira Palavra de Deus. Julgam que, agindo assim, contribuirão para que o povo de Deus “ande na linha”, ou seja, não pequem, mas o apóstolo Paulo em Cl 2.20-23 refuta tal assertiva cabalmente.

A separação do mundanismo é de fato um fator primordial para a Igreja. Ser mundano é pensar e agir conforme os padrões do mundo que se opõe a Deus. Ser mundano é viver conforme vivem as pessoas do mundo, mentirosas, orgulhosas, maliciosas, rancorosas, iradas. Ser mundano é também ensinar nos cultos, doutrinas que se constituem tão somente de preceitos humanos (Mt 15, Mc 7) invalidando assim o mandamento de Deus e exaltando as tradições humanas!

Os extremismos são perigosos, todos sabemos. Se uma igreja é extremamente liberal no tocante aos usos e costumes, onde a liderança não exerce um sadio e bíblico discernimento, onde a Bíblia não é ensinada adequadamente, corre-se o risco de gerar crentes que realmente são em tudo iguais ao mundo, e não estou falando apenas em termos de aspectos exteriores. Por outro lado, uma igreja extremamente conservadora em seus usos e costumes, com uma liderança que amordaça ao povo com mandamentos de homens, não exercendo o já citado discernimento e não ensinando a genuína doutrina bíblica, poderá ter uma aparência de “piedade” mas serão semelhantes aos sepulcros caiados, bonitos por fora mas cheios de toda podridão em seu interior (Mt 23.27,28).

Urge que Deus capacite a todos nós para que sejamos de fato, crentes bíblicos. É isso que contará afinal. O equilíbrio encontra-se em observarmos a Palavra de Deus no que tange ao essencial que o Senhor deseja que guardemos. 1Jo 2.15-17: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”

Meditemos nestas palavras. Deixemos que elas façam um salutar efeito em nossos pensamentos e intenções do coração para que estejamos de fato, dentro da vontade de Deus. Que não sejamos mundanos nem de uma forma nem de outra. Procuremos diligentemente o equilíbrio bíblico com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14.15-17,26).

Pela graça de Deus podemos ser assim. Pense nisto.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O desequilíbrio na natureza e o Evangelho

A Palavra de Deus declaradamente fala que pertence a Ele a Terra e tudo o que nela está (Sl 24.1). Internamente, o controle dos mecanismos da natureza, ventos, o mar, os movimentos tectônicos, as geleiras, vulcôes, externamente controla também a radiação vinda do sol e a radiação oriunda do espaço exterior que chega à Terra. Meteoros, cometas ou qualquer outro objeto que possa ameaçar a vida neste planeta, tudo é controlado pelo Senhor.

Isto posto, é conveniente lembrar sempre de que a humildade diante de tão grandiosa verdade, o fato de que o Senhor Deus criou todas as coisas e sobre elas exerce soberanamente controle e domínio, não deveria ser algo tão facilmente esquecido mas sim, deveria ser prontamente reconhecido. Muitos homens, acreditam que as forças da natureza funcionam a seu bel-prazer. Não reconhecem que Aquele que criou tudo isto é o mesmo que as controla.

Vejamos algumas cenas que o salmista descreveu de maneira bela no Salmo 104. Este Salmo mostra o poder de Deus sobre tudo o que Ele criou e como Ele é o Sustentador de tudo. No verso 5 está escrito que Deus lançou os fundamentos da Terra e ela não vacilará em tempo algum. Ou seja, está nosso planeta firmemente "alicerçado" pelo supremo Construtor e não se arruinará. Do verso 6 ao 9 está a descrição sobre as águas da Terra e a demonstração cabal do poder de Deus sobre este poderoso elemento da natureza quando diz, verso 9: "Termo lhe puseste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra." Nos versos seguintes, 10 e 11, mostra-nos como o Senhor providencia para que haja a distribuição das fontes de água para que ela não falte aos seres que criou. Versos 14 e 15, providência não só para os animais mas, principalmente para a coroa de Sua criação, o homem. Verso 19, está escrito que Ele designou a lua para as quatro estações e o cuidado com o nascer e também com o pôr do sol todos os dias ("o sol conhece o seu ocaso" ver também o Salmo 19.4-6 que mostra que nada na Terra pode fugir ao calor do sol, ou seja, demonstrado que é essencial para os processos de vida que acontecem na natureza todos os dias, por exemplo, a fotossíntese). Sustento para os animais da Terra, da parte de Deus mesmo ainda é referido nos versos 27-30.

Todavia, faço agora menção do fator pecado. O pecado desarmonizou a relação do homem com o seu Criador, do homem consigo mesmo e com seus semelhantes. Mas também contribuiu para que a natureza ficasse afetada não sendo esta agora originalmente como Deus a criou (Rm 8.19-22). Apesar de Deus ainda sustentar tudo, ainda ser soberano sobre tudo o que criou, a marca do pecado é notória na natureza. Cremos que os complexos processos na natureza, apesar do controle divino, estão afetados por causa da entrada do pecado no mundo. Agora, após a Queda, além da quebra da comunhão entre o homem e Deus, entraram no universo criado pelo Senhor, a morte e a deterioração das coisas que criou. A deterioração dos corpos humanos claramente se constata em seu envelhecimento e sujeição à variadas doenças. Na natureza não é diferente. A ciência demonstra na segunda lei da Termodinâmica, que estatui que todos os sistemas atuais tendem a decair-se e desordenar-se e que o universo está, portanto, "indo abaixo" aproximando-se de um estado de completa desordem e morte.

Isto explica, para mim, as ocorrências graves em todo mundo na natureza no tocante a furacões, vulcões, terremotos, avalanches, enchentes, maremotos (os "tsunamis"). A desarmonia nos processos da natureza, apesar do controle de Deus, é evidente.

Que os homens possam reconhecer isto: a ruptura de sua comunhão com Deus, como tão bem é demonstrada no Éden, também afetou o mundo em que vive.

Cabe a mim e a você, que serve a Jesus Cristo hoje, demonstrar isto. E que a advertência de Jesus em Marcos 1.15 soe bem alto: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho."

Com amor e com misericórdia, sejamos solidários com todos os homens quando catástrofes naturais, como essas que tem acometido a todos os países, inclusive no Brasil, como tão bem demonstrado neste final de ano em Angra dos Reis, possa fazer com que apressadamente e altissonantemente anunciemos o Evangelho do Reino de Deus.


Para isso fomos chamados. A volta de Jesus é breve. Estas catástrofes não deixam dúvidas quanto a isso. Tenhamos misericórdia dos que ainda nada ouviram do Evangelho. Pense nisto.