terça-feira, 15 de setembro de 2009

Marx, Nietzsche, Freud e a religião


É provável que haja unanimidade entre muitos que estudam as ideologias que influenciaram o século 20 de que Karl Marx (1818-1883), Friedrich Nietzsche (1844-1900) e Sigmund Freud (1856-1939) foram, dentre muitos, os que mais trouxeram à lume conceitos que tornaram-se deletérios à fé cristã., posto que eram grandes inimigos da religião e, principalmente e acima de tudo, da fé cristã. Certo é que Charles Darwin pode e deve ser incluído dentre estes, mas consideramos Darwin um caso à parte a ser analisado em momento oportuno.

Marx defendia veementemente a tese de que a religião era um empecilho ao progresso da humanidade. Acreditava que o fator religioso impedia a libertação total do homem porque, segundo ele, justificaria o status quo desumano de situações político-sociais ou buscaria uma reconciliação fantasiosa, apelando ao além para deixar tudo como está. Entrementes constatou-se que a teoria e a práxis marxista perderam seu poder de convencimento. Juntamente verificou-se que, à semelhança da religião que outrora criticara, o marxismo também foi manipulado a favor dos poderosos. As asseverações do ateísmo marxista nada mais eram que ilusões. Ao manifestarem o desejo de libertar a humanidade da " ilusão de Deus" e da " tirania da fé religiosa" igualmente o marxismo torna-se também em ideologia com matiz religioso.

Nietzsche, por sua vez, com seu famoso dístico "Deus está morto" acreditava com todas as suas forças de que o Cristianismo só gerara conformismo e mediocridade. Para ele, a religião era destruidora da vida, a igreja era um manicõmio, ou um tipo de Estado mais mentiroso, a cidade da ruína. Enfim, para ele o Cristianismo é uma singular tentativa de negar o mundo. Via sua própria época como o fim da metafísica, da morte de Deus e do ateísmo. Ele designara tudo isso como niilismo. O problema é que, infelizmente devido a certas forma de cristianismo institucionalizado nos quais só via debilidade e mentira, Nietzsche escreveu e combateu com ferocidade não só esses exemplos lamentáveis de "fé cristã" que vicejaram no século 19, como incorporou em sua crítica toda e qualquer forma de Cristianismo. Tentou reestruturar todo o sistema de valores de consciência do homem europeu. Seu pensamento foi utilizado no século 20 com propósitos políticos (Hitler). Não só negava a Deus como também todos os valores morais. A filosofia niilista de Nietzsche é a própria escola da desconfiança porque de tudo desconfia, de tudo desacredita. Tudo se resume ao nada, a vida, a existência aparece como inútil, vazia, fútil, sem valor, em resumo nada. Para ele não existe unidade, verdade e bondade no Ser. Relaciona tudo isso como o nada, com um mundo ilusório.

Freud, o fundador da moderna psicanálise afirmara que Deus é uma ilusão infantil. Acreditava que toda religião reduzia-se a processos psicológicos e que em nome da ciência, a religião deve ser abandonada por ser uma doença, uma neurose. Estudou medicina em uma época em que a ciência natural era vista como a única solução para todos os problemas. Freud acreditava ainda que no futuro quando findasse toda a ilusão religiosa, a humanidade estaria em condições de, com a ajuda da ciência e da razão crítica, construir a harmonia total. Porém esta é uma utopia que jamais se concretizará. Muito embora possa proporcionar alguns insights interessantes em sua teoria psicanalítica, Freud também manifestou grande oposição a Deus e a fé cristã. Na verdade a postura de Freud foi incoerente entre o que dizia sobre a religião e o que fazia pois em seus últimos cinco anos de vida parece que voltara às suas raízes judaicas ao estudar o Judaísmo e escrever um livro como resultado destes estudos.

Estes três homens, nascidos no século 19 foram os arquitetos do pensamento do homem no século 20. Entender um pouco suas ideias para nós, cristãos que estamos ainda no início do século 21 é entender uma época que marcou profundamente a humanidade. O século 20 não teria sido o mesmo sem o pensamento destes expoentes. Deus, a fé cristã e a Teologia foram desafiados pelo que escreveram estes pensadores, mas nós cremos que o Evangelho, qual farol a iluminar a escuridão das ideologias humanistas, continua a demonstrar a verdadeira e satisfatória resposta que em nenhum outro lugar se encontrará.

Em Jesus Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2.3). Portanto, que nós possamos mais e mais entender que o homem e suas ideologias não poderão fazer por si o que somente o Evangelho tem poder de realizar - a reconciliação do homem com sua verdadeira identidade, sua identidade que está em Deus seu Criador, doador de sua vida e razão maior de sua existência, pois fomos criados para louvor e glória de Seu nome.

 Pense nisto no dia de hoje e sempre!

3 comentários:

  1. por um lado sinto-me triste, pelo fato de existirem pessoas que se expressão dessa maneira, a respeito de alguém que foi e sempre será um marco em nossas vidas:DEUS O CRIADOR.QUE DEUS TENHA MISERICORDIA DOS MESMOS!
    ASS:wenderson 16 anos

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  2. Deus teve misericórida deles, enquanto viviam Wenderson. Agora, só lhes resta aguardarem o dia do Juízo, conforme Hebreus 9.27. Um abraço!

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  3. SE DEUS ESTÁ MORTO, QUEM ESTÁ VIVO??

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