quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Filhos esfarrapados do crack


Existe uma região na cidade de São Paulo que é reconhecida nacionalmente como Cracolândia mas que bem poderia ser também chamada de Farrapolândia ou quem sabe Molambolândia. Porquê? Pelo fato de que ali se desenrola diariamente uma das maiores tragédias de nosso cotidiano, pessoas totalmente entregues ao vício virulento do crack. Esta droga, que é manufaturada a partir da merla que é uma variação da pasta da coca, obtida como subproduto do processamento das folhas de coca para obtenção da cocaína, é devastadora em sua ação no organismo humano. Sendo consumida através de cachimbos feitos pelos próprios usuários, eleva rapidamente a temperatura corporal, podendo levar o usuário a ter um acidente vascular cerebral, (derrame), causa destruição de neurônios e provoca no viciado a degeneração dos músculos do corpo gerando uma mórbida aparência esquelética, vindo também o esgotamento físico e mental pelo uso continuado da substância.... . A magreza é impressionante e o que mais causa espécie é o fato de que o crack causa dependência bem rapidamente. O usuário para sustentar o vício passa a praticar furtos pois vive inteiramente para satisfazer a sua dependência da droga. O aumento da criminalidade na cidade de São Paulo, por exemplo e da prostituição entre os jovens está relacionado ao uso do crack. E o deprimente espetáculo de usuários da droga pelas ruas da Cracolândia (que é um setor do bairro de Santa Ifigênia na capital paulista) continua e parece não ter fim. São a maioria jovens, alguns são menores ainda, masculinos e femininos que perambulam na região o dia inteiro e não fazem outra coisa a não ser satisfazer a vontade de se drogarem, as moças se prostituem por qualquer valor para poderem ter como comprar a pedra de crack e fumarem. Mais parecem zumbis, esfarrapados, molambentos. Entre as drogas consumidas em nosso país, já está comprovado que o crack é o que causa o efeito mais devastador no âmbito social. O crack é muito mais forte do que a maconha e a cocaína e surgiu no Brasil há aproximadamente 20 anos inicialmente entre a população de rua mas seduziu a muitos na classe média. Para os traficantes de drogas isto passou a ser uma fonte excelente de lucros. - "Com certeza, o crack chegou para destruir. A cocaína dá dinheiro, mas não dá tão rápido. No crack, o vício é mais rápido. A rapaziada fumou aqui, não volta para casa, vai dar um jeito de pegar mais, até o corpo chegar no limite. O crack dá muito mais dinheiro." Estas são palavras de um ex-traficante que atuava nas cidades-satélites de Brasília. Enquanto um consumidor de cocaína consumiria em uma noite dois ou três papelotes, um usuário de crack faz em média uso de 10 a 15 pedras por dia. Para o traficante isto é um lucro ao qual não se dão ao luxo de menosprezar, pois uma pedra adquirida a R$ 10,00 após ser fumada provoca um efeito de aproximadamente 50 segundos o que aumenta a compulsão para que o usuário procure mais o que gera lucro ao traficante e o aumento dos roubos, furtos, violência e morte para conseguir o sustento do vício. A igreja de Jesus Cristo não pode ficar alheia a este grande mal. A escravidão causada pelo crack ou qualquer outra droga que seja é uma das armas mais letais que Satanás tem usado contra os seres humanos. O trabalho que temos é de buscar estas pobres criaturas, amá-las e procurar restaurá-las, pregando o verdadeiro Evangelho que liberta e amando-as proporcionando meios de restaurá-las amplamente, corpo, alma e espírito. Não faz muito tempo, assisti uma reportagem na TV sobre mulheres viciadas que, prostituindo-se para sustentar o vício, engravidaram e durante toda a gestação, confessaram que usaram o crack, mesmo sabendo que estariam prejudicando a criança que traziam em seu ventre. Não podemos ficar alheios a este enorme estrago causado pelo Inimigo. Louvamos a Deus porque existem igrejas e ministérios juntos a estes escravos da droga mas acredito que muito ainda há que se fazer para resgate destas vidas. Ousemos nos levantar com o uso das armas espirituais disponibilizadas pelo Senhor (2 Co 10.3-5; Ef 6). é tempo de pensarmos nisto!

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